sexta-feira, novembro 30, 2007

Calabouço medieval

calabouço

"Sistema policial e judiciário
do estado do Pará
é perverso"

por Roberto Delmanto Junior

O mundo inteiro ficou chocado com a reportagem exibida pela CNN repercutindo a denúncia veiculada pela mídia brasileira sobre o perverso sistema policial e judiciário do Estado do Pará. E não é por menos. Impossível haver realidade mais grotesca: uma adolescente de aproximadamente 15 anos, apreendida por tentativa de furto, foi jogada em uma cela superlotada de homens, sendo abusada sexualmente por 26 dias.

A atrocidade praticada pelos detentos, movidos por instintos sexuais reprimidos pela privação da companhia feminina, acrescida de perversões das mais terríveis (a menina foi queimada com cigarro em regiões de seu corpo, teve o cabelo cortado e sofreu hematomas, por sorte não engravidou), não é menos repugnante da praticada por aqueles que a jogaram e a mantiveram naquele calabouço medieval.

Os delegados de polícia conhecem muito bem as delegacias em que trabalham, bem como os juízes e promotores de cidades pequenas como Abaetetuba — até porque estes têm o dever legal, previsto nos artigos 66, VI, e 68 da Lei de Execução Penal, de fiscalizar mensalmente as cadeias.

Logo após o episódio ser revelado, começou o “jogo de empurra", típico dos que buscam justificar omissões, ora alegando desconhecimento dos fatos, ora que a culpa é do "sistema".

O delegado-geral da polícia do estado, em audiência no Senado, em vez de esclarecer os fatos, insinuou que seria a adolescente a culpada pelos estupros e torturas que sofrera, dizendo que ela deveria ter uma "debilidade mental" por não afirmar ser menor e tampouco denunciar os abusos.

Como se a autoridade policial não tivesse, ela, o dever de averiguar a identidade e a qualificação da pessoa presa, bem como o de vigiar o que acontece na cadeia que administra. Como se os delegados não soubessem que o inevitável ocorreria ao jogar essa menina no meio daqueles que se mostraram verdadeiras feras enjauladas.

Depois disso, o delegado-geral pediu exoneração, a qual foi aceita, tendo a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), agradecido "pelos serviços prestados [pelo delegado] com ética e dedicação" (Folha, 29/11).

Furtando-se à responsabilidade, um dos delegados envolvidos declarou à mídia que a culpa não é deles, mas, sim, do sistema carcerário e, mais uma vez, da menor, que não teria declarado a sua idade.

A delegada de polícia responsável pela prisão foi flagrada pela mídia afirmando que sabia da condição ilegal de manter uma mulher com homens, chegando a afirmar que não teria controle do que é humano ou desumano diante da precariedade da delegacia.

A juíza da comarca, ao ser informada, cerca de longos dez dias após a prisão com homens, teria negado o pedido de transferência da adolescente, que ficou 26 dias nessas condições. E o promotor de Justiça da comarca, que certamente se manifestou nos autos desse pedido de transferência? Da parte deles, por enquanto, há inconfessável silêncio.

A governadora do Pará atribuiu a responsabilidade do ocorrido aos governos anteriores, por estar no cargo há somente 11 meses ("Tendências e Debates", 28/11).

Buscando minimizar o estrago político, bem como prevenir, quiçá, eventual pedido de intervenção do governo federal com base no artigo 34, VII, b, da Constituição da República para assegurar a observância dos "direitos da pessoa humana", baixou decreto proibindo o que já é proibido pelo artigo 82 da Lei de Execução Penal: mulher não pode ficar presa com homem. Anunciou, ainda, a demolição da malfadada carceragem, como se tal conduta simbólica apagasse o passado recente e, pior, como se o estado do Pará possuísse vagas sobrando para presos, vindo a agravar ainda mais a superlotação carcerária.

Demagogia à parte, gostaríamos de ressaltar que o artigo 13, parágrafo 2º, a, do Código Penal viabiliza a responsabilização criminal das autoridades públicas de escalões superiores que, tendo consciência da ilegalidade e o dever de agir para fazê-la cessar, omitem-se em evitar a tortura, o estupro e o atentado violento ao pudor.

Diz esse dispositivo: "A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância".

Resta a triste constatação de que muitas mulheres no Pará foram submetidas à mesma situação e estariam, agora, sendo transferidas para o único presídio feminino do estado, o que comprova que o caso dessa jovem não foi um episódio isolado, mas um retrato de uma contínua e institucionalizada violação dos direitos humanos.

Revista Consultor Jurídico, 30 de novembro de 2007

ROBERTO DELMANTO JUNIOR, 38, é mestre e doutor em direito pela USP - Universidade de São Paulo, é advogado criminalista. É co-autor do "Código Penal Comentado" entre tantas outras obras.

Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com

quinta-feira, novembro 29, 2007

Cresce a tensão na Bolívia

Sucre - Bolívia

Missionário Domingos Ventura Neto
Diretamente de Sucre na Bolívia

Queridos e amados irmãos!

Graças a Deus estou bem, apesar de todos os problemas que temos enfrentado aqui na cidade de Sucre.

O povo em Sucre esta revoltado com o governo de Evo Morales, esta havendo muitos conflitos nas ruas, soltaram da cadeia 150 presos, queimaram carros de policiais e motos, a casa do prefeito foi queimada, a cidade não tem prefeito nem policia, os policiais fugiram para o estado vizinho que se chama Potosí. Já se registrou quatro mortos e mais de 600 feridos - e não 140 como disseram na imprensa brasileira.

Os comerciantes estam parados porque não tem segurança nas ruas, aqui em Sucre as pessoas têm dinheiro, mas não têm onde comprar, pois os comerciantes estão com medo de abrir seus estabelecimentos.


O povo esta pedindo que retornem para Sucre a capitania plena e os quatro poderes, pois La Paz é a sede do governo, porém Sucre é a Capital constitucional. Os constituintes reuniram-se em um quartel isolado sem a presença da oposição, com medo de que por meio de um referendo popular o desejo do povo, que é maioria, prevaleça, contra os planos do governo de Evo Morales, que pertence ao partido “MAS” Movimento ao Socialismo.

Orem porque os mineiros de Yuni e Potosí chegaram à cidade para proteger Sucre dos pontchus rojos, indígenas que estão na cidade oriundos de La paz e Cidade do Alto, onde está a maior concentração de indígenas Aimarás que são a favor do governo de Evo e contra os Quéchuas.

Que o Senhor os abençõe muito, ajude-nos em oração para que esta situação se regularize, pois o povo esta sofrendo muito. Quarta feira dia 28-11-07, vai haver um "paro" cívico em seis departamentos, e três não vão parar -Potosí, Oruro e La Paz .

No amor de Cristo
Missionário Domingos Ventura Neto

Colaboração
Irmão Paulo César da Costa Costa

cruzue@gmail.com


.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Que darei eu?

Que darei eu ao SENHOR
por todos os benefícios que me tem feito?
Salmo 116: 12
João Cruzué

Hoje de manhã, eu pensava: Que devo escrever para o ânimo de meus amigos, nesta quarta-feira? Enquanto minha esposa e eu tomávamos café, veio à mente este versículo bíblico, que certamente fala conosco sobre gratidão e compromisso.

Grandes coisas fez o SENHOR por nós, por isso temos motivos suficientes para estarmos alegre. Primeiro, entre muitos os convidados para servir a JESUS, fomos escolhidos, perdoados, justificados e adotados. "Vinde a Mim vós todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Que daremos, pois, ao SENHOR pela alegria e paz que temos em nossa alma?

Um bilhão e trezentas milhões de pessoas - quase um quinto da população mundial - é dependente do cigarro. Diza o rádio. Trinta mil pessoas por ano morrem no Brazil de câncer nas vias respiratórias. Quando o câncer de pulmão apresenta seus sinais definitivos, restam apenas 60 dias de vida; o pulmão simplesmente trava, pára de funcionar. Quando aceitei JESUS ele me libertou do cigarro. Que preço pagaria por mais um dia, uma semana, um ano, 50 anos de vida?

Já é conhecido dos leitores o momento que tomei em minhas mãos um pacote de meio quilo de café e chegando em casa agradeci, depois de ter saído do supermercado e visto tantos carrinhos cheios. Que devo eu dar pela oportunidade de ganhar o pão com fartura , isto já há quatro anos e meio - a partir dos 47 anos de idade? Ainda mais porque a oportunidade bateu à porta de minha casa, quando já estava no 11º ano de desemprego?

Que darei eu pela minha formação acadêmica? Coisa maravilhosa é saber ler e compreender os textos, e poder escrever coisas que alegram. Minha esposa trabalha com recuperação de ciclo de crianças que de alguma forma têm distúrbios e não conseguem guardar o som de uma sílaba e . Sabemos também que uma das piores misérias do mundo, depois da guerra, é o analfabetismo. Quanto vale a oportunidade que tive de poder custear um curso superiorcaro, e não possuir nenhuma incapacidade para a leitura?

Por que meu coração bate há 51 anos? Que darei eu pelo benefício da vida e pela alegre companhia da família, dos colegas de trabalho, pelos irmãos na fé espalhados por lugares tão distantes que apreciam a leitura deste blog, cujo autor é um capiau mineiro? Viver é maravilhoso. Já dizia aquele rabino "Nascer, é Deus dizendo que você muito importante."

Assim diz o SENHOR: Tomai sobre voz o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. Isto é um compromisso com O SENHOR. O fardo dos pecados é pesado, o jugo da obediência à vontade do SENHOR é leve. Que jugo é este? É o jugo do Amor, pois todos os mandamentos da LEI resumem-se em: Amar a DEUS e ao nosso próximo.

Como ser grato a Deus? Que compromisso devo assumir para agradecê-Lo? O salmista escreveu: "Tomarei o cálice da salvação". Um cálice sem dor e sem amargura, bem diferente do que o Senhor tomou. Jesus orou três vezes ao PAI para que o livrasse do cálice da amargura de nossos pecados, mas disse que aceitava a vontade dEle em lugar da sua. Em troca ele nos oferece o cálice do seu sangue, um memorial da sua morte e uma profecia sobre o dia que vamos estar reunidos com Ele naquela Grande Ceia. Invocarei o nome do SENHOR.

"Pagarei os meus votos ao SENHOR" - isto, entre outras coisas, fala de testemunhar publicamente dos benefícios que recebo no dia a dia dEle. Meu talento é de escrever? então devo usar as melhores ferramentas para que seu nome seja conhecido em todos os cantos da terra - em português e inglês. Além do testemunho, não devo esquecer-me da orientação bíblica de nunca comparecer diante do SENHOR com as mãos vazias, no sentido financeiro. Jesus não disse "É dando que se recebe" frase hoje símbolo de corrupção política. "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber."

E por fim: "SENHOR sou deveras teu SERVO", e um servo fiel procura fazer a vontade de seu SENHOR ,para agradá-lo, não por força, mas com espírito voluntário. Nosso Deus cuida muito bem de nós e não podemos passar nossa vida, anos após anos, dedicando-nos somente ao trabalho, aos estudos, ao lazer, etc., e nunca nos involvendo nas tarefas cristãs. Um cristão ocioso, sem compromisso com o Reino de Deus, é como um árvore de muitas folhas, de muitas flores que não se transformam em frutos. Somos livres do pecado para sermos alegres, e para que esta alegria continue, devemos ter um compromisso de trabalhar para o SENHOR dentro da sua vontade, daquilo porque fomos criados. Amor, paga-se com amor.

O Que você tem dado ao SENHOR em troca de tantos benefícios que ELE lhe tem dado? Se você quiser ser grata(o) a Ele, se hoje ouvir a voz do seu Espírito, não endureça seu coração ou não diga que vai começar amanhã.

autor: João Cruzué

Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com

.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Orações no monte

João Cruzué

Houve um tempo em minha vida cristã que fiz companhia a um grupo de irmãos que aos fins de semana seguiam para a Zona Rural de uma grande cidade, que não direi qual é, para orar no monte. E este monte era em uma matinha, à beira de um pasto.

No princípio não houve nenhum problema, mas quando ladrões começaram a desmontar veículos próximos ao "monte", alguns de nós passaram a orar nas madrugadas ajoelhados ao pé do sofá da sala. Mas, de vez em quando recebía notícias das proezas no monte, e duas delas não posso deixar de contar para compartilhar alguns momentos de riso.

Estavam nossos irmãos ajoelhados na matinha, ao lado do tal pasto, quando de repente sem que ninguém percebesse surgiu uma vaca, dessas holandezas, bem mansinhas, em busca de sal que havia nas camisas suadas pela oração.

Os irmãos estavam com o rosto no chão e naturalmente com alguma coisa levantada. Então como é do costume das vacas - e já lidei com muitas - ela chegou e deu uma forte bufada nas "costas" do irmão fulano pretendendo lamber ou mastigar a camisa dele.Foi o bastante para que ele desse um salto passando por cima dos outros e gritando assutado: Sai satanás, em nome de Jesus!

Isto muito nos diverte até hoje.


Outro causo também bem divertido, aconteceu com outro pessoal que também gostava de freqüentar o monte, mas orava em outro local a ums 500 metros da matinha.

E aconteceu que numa noite os dois grupos foram orar sem que soubessem um do outro. Lá pela meia-noite, o grupo da matinha, liderado por um pastor, ouviu hinos de Oséias de Paula cantados a todo volume vindos do outro lado.

"Eram cem ovelhaaaaaaaaaaaas
Juntas no apriscoooooooo..."

Prestando atenção, também ouviu alguém orando na maior altura: "Ó Jesus abençoa o pastor fulano... e era o pastor fulano que estava na escuta.

--Acho que é gente nossa, disse ele. Vamos lá ver quem é, e saber o porquê deste barulho todo. Chegando lá, o pastor acendeu a lanterna no rosto de um jovem que orava em frente ao tronco de uma árvore. Quando sentiu a luz, aquele moço começou a gritar extasiado: Irmãos eu estou vendo a glória de Deus, e repetia: Irmãos eu estou vendo a glória de Deus!

Fulano, disse o pastor, não é a glória de Deus que você está vendo - é a minha lanterna!

Moral da história: não é pecado orar no monte, mas em determinados lugares além de ser perigoso, você pode confundir uma vaca com o diabo e luz da lanterna com a glória de Deus!


João Cruzué - Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com


.

Pedro,tu me amas?


"Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?"
Juan 21: 16

Charles Haddon Spurgeon

Este es un texto muy breve y aparentemente muy sencillo. Algunos pueden pensar que es fácil explicarlo, pero en verdad es un texto con mucho contenido y lleno de significado para que yo pretenda explicarlo todo. Son sólo unas pocas palabras, pero los pensamientos sugeridos son muchísimos. En el original griego hay también muchos significados sutiles dignos de considerar, y alusiones que hay tratar de discernir. Esta vez pretendo limitarme a un solo punto, y pedirles que consideren un solo pensamiento. Que el Espíritu de Dios prepare nuestros corazones para esta meditación e imprima en ellos la Verdad de Dios. Mi único punto es éste: nuestro Señor preguntó a Pedro si amaba Su Persona. No le preguntó si amaba el reino de Dios, o al pueblo de Dios. Empieza y termina con su amor al Hijo de Dios.

"Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?" "¿Te das cuenta ahora de la prudencia de mis advertencias cuando te pedí que velaras y oraras? Simón, hijo de Jonás, ¿A partir de este momento, vas a abandonar la confianza en ti mismo y vas a prestar atención a mis advertencias?" Ni siquiera le pregunta: "¿Crees ahora en mis doctrinas? ¿Confías ahora en Aquél a quien negaste el otro día?" Tampoco le pregunta "¿Te complacen Mis preceptos? ¿Crees todo lo que Yo afirmo? ¿Confesarías aún que soy el Hijo del Altísimo?" No, no le hace ninguna de estas preguntas, sino que la única pregunta es: "¿Me amas? ¿Sientes un vínculo personal por Mí, por mi Persona?"

Le llama por su antiguo nombre, el que tenía antes de su conversión, Simón, hijo de Jonás, para recordarle lo que la Gracia había hecho por él y luego sólo le pregunta acerca de su amor. La pregunta se relaciona con un vínculo personal con la persona de Cristo. Ese es mi único punto ahora. Observen que nuestro siempre sabio y tierno Salvador cuestionó a Pedro acerca de su amor en términos muy sencillos. No se anduvo con rodeos. Fue directo al grano, pues no se trata de algo que pueda soportar ambigüedad o duda. Así como el médico toma el pulso de su paciente para evaluar su corazón, así el Señor Jesús tomó de inmediato el pulso del alma de Pedro. No le dijo: "Simón, hijo de Jonás, ¿te arrepientes de tu insensatez?" El arrepentimiento es una Gracia muy bendita y muy necesaria, pero era más sabio medir de inmediato el amor de Pedro, porque es muy cierto que si un discípulo ama a su señor, lamentará profundamente y para siempre haberlo negado.

El Señor ni siquiera pregunta a Su discípulo acerca de su fe, que bien pudo haber sido puesta en duda, pues había dicho con juramento: "No conozco al hombre." Habría sido una pregunta sumamente importante, que de todas maneras fue contestada cuando Pedro confesó su amor, pues quien ama, cree, y ningún hombre puede amar a un Salvador en quien no cree. El Señor no incluyó ningún otro punto en Su pregunta, o quizás deba decir más bien que condensó todos los demás puntos en esta única pregunta: "¿Me amas?" Aprendamos de este hecho que una cosa es necesaria:

el amor a Jesús es el punto vital
y esencial que hay que considerar.

El Señor hizo esta pregunta tres veces como para enfatizar que tiene una importancia de primer orden, y de segundo orden y de tercer orden, y que contiene a todo lo demás y, por lo tanto, quería insistir en ella una y otra y otra vez, de la misma manera que los oradores dan énfasis mediante repeticiones y frases enfáticas a los puntos que quieren hacer resaltar ante sus oyentes. Quería dejar un clavo muy bien clavado, insertado en su cabeza dando golpe tras golpe. Con el mismo tono y con la misma mirada, el Señor le preguntó: "Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?" Esto muestra todo el peso que nuestro Señor daba al asunto de su amor, puesto que le preguntó sobre eso, sobre eso únicamente y sobre eso en tres ocasiones.

Cuando ustedes vayan a auto-examinarse, miren fundamentalmente sus corazones y hagan un análisis exhaustivo de su amor. ¿Aman realmente a Jesús? ¿Se encuentran profundamente vinculados con Su persona? ¡Pueden tomar a la ligera cualquier otra cosa, pero sean honestos respecto a esto! Recuerden que el propio Señor Jesús hizo la pregunta y la hizo hasta que entristeció a Pedro. Puesto que era reconocido como un discípulo, Pedro debe haber estado listo para recibir la más severa censura y aun así considerarse tratado con dulzura. Por tanto no era fácil entristecerlo. Nuestro Señor era tardo en toda circunstancia para causar dolor a cualquier corazón verdadero. Sin embargo, en esta ocasión, por sabias razones, Él reiteró Su pregunta hasta tocar las heridas aún abiertas de Pedro, haciéndolas doler. ¿Acaso Pedro no había causado que el corazón de su Señor sangrara? ¿Y no era conveniente que Pedro sintiera heridas en su corazón? Una triple negación exigía una triple confesión y la tristeza que Pedro había causado fue traída a su memoria por la tristeza que sentía ahora.

Entonces, esta mañana, si insisto con esta pregunta hasta entristecer a unos cuantos, no seré digno de ninguna censura por hacerlo. Consolarlos sería una obra buena, pero algunas veces puede ser mejor entristecerlos. No siempre lo mejor que podemos presentarles son los alimentos dulces. Algunas veces la medicina amarga es más importante. ¡No habría llevado la pregunta más allá de su legítima esfera si fuera con la intención de sacudir sus corazones hasta la angustia! El verdadero amor contiene una medida de dolor. Solamente el simple hipócrita pasa por el mundo sin ningún cuestionamiento ansioso o sin examinar el fondo de su corazón. ¡Es mucho mejor que ustedes se entristezcan hoy y sean encontrados fieles al fin, que se sientan bien ahora presuntuosamente y que al fin se encuentren con un terrible desengaño!

Observamos que la pregunta la hizo el propio Señor. ¿Qué pasaría si el Señor Jesús se encontrara con ustedes hoy y les dijera a cada uno de ustedes: "¿Me amas?" Si la pregunta se hiciera al término de alguno de nuestros sermones, o al concluir una enseñanza, no me sorprendería que nos tomase desprevenidos. Encontrándonos en Su Casa, como lo estamos hoy, después de haber cantado dulces himnos en Su honor, habiendo orado unánimemente, y habiendo participado de todo corazón en Su adoración, sería algo extraño que nos preguntaran acerca de nuestro amor por Él, pero ciertamente no sería algo innecesario. Imaginen, pues, que su Señor los encuentra completamente solos y está de pie frente a ustedes. Piensen que Él los toca con Su mano y les pregunta con ternura: "Después de todo, ¿me amas?"

¿Cómo se sentirían ante tal pregunta? ¿No serían sacudidos por ella, y tal vez comenzarían a temblar llenos de vergüenza y considerarían una docena de razones acerca del por qué una pregunta tan profunda les ha sido sugerida en este momento? Y si el Señor la repitiera tres veces y cada una de esas veces la dirigiera directamente a ti, y solamente a ti, ¿no experimentarías profundas búsquedas en tu corazón? Así es como yo quisiera que recibieran la pregunta. Recíbanla como venida directamente de Jesús. Olvídense que la pregunta es hecha por el ministro, o que está escrita en el texto. ¡Tómenla como hecha por Jesús, por el mismo Jesús que los ha redimido de la muerte y del infierno por medio de Su preciosísima sangre!

Él se dirige a ti más que a ningún otro. ¿Acaso no hay una causa? Señalándote a ti de entre todos, te mira fijamente y dice: "Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?" Tú sabes que existe una causa para cuestionarte. Responde por ti mismo, sólo tú, pues Él te hace la pregunta a ti solamente. Que no te importen ni Natanael, ahora, ni Tomás, ni los dos hijos de Zebedeo. "¿Me amas?" ¿Realmente, verdaderamente tu corazón late por Jesús de Nazaret? Vamos, Pedro, di ¿sí o no? Tú dices que sí, ¿pero es realmente así? ¿Es realmente así? ¿Es realmente así? Quiero que el cuestionamiento venga a mi propia alma así como a la de ustedes esta mañana, como si Jesús realmente estuviese ante cada uno de nosotros y nos preguntara: "¿Me amas?"

Que el Señor nos conceda la Gracia para
cuestionarnos con solemnidad respecto a esto,
para dar un testimonio honesto y una respuesta
verdadera que sea la verdad,
toda la verdad y nada más que la verdad.

I. Nuestra primera observación es esta: EL AMOR HACIA LA PERSONA DE CRISTO PUEDE NO EXISTIR EN NUESTROS CORAZONES. ¡Es un triste pensamiento y sin embargo con toda certeza verdadero! ¡Inclusive nuestros corazones pueden no sentir amor por Cristo! No veo ningún motivo para eximir alguien de esa pregunta necesaria. Nuestros dones y gracias aparentes pueden impedir que nuestros compañeros nos cuestionen, pero nada impide que nos preguntemos a nosotros mismos, porque ciertamente no habrá nada que impida al propio Señor hacernos esa pregunta.

Ninguna religiosidad externa hace que esta pregunta sea innecesaria. ¿Profesamos una religión? ¿Asistimos asiduamente a formas externas de culto? ¿Participamos de todo corazón en todas las ceremonias públicas de la Casa de Dios? ¡Sí, pero hay miles que hacen eso, cientos de miles que hacen eso cada domingo y sin embargo no aman a Cristo! Queridos hermanos y hermanas, ¿acaso no hay miles de personas empacadas en formas y ceremonias? Si el servicio agrada a los ojos y a los oídos, ¿acaso no estarán muy contentos? ¡El amor a la Persona de Cristo no se ha dado en las masas que confiesan adorar a Jesús!

Conocemos a otras personas para quienes el fin y la esencia de la religión consisten en la enunciación ortodoxa de doctrina. En tanto que la predicación sea acorde con la confesión de fe y cada palabra y cada acto sean piadosamente correctos, ellos están muy complacidos. Pero el amor a Jesús nunca mueve sus corazones. La religión para ellos no es nunca un ejercicio del corazón. Es simplemente un trabajo mental, si acaso. No saben nada del alma viviente que se derrama hacia una Persona viviente, un corazón sangrante entrelazado a otro corazón que sangra, una vida que subsiste por otra vida a la que ama profundamente. Conocemos a algunos hermanos y hermanos que llevan esto muy lejos y si el predicador no está de acuerdo con ellos en un detalle mínimo, se sobrecogen con un horror piadoso ante su falta de corrección doctrinal, y ya no lo quieren escuchar más. Aún si predica a Cristo de una manera preciosa en el resto de su sermón, eso no vale nada, porque el predicador no puede pronunciar correctamente "Shibolet."

¡Qué es la ortodoxia sin amor sino una catacumba en la que se entierra a la religión sin vida! ¡Es una jaula sin ningún pájaro! ¡El amarillento esqueleto de un hombre al que ha abandonado completamente la vida! Me temo que la corriente general de la vida de la iglesia se orienta demasiado hacia lo externo y muy poco hacia el ardiente amor profundo por la Persona de Cristo. Si se predica mucho acerca de la religión emocional y acerca de la piedad que cambia el corazón, quienes profesan la religión a sangre fría te pondrán la etiqueta de místico y comenzarán a hablar de la Señora Guyón y del peligro de la escuela quietista de la religión. No nos importaría tener un poco de ese sabor, aunque se nos culpara por ello, pues, después de todo, ¡conocer a Cristo es la cosa más grandiosa! La fe más bendita es la fe que trata con más plenitud con la Persona de Jesucristo. El arrepentimiento más verdadero es el que llora a la vista de Sus heridas y el amor que es más dulce es el amor que se tiene a la Persona adorable del Bienamado.

Yo considero a las doctrinas de la Gracia como los vestidos de mi Señor que exhalan mirra, áloe y casia. Considero Sus preceptos como Su cetro que consiste en una vara con su extremo recubierto de plata. Y me deleito tocándola y encuentro consuelo en su poder. Considero las ordenanzas del Evangelio como el Trono en que Él se sienta y me deleito en ese Trono de marfil con incrustaciones de oro puro. ¡Ah pero Su persona es más dulce que Sus vestidos, más querida que Su cetro, más gloriosa que Su Trono! ¡Él en Sí mismo es adorable y amarlo es la verdadera esencia de la religión verdadera! Pero tal vez tú no lo amas después de todo. Podrás tener todos los signos externos de una religión formal y sin embargo no posees el secreto del Señor. ¡Será en vano reverenciar el día del Señor si olvidas al Señor del día domingo! ¡En vano amas al santuario si no amas al Sumo Sacerdote, en vano amas la fiesta de bodas si no amas al Novio! ¿Me amas? Esa es la pregunta. "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?

Tampoco, hermanos y hermanas, el más elevado oficio dentro de la Iglesia hace innecesaria esta pregunta. Pedro era un apóstol y de ningún modo menor al mayor de ellos. En algunos sentidos él fue la primera piedra de la Iglesia y sin embargo fue necesario preguntarle: "¿Me amas?" Hubo una vez un apóstol que no amó al Señor. Hubo un apóstol que ambicionaba 30 piezas de plata. Un buen precio fue ese en el que vendió al Señor. ¡El nombre de Judas debería sonar los tañidos fúnebres de toda confianza presuntuosa en nuestra posición oficial! ¡Podemos tener una posición muy alta dentro de la Iglesia y sin embargo caer para ser destruidos! Nuestro nombre puede estar en el registro de los líderes religiosos y sin embargo podría no estar escrito en el Libro de la Vida del Cordero. Así que, hermano ministro, diácono o anciano, es necesario que nos hagamos la pregunta: "¿Amas al Señor?"

El gozo de los privilegios cristianos más grandes no hace innecesaria la pregunta. Pedro y Santiago y Juan fueron los tres apóstoles más favorecidos. Fueron testigos de algunos de los milagros de nuestro Señor que fueron realizados en secreto y no fueron vistos por ningún otro ojo humano. Ellos contemplaron al Señor en el Monte de la Transfiguración en toda Su Gloria y lo vieron en el huerto de Getsemaní en toda Su agonía y sin embargo, aunque fueron distinguidos de esa manera, su Señor consideró necesario preguntar al líder: "¿Me amas?" Oh hermano mío, has tenido elevados gozos, has estado en el Tabor, iluminado con su luz transportadora y también has tenido comunión con Cristo en Sus sufrimientos, o, al menos piensas que así ha sido.

¡Estás familiarizado tanto con las agonías internas como con los gozos espirituales! Has sido amigo del Señor y has compartido el pan con Él y sin embargo, recuerda, ¡hubo uno que hizo esto y que a pesar de ello levantó su talón en contra de Él! Por tanto es necesario preguntarte a ti, mi hermano: "¿amas al Señor?" ¿Realmente lo amas, después de todo? Pues no es necesariamente cierto que lo amas simplemente por lo que has visto y lo que has gozado. Es fácil inventar una notable experiencia, pero la única cosa necesaria es un corazón que ama. Asegúrate de tener un corazón así.

Tampoco, mis queridos hermanos, el celo más intenso previene la necesidad que se haga esta pregunta. Pedro era un discípulo de un corazón ardiente. ¡Cuán listo estaba para actuar y arriesgarse por su Señor! Cuán impetuosamente gritó cuando estaba en el lago de Galilea: "Señor, si eres tú, manda que yo vaya a ti sobre las aguas." ¡Qué osadía! ¡Cuánta fe! ¡Qué celo tan vehemente! Y aquí también, en la narración que tenemos frente a nosotros, cuando el Señor estaba junto a ese mismo mar de Tiberias, Pedro, en su temerario celo, no puede esperar que el bote llegue a la costa. Se ciñe la ropa de pescador y se echa al mar para reunirse con el Señor al que ama y sin embargo, a pesar de ese celo temerario ante Él, el Señor le pregunta: "¿Me amas?"

¡Así es, mi joven amigo, eres muy dedicado en la escuela dominical, has buscado la conversión de los pequeñitos y has tenido más éxito que muchos! Tú animas a otros y le das ímpetu a cualquier movimiento en el que te involucras. Y sin embargo debes preguntarte si en toda verdad amas al Señor o no. Quizás, querido hermano, te paras en las esquinas y te enfrentas a la multitud impía y te deleitas en hablar de Jesús, sin importarte que los hombres se opongan. Sin embargo ¿estás seguro que amas a Jesús? Hermana mía, tú visitas a los pobres y cuidas a los necesitados. Te entregas totalmente para el bien de los jóvenes y vibras en todas las cosas que conciernen a la causa del Redentor. Te admiramos y esperamos que tu celo no decaiga nunca. Pero a pesar de todo eso, aun a ti se te debe hacer la pregunta: "¿Amas al Señor Jesús?"

Hay un celo que es alimentado por la importancia que se da a las opiniones de los demás y que es sostenido por un deseo de ser considerado celoso y útil. Hay un celo que más bien proviene del ardor de la naturaleza que del santo fuego de la Gracia. Este celo ha permitido a muchas personas hacer grandes cosas y sin embargo, cuando han hecho todo, ¡han sido como metal que resuena, o címbalo que retiñe porque no amaban a Jesucristo! Las acciones más llenas de celo, aunque naturalmente nos lleven a esperar que quienes las realizan aman a Jesús, no son una evidencia concluyente y, por lo tanto, debemos preguntar aún: "¿Aman al Señor?"

Sí, queridos amigos, iré un poco más lejos: la mayor abnegación no es prueba de ese amor. Pedro pudo decir: "He aquí, nosotros lo hemos dejado todo, y te hemos seguido." Aunque no era mucho, sin embargo era todo lo que Pedro tenía y lo había abandonado todo por la buena causa, sin haber recibido ningún bien terrenal a cambio. Habían abusado de él con frecuencia y le habían recriminado por causa de Jesús, y esperaba aún más reproches, sin embargo era fiel y estaba dispuesto a sufrir hasta el final. Sin embargo el Señor, sabiendo todo lo que Pedro había sacrificado por Su causa, a pesar de eso le preguntó: "¿Me amas?" Es triste aunque extrañamente cierto que los hombres han llevado a cabo sacrificios considerables para ser cristianos que confiesan la fe y sin embargo no han poseído en ellos la raíz del asunto.

Inclusive algunos de ellos han sufrido prisión por la Verdad de Dios y sin embargo no han sido cristianos sinceros. Es difícil afirmar esto, pero es de temerse que en los días de los mártires algunos han ofrendado sus cuerpos a la hoguera, pero debido a que no tenían amor, no les sirvió de nada. El amor es esencial. Nada puede compensar su ausencia. ¡Y sin embargo puede ser que esta preciosa joya no esté en sus corazones!

¡Oh Dios, yo tiemblo
al pensar
que tal vez tampoco
esté en
mi corazón!

Que cada quien oiga la pregunta: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?" Debo enfatizar aún más este punto. A menudo es necesario que nos hagamos esta pregunta porque hay otros puntos en la religión además de los aspectos emocionales. El hombre no es sólo corazón. Tiene también un cerebro y el cerebro debe ser consagrado y santificado. Por consiguiente es necesario que estudiemos la Palabra de Dios y nos convirtamos en escribas bien instruidos en el reino del Cielo.

Pedro fue a la universidad durante tres años, siendo su tutor Jesucristo, y aprendió muchísimo. ¿Quién no aprendería de tan gran Maestro? Pero después de haber completado sus cursos, su Señor, antes de enviarlo para que cumpliera su ministerio, consideró necesario preguntarle: "¿Me amas?" Hermano, puedes pasar las páginas de tu libro. Puedes digerir doctrina tras doctrina. Puedes abordar propuestas y problemas teológicos y puedes trabajar muy duro para resolver cada dificultad y poder explicar los textos. Puedes responder las preguntas, hasta que, de una forma u otra, tu corazón se va secando como las hojas del libro y la polilla se alimenta de tu alma como si fuera un papel, comiendo todo a su paso hasta llegar al espíritu. Por lo tanto, es algo saludable que el Señor venga al estudio y cierre el libro y le diga al estudiante: "Quédate quieto un rato, y déjame preguntarte: ¿Me amas? Yo soy mejor que cualquier libro y que todos los estudios. ¿Sientes un amor cálido, humano y vivo por Mí?"

Espero que muchos de ustedes sean estudiantes diligentes. Si enseñan en la escuela dominical deberían ser diligentes. Si predican en las calles o en grupos congregados en casas, deberían ser diligentes. ¿Cómo pueden llenar a otros si ustedes mismos no están llenos? Pero, al mismo tiempo, presten mucha atención a la condición de su corazón en relación a Cristo. Saber es bueno, pero amar es mejor. Si estudian, pueden resolver todos los problemas. Sin embargo, si no aman, habrán fracasado en captar el misterio de misterios y no conocerán la más excelente de las ciencias. El conocimiento infla, el amor construye. Entonces consideren muy bien la pregunta: "¿Me amas?"

Gran parte de la vida cristiana, también, debería dedicarse a una activa labor. ¡Siempre debemos tener alguna actividad! Si se necesitaba hacer algo, Pedro estaba listo para realizarlo. ¡Había ido en misiones para predicar el Evangelio y hasta los demonios se le habían sometido! Pedro había obrado maravillas en nombre de Jesús y había recibido la orden de hacer más grandes maravillas. Sin embargo, a pesar de todo lo que Pedro había hecho, su amor necesitaba ser examinado. Aunque esos pies de Pedro habían caminado sobre el mar, cosa que los pies de ningún otro hombre habían logrado, sin embargo era necesario preguntarle a Pedro: "¿Me amas?" ¡Acababa de arrastrar esa enorme red a la costa con todo su cargamento de peces, ciento cincuenta y tres! Con gran habilidad y con un enorme esfuerzo había arrastrado toda esa pesca a la orilla. Sin embargo, esto no era ninguna prueba de su amor.

Hay entre nosotros algunos predicadores del Evangelio que han sacado una red completamente llena hasta la costa. ¡Había muchos peces grandes! Ha habido trabajadores grandes y exitosos, pero esto no es obstáculo para que el Señor examine sus corazones. Les pide que pongan a un lado sus redes por un momento y tengan comunión con Él. Cierren sus himnarios. ¡Guarden la hoja de asistencia al culto y dejen de contar peces! ¡Entren a su aposento pues el Señor quiere preguntarles algo! "En mi nombre has lanzado demonios, pero ¿Me has amado? Arrojaste la red hacia el costado derecho, como te lo indiqué, pero ¿Me has amado? Sacaste todo el producto de la pesca hasta la orilla, pero ¿Me has amado?" Hermanos y hermanas, este es un solemne temor: "no sea que habiendo sido heraldo para otros, yo mismo venga a ser eliminado." ¡No sea que después de haber traído a otros a Jesús y de haber servido bien a Dios en la escuela, o en alguna otra esfera, resulten reprobados porque no han amado al propio Jesús!

Debo hacer la pregunta una y otra vez y pido al Espíritu Santo que cada uno de nosotros sienta su poder. Tal vez hemos sido llamados a contender ardientemente por la fe. Y tal vez hemos estado combatiendo contra los enemigos del Rey aquí y allá, defendiendo la Verdad de Dios como si defendiéramos nuestra propia vida. Es bueno que seamos buenos soldados de Jesucristo, pues nuestra época necesita hombres que no teman soportar reproches por proclamar la Verdad de Dios con palabras fuertes y firmes. Pero a este espíritu es muy importante hacerle la pregunta: "¿Me amas?" Un hombre puede ser un protestante muy firme pero bien puede no amar a Cristo. ¡Puede ser un abogado ardiente de la Verdad divina, pero puede muy bien no amar a Quien es la verdad misma! Puede sostener puntos de vista basados en las Escrituras en relación al Bautismo y puede ser que nunca haya sido bautizado en Cristo.

Un hombre puede ser un decidido cristiano independiente (disidente de la iglesia anglicana) y puede ver todos aquellos males para los que su movimiento es una protesta, ¡pero aún así puede estar conformado al mundo, y estar perdido a pesar de toda su disidencia! Es una cosa grandiosa que cada combatiente cristiano revise esta armadura para que pueda responder con prontitud a la pregunta: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?" Resumiendo todo, permítanme decirles, queridos hermanos (sin importar cuán eminentes puedan ser en la Iglesia de Dios e independientemente de sus servicios distinguidos o de su sufrimiento) ¡no evadan la pregunta! ¡Abran su corazón para que lo inspeccione el Señor! Contéstenle con valor humilde mientras Él les pregunta, una y otra vez, hasta que ustedes se entristezcan: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?"

II. Ahora proseguimos al segundo punto. DEBEMOS AMAR LA PERSONA DE CRISTO O DE LO CONTRARIO TODAS NUESTRAS PASADAS PROFESIONES DE FE HAN SIDO UNA MENTIRA. No es posible que un hombre sea un cristiano y que no ame a Cristo. Sin corazón no hay vida. Tu primera verdadera esperanza del cielo te llegó, si alguna vez te ha llegado, por medio de Jesucristo. Amados hermanos, ustedes han oído el Evangelio, pero el Evangelio sin Cristo nunca fue buenas nuevas para ustedes. Ustedes leen la Biblia, pero la Biblia sin un Cristo personal, nunca fue nada más que letra muerta para ustedes. Han escuchado muchas súplicas ardientes pero todas han caído en oídos sordos hasta que vino Jesús y los forzó a entrar.

El primer destello de consuelo que alguna vez entró en mi corazón surgió de las heridas del Redentor. Nunca guardé ninguna esperanza de ser salvo hasta que lo miré a Él colgado en el madero en medio de agonías y sangre. Y debido a que nuestra más firme esperanza está ligada, no a ninguna doctrina o a algún predicador, sino a Jesús, nuestro todo en todo, por tanto estoy seguro que aun si acabamos de recibir nuestra primera esperanza, debemos amar a Jesús, de quien nos ha venido esa esperanza. Y no solamente comenzamos con Él, pues cada bendición del Pacto que hemos recibido ha estado relacionada con Su Persona y no se podría haber recibido sin Él. Ustedes han obtenido el perdón, pero ese perdón ha sido por medio de Su sangre. Han sido vestidos con justicia, pero Él es el Señor, la Justicia de ustedes. Él es, Él mismo, la gloria y la belleza de ustedes.

Ustedes han sido limpiados
de muchos pecados a través de la conversión,
pero fue el agua que emana
de Su costado abierto
la que los lavó.

Ustedes han sido hechos hijos de Dios, pero su adopción sólo los ha llevado a sentir más semejanza al Hermano Mayor, mediante quien son hechos herederos de Dios. Ninguna de las bendiciones del Pacto existe fuera de Cristo, y no puede gozarse de ellas sin Él, de la misma manera que la luz y el calor no pueden separarse del sol. Todas las bendiciones nos llegan de Sus manos traspasadas y, por lo tanto, si las hemos recibido debemos amarlo. No es posible haber disfrutado de los dones dorados de Su amor sin límites sin ser llevados a amarlo a Él en reciprocidad. No pueden caminar bajo el sol sin ser calentados por él, ni recibir la plenitud de Cristo sin estar llenos de gratitud.

Cada ordenanza de la Iglesia cristiana, desde nuestra conversión, ha sido una farsa si no hemos amado a Cristo en ella. Por ejemplo, el bautismo. ¿No sería simplemente el lavamiento de la suciedad del cuerpo si no fuéramos sepultados con Cristo en el bautismo para muerte? ¡De la misma manera que Él se levantó de los muertos por la gloria del Padre, así nosotros también podemos levantarnos a una vida nueva! ¿Qué es la cena del Señor? ¿Acaso no es solamente comer pan y tomar vino a menos que Cristo esté allí? Pero si nos hemos acercado a la cena del Señor como hombres verdaderos y no como hipócritas de corazón falso, hemos comido Su carne y bebido Su sangre ¿y es posible haber hecho eso sin haberlo amado a Él? ¡No puede ser!

Esa comunión con Cristo que es absolutamente esencial en las ordenanzas, va a generar en el corazón, con toda certeza, amor con Quien tenemos comunión. Y así, amados hermanos, ha sucedido con cada acercamiento que hemos hecho para con Dios a lo largo de todos nuestros años de vida cristiana. ¿Oraste, hermano mío? ¿Realmente hablaste con Dios en oración? No podrías haberlo hecho excepto por medio de Jesús el Mediador. Y si has hablado con Dios a través del Mediador, no puedes permanecer sin amor hacia Quien ha sido tu puerta de acceso al Padre. Si has afirmado que profesas una religión, ¿cómo puede ser tu profesión verdadera y honesta a menos que tu corazón sienta un apego profundo hacia el Gran Autor de la salvación? Tienes grandes esperanzas ¿pero qué es lo que esperas? ¿Acaso no está toda tu esperanza envuelta completamente en Él? ¿No esperas que cuando Él aparezca, tú serás como Él es?

Esperas morir triunfante, pero no sin que Él haga muy blando tu lecho de muerte como una almohada de plumas. Tú esperas ser levantado otra vez, pero no aparte de Su resurrección, pues Él es los primeros frutos de la cosecha de la resurrección. Tú esperas reinar en la tierra, pero será con Él. No esperas un milenio sin el Rey. Esperas un cielo sin fin, pero ese cielo ha de ser con Jesús, donde Él está, contemplando Su gloria. Entonces, puesto que todo lo que has obtenido (si en verdad lo has recibido del Señor) tiene el sello de Cristo, te ha llegado directamente de sus manos traspasadas. No puede ser que lo hayas recibido a menos que Lo ames.

Ahora, cuando hago la pregunta, recuerda que de tu respuesta a esa pregunta pende esta alternativa: un hombre hipócrita o un hombre verdadero, un convertido genuino o alguien que profesa su fe en falso, un hijo de Dios o un heredero de la ira. Por tanto, responde al cuestionamiento, pero hazlo después de una profunda reflexión. Responde la pregunta conscientemente, como si estuvieras ante el tribunal de Él que ahora te pregunta con mucha ternura, pero que después hablará en otros tonos y tendrá otra mirada, con esos ojos que son como llamas de fuego. "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?"

III. Nuestra tercera consideración es esta: DEBEMOS AMAR LA PERSONA DE CRISTO O DE LO CONTRARIO NADA ESTARÁ BIEN EN EL FUTURO. Aún no hemos concluido nuestra vida. Tal vez nos espere un largo peregrinaje. Todo saldrá bien si amamos a Cristo, pero todo saldrá mal si el amor a Jesús está ausente. Por ejemplo, Pedro es llamado a apacentar los corderos y a pastorear las ovejas, pero para un verdadero pastor, el primer requisito es amar a Cristo. Yo deduzco de este incidente y estoy seguro que mi interpretación es razonable, que Jesucristo, queriendo hacer de Pedro un pastor de Sus ovejas y corderos, está comprobando sus verdaderas cualidades. Y no investiga el conocimiento que posee Pedro o sus dones de oratoria, sino más bien acerca de su amor, pues la primera, la segunda y la tercera cualidad de un verdadero pastor es un corazón lleno de amor.

Observen, por favor,
que lo que es válido para un pastor
es también válido para cualquier
trabajador útil para Cristo.
El amor es esencial, mi querido amigo.

No puedes trabajar para Cristo si no Lo amas. "Pero yo puedo enseñar en la escuela," dice alguien. "No, nadie debe enseñar en la escuela dominical, si no tiene amor a Jesús." "Pero yo estoy relacionado con una sociedad muy interesante, que hace mucho bien." "No estás glorificando a Dios a menos que estés relacionado con esa sociedad porque amas a Jesucristo." Deja tus herramientas, pues no puedes trabajar con provecho en la viña de mi Señor a menos que tu corazón sienta amor por Él. Es mejor que la vid se quede sin podar en vez de que sea podada por manos enojadas. Deja a las ovejas en paz. Nunca las podrás cuidar si tu corazón es duro y poco amable. Si no amas al Señor, no sentirás amor por Su obra, o por Sus siervos o por las reglas de Su Casa, y nos podrá ir mejor a todos sin ti que contigo. Tener a un obrero descontento en la Casa del Señor y Su viña sería muy desagradable para toda la familia. El corazón debe tener amor pues el verdadero servicio no puede salir sólo de las manos.

Es posible que te espere el sufrimiento, y si tu corazón no es fiel a Cristo, no podrás soportarlo pacientemente en Su nombre. Pronto le llegó a Pedro el tiempo de dar gloria a Dios con su muerte. Pedro tiene que ser vestido y llevado adonde no quiere. ¿Acaso estaría preparado para el martirio si no amase a Jesús? La tradición sostiene que Pedro fue crucificado con su cabeza hacia abajo pues le parecía demasiado honor morir en la misma posición que su Señor. Puede ser. Sin duda fue crucificado y fue más que un conquistador por su amor fuerte y profundo. El amor hace al héroe. Cuando el Espíritu de Dios enciende el amor, Él inspira valor.

Comprendan entonces, ustedes que creen, cuánto necesitan del amor para el futuro. Joven cristiano, tendrás que pasar por tribulaciones antes de entrar al cielo. No me importa en qué esfera de la vida te muevas, eres particularmente favorecido si alguien no se burla de ti o te persigue. ¡De aquí al cielo serás puesto a prueba y, tal vez, tus enemigos serán los hombres de tu propia casa! Muchos estarán pendientes de tus tropiezos y aun colocarán obstáculos en tu camino. Para caminar con firmeza tendrás que llevar los fuegos de amor en tu corazón. Si no amas a Jesús intensamente, el pecado será tu amo. Las abnegaciones y las humillaciones son muy fáciles de llevar cuando hay amor, pero sin amor son imposibles. Para trabajar o para sufrir o para morir fielmente, debemos amar a Jesús con todo nuestro corazón.

Queridos hermanos y hermanos, si no sentimos amor por la Persona de Jesucristo nuestra piedad carece del elemento adhesivo. Falla en eso que nos ayuda a mantenernos en el viejo camino bueno y sostenernos hasta el fin. Los hombres a menudo abandonan lo que les gusta pero nunca abandonan lo que aman. Los hombres pueden negar aquello en lo simplemente creen como asunto de convicción mental, pero nunca van a negar aquello que sienten que es verdadero y que aceptan con afecto del corazón. Si van a perseverar hasta el fin, debe ser en el poder del amor. El amor es la gran fuerza inspiradora. Muchas obras en la vida cristiana son imposibles de realizar mediante cualquier otra fuerza que no sea el amor. Al servir a Cristo atraviesas alguna dificultad demasiado grande para el criterio, demasiado dura para la prudencia, y la incredulidad se sienta para poder evaluar y calcular. Pero el amor, el poderoso amor, se ríe ante la imposibilidad y puedes atravesar la dificultad, por Jesucristo.

El amor penetra en la filas enemigas.
El amor salta por encima de los muros
y, ¡llevado de la mano por la Fe,
es omnipotente!

Más aún, por medio del poder de Dios que está en él, el amor todo lo puede por Jesucristo su Señor. Si no tienes amor, tu energía se debilita. Falta la fuerza que llena de energías al hombre y somete a sus enemigos. También, sin amor, no tienes la fuerza transformadora. El amor a Cristo es lo que nos hace semejantes a Él. Los ojos del amor, como ventanas, dejan entrar la imagen del Salvador y el corazón del amor la recibe como una placa sensible hasta que toda la naturaleza lleva su imagen. Eres como aquello que amas, o cada vez te vas pareciendo más a aquello que amas. Si amas a Cristo, gradualmente te vas haciendo semejante a Él. Pero sin amor, jamás reflejarás la imagen de lo celestial. ¡Oh Espíritu de Dios, con alas de amor, cúbrenos hasta que Cristo sea formado en nosotros!

Mis hermanos y hermanas, hay aún otra reflexión: sin amor a Cristo no poseemos el elemento que perfecciona. Pronto estaremos con Él. En unas pocas semanas o meses, ninguno de nosotros puede decir cuán pocos son, estaremos en la Gloria. Sí, ustedes y yo. Muchos de nosotros estaremos vestidos de ropas blancas y con palmas en la mano. Tal vez sólo podamos comprar dos o tres almanaques más y después ya no podremos llevar la cuenta de los días, pues estaremos donde el tiempo, con sus pequeños remolinos y corrientes, será olvidado en el arco iris eterno de las edades. Pero si no amamos a Jesús, no estaremos donde Él está. No hay nadie en el cielo que no haya aprendido a amarlo primero aquí abajo. Así que debemos amar a Jesús. El futuro lo demanda imperiosamente y, por lo tanto, hago la pregunta nuevamente con mayor seriedad y vehemencia: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?"

IV. Pero ahora voy a suponer que he recibido una respuesta de ustedes y que pueden decir que ustedes verdaderamente aman a Jesús. Entonces mi cuarto punto que es también el último debe ser: SI EN VERDAD LO AMAMOS, ¿ENTONCES QUÉ? Si en verdad lo amamos, hagamos algo por Él, pues Jesucristo respondió a Pedro cuando dijo: "Señor, tú lo sabes todo; tú sabes que te amo." "Apacienta mis ovejas." Esto fue muy amable de parte del Salvador, porque Él sabía en lo profundo de Su corazón que dondequiera que haya amor hay el deseo de llevar a cabo actividades. Debido a que Jesús amó tanto, Su alimento y Su bebida consistían en hacer la voluntad de Su Padre celestial.

Así piensa Jesús: "Pedro me ama y su corazón se dolerá si no le doy alguna actividad. Ve y apacienta mis corderos, ve y pastorea mis ovejas." ¡Hermano, hermana, si amas a Cristo, no desperdicies este domingo por la tarde! ¡Si amas a Cristo, ponte a trabajar! ¿Qué haces? Participo en los medios de la Gracia y recibo muy buen alimento. ¿Eso es todo? Eso es hacer algo para ti mismo. Muchas personas en el mundo están ocupadas alimentándose (y usan ávidamente tenedor y cuchillo) pero no estoy seguro que comer el pan de los hombres sea una prueba de amor por Él. Muchísimos cristianos que profesan su fe no dan ninguna prueba de amor a Cristo excepto que disfrutan los sermones. Pero ahora, si amas a Cristo tal como la afirmas, demuéstralo haciendo el bien a otros: "Apacienta mis corderos."

Veo que un grupo de hermanos se ha reunido para tener una conferencia y crecer en la Gracia. Eso es ciertamente excelente. Crezcan, mis hermanos, tan rápido como puedan. Me gustaría verlos como un jardín de flores, con todas ellas creciendo y brillando. Pero cuando hayan hecho todo eso, ruego a Dios para que no estén satisfechos de ustedes mismos como si hubieran llevado a cabo una cosa maravillosa y poderosa, porque no hay nada allí a menos que los lleve a trabajar para los demás. Hacer públicos esos felices eventos es como decir a la pobre gente de Whitechapel que el señor alcalde y el regidor gozaron de un exquisito banquete y comieron sopa de tortuga. Supongan que yo me entero que ustedes han tenido una espléndida serie de reuniones. Pues me alegraría de que ustedes la hayan pasado bien, pero el punto es este: ¡si hay algo bueno en eso, pónganse a trabajar!

Si amas a Cristo,
apacienta sus ovejas y corderos.
Si no, todo sería puras palabras.
Si no, sería mucho ruido
y pocas nueces.


¡Si no, es simplemente puro bullicio, entonces pónganse a trabajar para ganar almas! ¡Vayan a los pobres y a los necesitados! ¡Vayan donde están los perdidos y los extraviados! ¡Vayan a quienes están en medio de tinieblas y a los ignorantes y proclamen a Cristo como el bálsamo de Galaad y Salvador de los pecadores! Después de todo, esta es la prueba de cuánto han crecido en la Gracia. Esta es la prueba de una vida más elevada. Esta es la prueba de cuánto se asemejan a Jesús. ¿Qué van a hacer por Él? Pues si no van ahora y apacientan Sus corderos y pastorean Sus ovejas, de nada sirve lo que digan o lo que suponen que gozan. No dan ninguna de las pruebas del amor que pide Jesús.

Agrego estas palabras finales: cuando enseñen sus clases dominicales o a sus propias familias, háganlo por amor a Jesús. Digan a su corazón: "Amo a Cristo y ahora voy a enseñar por amor a Él." ¡Oh, habrá una clase grandiosa esta tarde, hermana mía! ¡Enseñarás con mucho poder, si lo haces por amor a Él! ¡Cada palabra que pronuncies tendrá mucho poder pues será sugerida por el amor que tienes para Él! Tendrás mucha paciencia con esa niña que hace mucho ruido y que tanto te molesta, por el amor de Él. Ese niño travieso que no aprende la verdad que le enseñas, te cansa porque le dices muchas historias y cuando has terminado quiere otra historia. Con mucha paciencia le dirás otra, por amor a Cristo.

Cuando oren con los pequeñitos, oren para tener amor por ellos por Cristo. Si van a predicar, prediquen por amor de Cristo. A veces lo hacemos porque nos corresponde hacerlo, pero nunca debería ser así. Ustedes saben cuánto se deleitarán sus sirvientes en servirles si lo hacen por amor. Han estado fuera unas cuantas semanas y finalmente regresan a casa. ¡Miren su habitación! ¡Qué grata bienvenida es para ustedes! ¡Han destruido casi la mitad del jardín para traerles flores y que la mesita se vea preciosa para recibirlos a ustedes! La cena (es la misma cena que cualquier María o Juana habría cocinado) pero ¡miren cómo está puesta sobre la mesa! Todo parece indicar que se ha hecho por amor al señor y la señora de la casa, para mostrar el afecto y el respeto por ellos. ¡Y ustedes lo gozan de manera indescriptible porque todo ello revela amor!

Ahora, mañana y mientras vivan, ¡háganlo todo por amor a Cristo! Cubrirá de flores todo su trabajo y hará que se vea precioso a Sus ojos. Pongan a trabajar dedos de amor, cerebro lleno de amor, ojos de amor, manos de amor. Piensen con amor, oren con amor, hablen con amor, vivan con amor y de esta manera van a vivir con poder y Dios los bendecirá por Cristo nuestro Señor. Amén.
ooo

Sermón predicado la mañana del Domingo 27 de Febrero de 1876
por Charles Haddon Spurgeon
En el Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres

cruzue@gmail.com
http://olharcristao.blogspot.com

.

sábado, novembro 24, 2007

Los espías de Canaán

Sermón de Charles Haddon Spurgeon

Los 12 espías de Canaán

Nota introdutória: Charles Haddon Spurgeon foi, no século 19 para a Inglaterra, o que Dwight Lyman Moody foi para a América. Embora nunca tivesse frequentado uma escola teológica, com a idade de 21 anos era o pregador mais popular de Londres. Quando o Tabernáculo Metropolitan foi construído, milhares de pessoas reuniam-se ali, todos os domingos, durante mais de QUARENTA ANOS, para ouvir seus animados sermões. Além das funções pastorais, Spurgeon fundou Escolas Dominicais; construiu templos, um orfanato e a Faculdade do Pastor. Editava uma revista mensal e promoveu a distribuição de literatura. De uma maneira simples e atenciosa ele denuciava os erros cometidos tanto pela Igreja Anglicana da Inglaterra quanto da Igreja Batista, a qual pertencia. Um fervoroso evangélico que lamentava a tendência de sua época em criticar a Bíblia Sagrada.


Início do sermão "Los espías"

Charles Haddon Spurgeon

"Y hablaron mal entre los hijos de Israel, de la tierra que habían reconocido, diciendo: La tierra por donde pasamos para reconocerla, es tierra que traga a sus moradores; y todo el pueblo que vimos en medio de ella son hombres de grande estatura."Números -- 13: 32.

"Y Josué hijo de Nun y Caleb hijo de Jefone, que eran de los que habían reconocido la tierra, rompieron sus vestidos, y hablaron a toda la congregación de los hijos de Israel, diciendo: La tierra por donde pasamos para reconocerla, es tierra en gran manera buena." Números -- 14: 6, 7.

La incredulidad de los hijos de Israel los impulsó a enviar espías a la tierra de Canaán. Dios les había dicho que era una buena tierra, y Él había prometido expulsar de allí a todos sus enemigos; por tanto, ellos debieron haber marchado adelante con la confianza de que poseerían la herencia prometida. En vez de esto, ellos envían a doce príncipes para que espíen la tierra, y "oh, cuán terrible la naturaleza humana," diez de éstos fueron infieles, y sólo dos fueron fieles al Señor. Lean otra vez la narración, y observen el efecto nocivo, y la santa valentía de los espías fieles.

Ahora tengo que utilizar una parábola. La tierra de Canaán es una figura de la religión; no creo que se haya pretendido jamás que fuera una figura del cielo, pues no hay cananeos en el cielo; ciertamente en el cielo no hay hijos de Anac, no hay gigantes que tengan que ser expulsados, no hay ciudades amuralladas y no hay reyes que poseen carros de hierro. Sin embargo, Canaán es un cuadro muy excelente de la religión. Los hijos de Israel deben figurar esta mañana como los representantes de la gran masa de la humanidad.

La mayoría de los hombres nunca prueban por sí mismos lo que es la religión; no investigan nuestros libros sagrados, ni saborean ni prueban nuestra religión. Pero esto es lo que hacen: ellos consideran a quienes hacen una profesión de religión como espías que han entrado en la tierra, y ven nuestro carácter y nuestra conducta como el mensaje que traemos cuando regresamos. El hombre impío no lee su Biblia para descubrir si la religión de Cristo es santa y bella; no, sino que él lee la Biblia viviente (la iglesia de Cristo) y si la iglesia es inconsistente, él condena a la Biblia, aunque la Biblia no es responsable por los pecados de aquellos que profesan creer en ella.

Por supuesto que los hombres impíos no hacen una prueba del amor de Cristo por medio del arrepentimiento y la fe; no establecen un pacto con el Señor Jesús, pues de lo contrario pronto descubrirían que es una buena tierra que fluye leche y miel; pero en vez de esto, se quedan quietos diciendo: "esperemos y veamos qué testimonio dan estos cristianos. ¿Encuentran ellos que se trata de algo feliz? ¿Les sirve de socorro en la hora de la prueba? ¿Los consuela en medio de sus aflicciones? Y si encuentran que nuestro reporte es sombrío y profano, dan la vuelta y dicen: "No es una buena tierra; nosotros no entraremos, pues sus dificultades son muy grandes, y sus gozos son muy escasos."

Amados hermanos y amigos, para expresar mi parábola en los términos más sencillos posibles, estoy a punto de convertir a cada hombre cristiano y a cada mujer cristiana aquí presentes en espías que han entrado en la buena tierra de la religión, quienes por su conducta y por su conversación traen reportes de esta buena tierra, buenos o malos, reportes que mueven al mundo a murmurar de la religión y a despreciarla, o que por lo contrario inspiran al mundo con un santo temor de la bondad de esa tierra, y lo hacen anhelar una porción de la misma.

Pero voy a comenzar con una palabra de advertencia. En primer lugar voy a hacer la observación que los hombres del mundo no pueden ser excusados por su insensatez al confiar en los simples reportes de otras personas. Luego, en segundo lugar, voy a tratar de describir a los malos reporteros, los malos espías que están en el campamento; después mencionaremos a algunos buenos espías, que traen un buen reporte de la tierra; y, para concluir, presentaremos unas pocas razones de mucho peso para los hombres cristianos, por qué deben actuar como Caleb y Josué, y traer un buen reporte de la tierra.

I. En primer lugar, entonces, EL MUNDO IMPÍO NO DEBE SER EXCUSADO por eso, aunque debemos admitir que es un asunto muy natural, es decir, que EN VEZ DE INVESTIGAR LA RELIGIÓN POR ELLOS MISMOS, USUALMENTE CONFÍAN EN LA DECLARACIÓN HECHA POR OTROS.

El hombre mundano mira al cristiano para ver si su religión está llena de gozo. "Por esto," dice, "voy a saber si hay algo en la religión que puede hacer feliz al hombre. Si yo veo al que profesa la religión con un rostro feliz, entonces puedo creer que es algo bueno." ¡Pero escucha con atención, amigo! ¿Tienes algún derecho para someter a la religión a esa prueba? ¿No debemos creer que Dios es verdadero, aún antes de que lo hayamos comprobado? Y ¿acaso no ha declarado Él mismo: "Bienaventurado el hombre a quien Jehová no culpa de iniquidad, y en cuyo espíritu no hay engaño?" ¿Acaso la propia Escritura no declara que la piedad para todo aprovecha, no sólo para esta vida presente, sino para la vida venidera; que tiene la bendición de dos mundos, la bendición de este mundo bajo el cielo y de aquel otro mundo que está sobre las estrellas?

Si tomaras la Biblia y la leyeras, ¿acaso no aprenderías de ella que en todas partes se le manda al cristiano que esté gozoso, porque es hermoso para él? "Alegraos en Jehová y gozaos, justos; y cantad con júbilo todos vosotros los rectos de corazón." "Estad siempre gozosos." "Regocijaos en el Señor siempre. Otra vez digo: ¡Regocijaos!" Recuerda que no tienes derecho de poner a ninguna prueba que no sea tu propia experiencia, el gozo de la religión, pues estás obligado a creer a Dios en Su palabra desnuda. No puedes quedarte paralizado hasta que veas que es verdad. Es tu obligación creer a tu Hacedor cuando Él declara que los caminos de la religión son agradables y todos sus senderos son de paz.

De la misma manera, tú dices que pondrás a prueba la santidad de la religión de Cristo por la santidad del pueblo de Cristo. Yo respondo que no tienes derecho a sugerir una prueba como esa. La prueba adecuada a la que debes recurrir es probarla por ti mismo: "Gustad y ved que es bueno Jehová." Al gustar y ver, podrás comprobar su bondad, y por el mismo proceso debes comprobar la santidad de Su Evangelio. En lo que debes ocuparte es en buscar a Cristo crucificado por ti mismo, sin aceptar la declaración de otro hombre, relativa al poder de la gracia para someter a la corrupción y para santificar al corazón. Tu obligación es que entres tú mismo en los valles y cortes las uvas; que tú mismo subas por sus colinas y veas a sus habitantes. En la medida que Dios te ha dado una Biblia, Él quiere que la leas, y que no te contentes con leer a los hombres.

Allí está Su Espíritu Santo; tú no debes quedarte satisfecho con los sentimientos que surgen por medio de la conversación con otras personas. Tu único poder para conocer a la verdadera religión es dejar que el Espíritu obre en tu propio corazón, para que tú puedas saber por ti mismo cuál es el poder de la religión. No tienes derecho a juzgar a la religión desde cualquier perspectiva que esté afuera o que sea externa a ella misma. Y si tú la desprecias antes de haberla experimentado por ti mismo, debes ser considerado como un insensato en este mundo, y como un criminal en el mundo venidero. Y sin embargo esto es válido para la mayoría de los hombres. Si escuchas que un hombre injuria a la Biblia usualmente puedes concluir que jamás la ha leído. Y si oyes a un hombre hablar en contra de la religión, puedes estar absolutamente seguro que nunca ha entendido lo que es la religión.

La verdadera religión, una vez que toma posesión del corazón, nunca permite que el hombre contienda con ella. Si alguien conoce algo de Cristo, esa persona llamará a Cristo su mejor amigo. Hemos conocido a muchos que han despreciado los gozos de este mundo, pero nunca hemos conocido a alguien que se apartó de la religión con disgusto o empacho, después de haberla gozado una vez. No, recuerden, queridos lectores, que si ustedes toman su religión de otras personas, y son guiados por el ejemplo de los que profesan desechar la religión, ustedes son, a pesar de eso, culpables de su propia sangre. Pues Dios no los ha dejado para que se guíen por el incierto mapa de los caracteres de los hombres; Él les ha dado Su propia Palabra; una Palabra y un testimonio totalmente verdaderos, que harán bien en escuchar.

Será en vano que digas en el día del juicio "Fulano de Tal era muy inconsistente, por eso yo desprecié la religión." Se descubrirá que tu excusa es vana, pues tú tendrás que confesar que, en todos los demás asuntos, tú no te guiaste por la opinión de otros hombres. En los negocios, en los cuidados de esta vida, tú eres lo suficientemente independiente; en tus opiniones políticas tú no pegaste el alfiler de tu fe en el saco de ningún hombre; y por lo tanto, se dirá de ti al final, que tú tuviste la suficiente independencia mental para establecer tu propio curso, aun en contra del ejemplo de otros, en los negocios, en la política, y en todas las otras cosas semejantes; ciertamente tú tenías suficiente vigor mental, si hubieras querido hacerlo, para mantenerte firme a pesar de las inconsistencias de los que profesaban, y para haber investigado por ti mismo.

Aunque toda la iglesia de Cristo fuera inconsistente, mientras haya una Biblia sobre la tierra, no tendrías ninguna excusa que te pueda defender en el día del juicio; pues Cristo no fue inconsistente, y no se te pide que sigas a los seguidores de Cristo. Se te pide que sigas al propio Cristo. Mientras no puedas encontrar un defecto en Su carácter, un error en Su conducta, no tienes ningún derecho de achacar la inconsistencia de Sus seguidores al propio Cristo, ni tienes ningún derecho de alejarte de Él porque Sus discípulos lo han abandonado y huyen. Ellos tendrán que rendir cuentas al propio Señor; ellos deben llevar su propia carga, y tú debes llevar la tuya también. "Porque cada uno llevará su propia carga," dice la Escritura, "Porque es necesario que todos nosotros comparezcamos ante el tribunal de Cristo, para que cada uno reciba según lo que haya hecho mientras estaba en el cuerpo, sea bueno o malo." Tú no tendrás que rendir cuentas por los pecados de otros, sino sólo por tus propios pecados; y si otro hombre ha traído vituperios sobre Cristo por su pecado, eso no te servirá de excusa si tú no sigues enteramente a Cristo, en medio de una generación perversa.

II. Con lo anterior como advertencia y aviso de precaución, voy a presentar ahora A LOS MALOS ESPIAS. Yo hubiera deseado que los hombres mencionados en el texto, hubieran sido los únicos espías que trajeran un mal reporte: hubiera sido un grandioso acto de misericordia si la peste que los mató hubiera aniquilado a todas las demás personas de ese tipo; pero ¡ay! me temo que esa raza nunca estará extinta, y mientras el mundo sea mundo, habrá personas que profesan la fe pero que traerán un mal reporte de la tierra.

Pero ahora permítanme presentar a los malos espías. Recuerden, estos espías deben ser juzgados, no por lo que dicen, sino por lo que hacen; pues para alguien del mundo, las palabras no son nada; los hechos son los que cuentan. Los reportes que traemos de nuestra religión no son los reportes del púlpito, no son los reportes que pronunciamos con nuestros labios, sino el reporte de nuestra vida diaria, lo que hablamos en nuestras propias casas, y lo que hacemos en los negocios diarios de nuestra vida.

Bueno, primero, presento a un hombre que trae un mal reporte de la tierra, y ustedes se darán cuenta de inmediato que lo hace así, porque posee un espíritu apagado y pesado. Si él predica, utiliza este texto: "Es necesario que a través de muchas tribulaciones entremos en el reino de Dios." De alguna forma u otra, nunca menciona al pueblo de Dios sin llamarlos los atribulados hijos de Dios. En cuanto al gozo en el Señor, lo mira siempre con sospecha. "Señor, ¡qué tierra tan desventurada es esta!" es la poesía más elevada para él. Él siempre podría cantar eso. Él siempre se encuentra en lo hondo del valle, donde ronda la neblina: nunca se remonta a la cumbre de la montaña, para estar por encima de las tempestades de esta vida. Él era una persona abatida aun antes de hacer una profesión de religión; desde entonces se ha puesto todavía más triste. Véanlo en su propia casa. Pregunten a sus hijos qué piensan de la religión de su padre; ellos dicen que desearían que su padre fuera cualquier otra cosa excepto una persona religiosa. "Nuestro padre no nos permite reír," dicen; "el día domingo cierra todas las cortinas; ese día trata de que nos sintamos miserables y que estemos en tinieblas en la medida de lo posible; él piensa que es su responsabilidad, siendo un estricto observante del domingo, hacer que ese día sea precisamente el día de mayor servidumbre de la semana."

Pregunten a su esposa qué piensa acerca de la religión: ella dice, "no sé mucho acerca de eso, pero me gustaría que mi esposo fuera un poquito más alegre." "Vamos, pero ¿acaso es su religión lo que lo hace sentirse miserable?" "Yo no sé que sea," responde ella, "pero sé que mientras más miserable se siente, generalmente se vuelve más religioso." Escúchenlo mientras ora: cuando está de rodillas presenta una larga lista de sus tribulaciones y de sus problemas; sin embargo nunca dice al final, "más son los que están con nosotros que los que están con ellos." Usualmente mora en el valle de Baca, y llora tanto que el valle se convierte en un pozo. Nunca dice, "Irán de poder en poder; verán a Dios en Sión." No, se trata solamente de la parte negra de la historia. Si quieren ver a este hermano en su perfección, deben verlo cuando está hablando con un joven converso. El joven se encuentra lleno de gozo y alegría, pues ha encontrado al Salvador, y, como un joven pájaro que ha comenzado a volar, se deleita revoloteando por todos lados bajo el sol, y canta muy contento gozando su nueva fe. "¡Ah!" dice el viejo cristiano, "el buey negro no ha machucado todavía los dedos de tus pies; vas a tener más problemas de los que te imaginas."

El viejo señor Temeroso era mi amigo: ¿han oído alguna vez lo que le dijo a Cristiano, cuando lo encontró en el camino? Les voy a decir lo mismo. "¡Los leones! ¡Los leones! ¡Los leones!" grita; nunca dice "los leones están encadenados." ¡Los gigantes! ¡Los gigantes! ¡Los gigantes!" exclama. Nunca dice, "En su brazo llevará los corderos, y en su seno los llevará; pastoreará suavemente a las recién paridas." Siempre toma el lado lúgubre del asunto, trayendo un mal reporte de la tierra.

Y, saben ustedes que algunas de estas personas se sienten tan orgullosas de hablar mal de la tierra, que llegan a formar un pequeño nudo, y no pueden escuchar a ningún predicador que no tenga una cara larga en extremo y a menos que haya estudiado detenidamente el diccionario para encontrar las palabras más tristes, y a menos que no sea obvio que ayuna, al igual que los fariseos de otros tiempos. Pero yo no dudo en afirmar que estos hombres son espías malvados. Lejos esté de nosotros enmascarar la gran realidad que la religión no implica tribulación y que el cristiano al igual que cualquier otra persona, debe esperar tener problemas en este mundo, pues los problemas son tan naturales para el hombre como las chispas vuelan hacia arriba; pero así como Dios es verdadero así también es falso que la religión hace a los hombres miserables. Tan cierto como que Dios es bueno así de cierto es que Su religión es buena; y así como Dios es bueno para todos, y Sus tiernas misericordias están sobre todas Sus obras, la religión es una atmósfera en la que juegan esas tiernas misericordias, y el océano en que nada Su misericordia.

Oh, vamos, ustedes tristes profesantes, llévense esas nubes de tormenta, y ciñan unos cuantos arcos iris en sus frentes. Vamos, unjan sus cabezas y laven sus rostros, para que no sea evidente a los demás que ustedes ayunan; bajen esas arpas de los sauces; tómenlas, y prueben si sus dedos que no están acostumbrados, pueden darles vida con melodías. Y si no lo hacen, si no pueden hacerlo, permítanme darles mi testimonio.

Yo puedo afirmar, en relación a la religión de Cristo, que si yo tuviera que morir como un perro, y no tuviera ninguna esperanza de inmortalidad, si yo quisiera tener una vida feliz, entonces solicitaría que me dejen servir a mi Dios con todo mi corazón; que se me permita ser un seguidor de Jesús, y andar en Sus pasos; pues nunca se dijo una mayor verdad que lo que dijo Salomón: "Sus caminos son caminos deleitosos, y todas sus veredas paz."

Es una tierra que fluye leche y miel; hay racimos, inclusive caídos en la tierra que son tan pesados que un solo hombre no puede cargarlos; hay frutas que son tan deliciosas que los labios del ángel no han sido endulzados nunca con un vino más exquisito. Hay gozos tan hermosos reservados para ese lugar que aun los bocadillos más deliciosos y el vino perfumado del Paraíso, escasamente pueden sobrepasar la dulzura de la satisfacción que se puede encontrar en los banquetes de la tierra del Señor.

Sin embargo, es posible que este pobre hombre que acabo de despedir deba ser compadecido. No así nuestra siguiente persona, quien es verdaderamente un bribón. ¡Véanlo! Se presenta con el rostro de la mansedumbre, haciendo una gran profesión de su religión. ¡Cómo canta los himnos! Cuando se pone de pie para orar, con qué calidad espiritual de voz ora. ¡No hay absolutamente nada carnal en su voz! Es un gran líder en medio del pueblo cristiano. Puede predicar sermones muy largos. Puede hacer rápidas disecciones de las doctrinas. No hay algún punto metafísico en toda nuestra teología que él no pueda entender.

"Él puede dividir un cabello,
Y distinguir cada uno de sus cuatro costados"

Según su propia opinión, su entendimiento es infinito; y tiene arrogantes pretensiones de ser piadoso. Cuando lo ven con su buen carácter en la capilla o en cualquier otra parte, todo el mundo dice, "¡Qué hombre tan bueno es él!" Veámosle en su trabajo. Nunca jura, pero sí miente. No roba descaradamente, pero sí engaña. No maldice a nadie en su cara, pero se atreve a hacer cosas peores: habla mal de la gente a sus espaldas. ¡Obsérvenlo! Si encuentra a un borracho en la calle le llama fuertemente la atención y le predica de manera altanera en contra del pecado de intoxicación, pero él mismo casi siempre está tan borracho que con dificultad sube las escaleras de su casa para llegar a su cama; sólo que eso lo hace a escondidas, sin que nadie lo vea, y se le considera un honorable miembro de la sociedad.

¿Ustedes conocen a alguien así? Espero que no; pero yo sí me he encontrado con ellos. Hay una buena reserva de esos individuos que viven todavía; hombres que hacen grandes profesiones de fe, y sus vidas son todo lo contrario de las profesiones que hacen, de la misma manera que el infierno se contrapone al cielo. Entonces, ¿qué opina el mundo de la religión cuando ve a estas personas? De inmediato dicen: "Bien, si esto es la religión, no queremos saber nada ella." El hombre de negocios dice: "Yo no podría hacer lo que Fulano de Tal hace; es cierto que no conozco los cantos de su himnario, pero no podría llevar su contabilidad."

Hemos conocido a muchas personas que dicen: "Yo no podría orar con oraciones tan largas como las hace Fulano de Tal, y no podría tampoco hacer mis facturas de la manera deshonesta que él las hace." Nos hemos encontrado con hombres del mundo que son mucho más honestos como comerciantes y como profesionales que algunas personas que hacen una profesión de religión. Y por otra parte hemos conocido a algunos hombres que han hecho la mayor profesión de fe, y que se entregan a todo tipo de males. El destino de esos hombres será terrible, ya que de tal manera arruina las almas de otros hombres, trayendo un mal reporte de la tierra.

¡Oh! Pero yo les suplico, amados lectores, si alguno de ustedes ha visto a tales profesantes, que los justos como Josué y Caleb salgan al frente hoy; que la iglesia rasgue sus vestiduras ante ustedes, al tiempo que les implora que no crean los reportes engañosos y llenos de calumnias de tales hombres. Pues, ciertamente, la religión es santa; como Cristo es santo, también Su pueblo desea ser santo. Y la gracia de Dios que trae salvación es pura y llena de paz; genera en los hombres cosas que son santas y de buen testimonio, cosas que engrandecen a Dios, y que hacen que la naturaleza humana se presente gloriosa.

Pero casi ni tengo que mencionarles que, en su propio círculo ustedes se han encontrado con hipócritas, pero también con hombres de quienes no pueden tener ninguna duda. Sí, algunas veces ustedes han visto, en medio de las malas compañías, a un hombre que parecía un ángel; ustedes han sentido lo que Satanás sintió cuando Abdiel, el fiel entre los infieles, salió al frente, y no quiso rebelarse contra su Dios.

"El diablo estaba avergonzado,
y sintió cuán terrible era la bondad."

Por lo tanto, yo les suplico que no crean en el perverso reporte del hipócrita ni del hombre malvado.

Además hay una tercera clase de personas que profesan la religión pero que traen un reporte negativo acerca de la tierra. Y yo me temo que esto nos afectará a todos; en alguna medida todos debemos reconocernos culpables de esto. El hombre cristiano, aunque se esfuerce consistentemente en caminar de conformidad con la ley de Cristo, todavía encuentra otra ley en sus miembros que está en guerra contra la ley de su mente, y en consecuencia hay momentos en los que su testimonio no es consistente. Algunas veces este testimonio es: "El Evangelio es santo" pues él mismo es santo. Pero, ¡ay!, aun en los mejores hombres, hay momentos en los que nuestro testimonio contradice a nuestra fe.

Cuando vean a un cristiano que está enojado (y tal cosa puede verse), y cuando se encuentren con un cristiano que es orgulloso, (y tal cosa ciertamente ha sucedido), y cuando sorprendan a un cristiano cometiendo una falta, como puede ocurrir a veces, entonces su testimonio no es consistente. El está contradiciendo por medio de sus actos, en ese momento, lo que en otras ocasiones ha declarado.

Y en esto, lo repito, me temo que todos nosotros debemos confesarnos culpables. Algunas veces, por medio de nuestras acciones, hemos introducido palabras que parecen estar en conflicto con el testimonio general de nuestras vidas. ¡Oh! Hermanos y hermanas, no crean todo lo que ven en nosotros; y si algunas veces ven a un cristiano que es infiel en una expresión errónea o ligera, no lo achaquen a nuestra religión, sino que hay que inculpar a nuestra pobre humanidad caída. Si a veces ustedes nos sorprenden cuando somos dominados por una falla, y confío que sea muy raramente que ustedes nos vean así, critíquennos a nosotros, pero no hablen mal de nuestro Señor: digan lo que quieran en lo relativo a nosotros, pero les suplicamos que no se lo imputen a nuestra religión, pues los santos todavía son pecadores, y los hombres más santos todavía tienen que decir: "Perdónanos nuestras deudas, como también nosotros perdonamos a nuestros deudores."

Pero les suplicamos que, cuando la locura del pecado nos engañe, no crean en los gruñidos de nuestra locura, sino miren el testimonio general de nuestras vidas, y, eso esperamos, encontrarán que es consistente con el Evangelio de Cristo. Yo podría soportar ser vilipendiado, pero no me gustaría que mi Señor fuera vilipendiado. Yo preferiría que se creyera que no soy cristiano del todo, que permitir que alguien diga que cualquiera de las fallas que tengo fueron causadas por mi religión. No, Cristo es santo; el Evangelio es puro y sin mancha. Si en algún momento damos la impresión de contradecir ese testimonio, no nos crean, se los suplico, sino que analicen el asunto ustedes mismos, pues ciertamente es una buena tierra, una tierra que fluye leche y miel.

III. Así hemos considerado a los espías perversos que traen un mal reporte; y ahora, gracias a Dios, veremos también a algunos buenos espías. Pero dejaremos que hablen ellos. Vengan ustedes, Josué y Caleb, necesitamos su testimonio: aunque ustedes ya están muertos y han partido, han dejado atrás algunos hijos; y ellos, todavía dolidos como lo estuvieron ustedes por el malvado reporte, rompen sus vestidos, pero sostienen con firmeza que la tierra que han recorrido es en extremo una buena tierra.

Uno de los mejores espías que he conocido jamás es un cristiano entrado en años. Recuerdo haberlo escuchado exponiendo lo que él pensaba de la religión. Se trataba de un viejo ciego, que por veinte años no había visto la luz del sol. Sus cabellos grises estaban suspendidos sobre su frente y flotaban sobre sus hombros. Se puso de pie en la cena del Señor y se dirigió a nosotros de esta manera: "Hermanos y hermanas, muy pronto me iré de aquí; dentro de unos pocos meses estaré recogido en mi cama y seré reunido con mis padres. No tengo la lengua de una persona educada, ni la mente de una persona elocuente, pero antes de irme deseo dar un testimonio público a favor de mi Dios. Le he servido durante cincuenta y seis anos y Él nunca me ha sido infiel. Puedo decir: 'Ciertamente el bien y la misericordia me seguirán todos los días de mi vida, y no ha faltado una palabra de todas las buenas palabras que Jehová vuestro Dios ha dicho.'" Y allí estaba ese viejo, balanceándose hacia su tumba, privado naturalmente de la luz del sol, y sin embargo poseyendo la luz del cielo que brillaba en su alma en un mejor sentido; y aunque no podía vernos, sin embargo se volteó hacia nosotros y pareció decir, "Jovencitos, confíen en Dios desde temprano en sus vidas, pues yo nunca he lamentado que lo busqué desde muy temprano. Sólo tengo que lamentar que tantos años de mi vida se fueron a la basura." No hay nada que fortalezca tanto la fe del joven creyente que el escuchar al veterano cristiano, cubierto con las heridas de la batalla, dando testimonio que el servicio de su Señor es un servicio feliz, y que si él hubiera podido servir a cualquier otro señor, no lo hubiera hecho, pues Su servicio fue agradable y Su salario el gozo eterno.

Tomen el testimonio del que sufre. "He allí esa frágil forma de delicada belleza transparente, cuyos ojos azules y su mejilla encendida están junto a la pira funeraria del declive, toda decaída yace, como un lirio cargado de rocío, sus cabellos dorados, temerariamente abundantes, húmedos con una humedad malsana." La he visto cuando sus ojos estaban hundidos, cuando difícilmente podía ser levantada de la cama, cuando el cuerpo estaba cansado de la vida; y la he visto también muy complacida, cuando sacó su Biblia de debajo de la almohada para leer: "Aunque ande en valle de sombra de muerte, no temeré mal alguno, porque tú estarás conmigo; tu vara y tu cayado me infundirán aliento. Aderezas mesa delante de mí en presencia de mis angustiadores." Yo me he sentado y le he hablado, y le he dicho: "Bien, has estado en este triste lugar todos estos meses. ¿Encuentras ahora que la religión te alegra?" "Oh, señor," ha dicho ella, "¿qué haría yo sin ella? No puedo abandonar esta cama; pero ha sido para mí un lecho de gozo, donde Cristo ha preparado un banquete. Él ha hecho mi cama durante toda mi enfermedad; Él ha puesto Su mano izquierda bajo mi cabeza, y Su diestra me ha abrazado; El me ha dado gozo en mis tristezas, y me ha preparado para enfrentarme a la muerte con un rostro calmo y resuelto." Un caso así da un buen testimonio del Señor. Al igual que el reporte del santo de cabello cano, es un excelente reporte de esta buena tierra.

Pero no necesitamos mirar a las camas de los enfermos ni a las cabezas grises como si fueran los únicos testigos. Conocemos a un comerciante cristiano; él esta inmerso en los cuidados de esta vida, y sin embargo siempre encuentra tiempo para prepararse para el mundo venidero. Él está tan activo en los negocios como cualquier otro hombre de la ciudad, y sin embargo nunca se descuida la oración en familia. Y tal vez podrán encontrarlo en el cargo de un magistrado civil (como en efecto ha sido el caso) y sin embargo aun en los días en que hay banquete, él se levanta de su silla, para que la adoración familiar pueda ser observada en su casa. Es sabido en el mundo de los negocios que él está siempre dispuesto a ayudar a los pequeños empresarios. Le gustan las inversiones seguras, como a la mayoría de las personas; pero a veces está dispuesto a correr riesgos para ayudar a un hombre que se viene levantando en su negocio. Cuando tratas con él, te das cuenta que es un hombre de negocios muy capaz, que no se le puede engañar; pero al mismo tiempo verás que es un hombre que no se va a aprovechar de ti. Puedes confiar en él. Cualquiera que sea la transacción, no tienes que revisar la factura, si él ha estado involucrado en esa transacción. No se va a encontrar ningún error allí; o si acaso hay algún error, será palpablemente un error y aceptado de inmediato con la mayor pena posible, pues él es correcto en sus tratos.

Alguna vez ha surgido una infeliz crisis en su caso, y cuando los negocios estaban sufriendo, y los casos de bancarrota han sido tan abundantes como las hojas de los árboles, él no estaba ni turbado ni abatido como los demás, pues su confianza descansaba en su Dios, y su seguridad estaba en el Dios de Jacob. Él tenía alguna ansiedad, pero tenía mucha más fe; y cuando la prosperidad regresó, él dedicó parte de sus riquezas al Señor, no de una manera ruidosa, para evitar que apareciera en algún reporte que Fulano de Tal dio cien mil pesos anuales a una sociedad, sino que él daba quinientos mil pesos sin que nadie lo supiera.

Los hombres comentaban acerca de él en el mundo de la banca y en los mercados financieros, diciendo: "Si hay un cristiano, es ese hombre." Cuando lo veían, decían: "Debe haber algo en la religión. Lo hemos observado; nunca hemos encontrado nada indebido en él. Siempre le hemos visto el mismo carácter correcto, temeroso de Dios, pero sin temer a ningún hombre." Un hombre así trae un buen reporte de la tierra.

Yo puedo predicar aquí domingo tras domingo, y cada día de la semana en algún otro lugar, pero no puedo predicar de una manera tan poderosa como ustedes pueden hacerlo, al predicar al mundo a través de sus acciones. Ah! Ni puedo predicar tan bien como quienes son servidores, quienes por sus santas acciones en medio de la tribulación y de las dificultades tienen una oportunidad de mostrar lo que la gracia puede obrar en el corazón. Esos son buenos espías que traen un buen reporte de la tierra.

Y, hermanas mías, permítanme decirles una palabra. Es posible que ustedes también traigan un buen reporte; no olvidando sus casas para asistir a reuniones de grupos de caridad. Está bien que se asista a esas reuniones. Se debe dar gracias a Dios por esos grupos, pues se cuentan entre las mejores instituciones de nuestros tiempos. Pero he conocido a ciertas mujeres que hubieran ocupado mucho mejor su tiempo barriendo la sala de su casa y supervisando a sus sirvientas en la limpieza de la vajilla, que saliendo a visitar a los enfermos de casa en casa; pues su casa se ha convertido en un caos, y sus familias han entrado en el desorden, porque la esposa, como una mujer insensata, estaba permitiendo que todo se derrumbara en su casa, mientras estaba intentando hacer el bien fuera de ella.

Hemos conocido a muchas verdaderas hermanas de la caridad, que ciertamente son benditas entre las mujeres, y Dios las bendecirá en abundancia. Hemos conocido a otras que muy raramente salen a visitar a los enfermos, pero están en casa poniendo en orden su hogar. Hemos conocido a un esposo impío que es convertido por una esposa piadosa. Recuerdo haber escuchado el caso de un hombre que tenía una esposa de tan excelente disposición que, a pesar de que él era un alegre hombre del mundo, solía presumir en la compañía de sus alegres amigos que él tenía la mejor esposa del mundo. "No puedes lograr que pierda su compostura. Yo regreso a casa tarde en la noche, en cualquier estado, pero ella siempre me recibe mansamente, y me da vergüenza de mi mismo cada vez que la veo, pues su santidad me reprende. Pueden ponerla a prueba de cualquier manera, siempre encontrarán que es la mejor de las mujeres." "Bien," dijeron ellos, "vamos todos a cenar a tu casa esta noche." Así lo hicieron. Muy pronto estaban en la casa. Ella no hizo ninguna sugerencia de que no había nada en la casa, aunque había muy poco; sino que ella y su sirvienta se pusieron a cocinar con muchas ganas, a pesar que ya eran pasadas las doce de la noche, y muy pronto tenían preparada la cena, y atendió a los invitados con toda la gracia de una duquesa, dando muestras de que estaba tan contenta de verlos como si hubieran sido sus amigos que llegaron en el momento más oportuno. Los amigos comentaron por qué fue que habían venido, y le preguntaron cómo era que ella podía soportarlo todo tan pacientemente. Ella dijo: "Dios me ha dado un esposo; yo no era una convertida antes de mi matrimonio; pero desde que fui convertida, mi principal esfuerzo ha sido llevar a mi marido al conocimiento de Jesús; y estoy segura," dijo, "que nunca será llevado a ese punto excepto por medio de la bondad."

Su esposo, por estas palabras, después que el grupo se hubo marchado, confesó cuán erróneamente había actuado con ella; su corazón fue tocado; el siguiente domingo fue a la iglesia con ella, y se convirtieron en una feliz pareja, gozándose en el Señor Jesucristo con todo su corazón. Ella fue una buena espía, y trajo un buen reporte de la tierra. No tengo la menor duda que hay muchas mujeres cuyos nombres nunca serán escuchados en la tierra, pero que recibirán una alabanza de su Señor al final, "Esta ha hecho lo que podía;" y cuando han hecho lo que pueden por Cristo, por medio de una mansedumbre santa, paciente, tranquila, ustedes son buenos espías; ustedes han traído un buen reporte de la tierra.

Y ustedes sirvientes, ustedes pueden hacer lo mismo. Una sirvienta religiosa debe ser la mejor sirvienta en cualquier parte que esté. Un lustrador de zapatos religioso debe limpiar los zapatos mejor que nadie. Si hay un hombre religioso que se dedica a afilar cuchillos, debe cuidarse de nunca arruinar su filo. Ustedes saben que la piedad de los negros en los Estados Unidos es tal que, un negro religioso vale mucho más que cualquier otro y siempre se vende a buen precio; así que a los amos les gustan los esclavos religiosos porque son los hombres que no se rebelan, sino que se someten mansa y pacientemente, y son los hombres que, siendo esclavos, y a pesar de que odian su condición, consideran a Uno que es su amo que está mucho más alto que los demás, y "no sirviendo al ojo, como los que quieren agradar a los hombres, sino con corazón sincero," se esfuerzan por servir a Dios.

IV. Y ahora quiero enfatizar con toda la fuerza de que soy capaz, para cada uno de los cristianos que profesan la fe, LA GRAN NECESIDAD DE DAR UN TESTIMONIO UNIFORMEMENTE BUENO CONCERNIENTE A LA RELIGIÓN. Hermanos, me siento persuadido de que si Cristo estuviera hoy aquí, habemos algunos aquí que lo amamos tanto que ofreceríamos nuestra mejilla a los golpeadores, antes que permitir que el sea abofeteado. Uno de los oficiales de Napoleón lo amaba tanto que cuando la bala de un cañón iba a matar al emperador, él se interpuso para morir como un sacrificio por su señor.

Oh cristiano, yo pienso que tu harías lo mismo. Si Cristo estuviera aquí tú te interpondrías entre Él y el insulto, si, entre Él y la muerte. Entonces, yo creo que tú no expondrías a Cristo irresponsablemente; pero recuerda, cualquier palabra imprudente que tú uses, cada acción inconsistente que hagas, pone una mancha en Cristo. El mundo, tú lo sabes, no ve ninguna falta en ti; sólo culpa a tu Señor. Si tú cometes un desliz mañana, ellos no dirán: "Esa es la naturaleza humana de Pedro Pérez;" dirán más bien, "esa es la religión de Pedro Pérez." Ellos saben que no es así, pero lo dirán de esa manera; ellos se asegurarán de poner toda la maldad a la puerta de Cristo. Ahora, si tú puedes sobrellevar la crítica, puedes llevarla de manera viril; pero no permitas que Cristo sea criticado; no permitas que Su escudo de armas sea deshonrado; no permitas que Su bandera sea pisoteada en el polvo.

Luego hay otra consideración. Deben recordar que si hacen lo malo, el mundo se las ingeniará para enterarse. El mundo carga dos mochilas: en la mochila que va en la espalda ellos ponen todas las virtudes del cristiano. En la mochila que llevan al frente ponen todos nuestros errores y pecados. Nunca se les ocurre ver las virtudes de los santos; todo el valor de los mártires, y toda la fidelidad de los confesores, y toda la santidad de los santos no es nada para ellos; pero nuestras iniquidades siempre están ante su vista.

Por favor recuerden que dondequiera que estén, como cristianos, los ojos del mundo estarán sobre ustedes; los ojos de Argos de una generación perversa los siguen a todas partes. Si la iglesia es ciega, el mundo no lo es. Hay un dicho que es muy conocido: "Tan profundamente dormido como una iglesia," y es muy verdadero, pues la mayoría de las iglesias duerme profundamente; pero sería una gran falsedad que alguien dijera: "tan profundamente dormido como el mundo," pues el mundo nunca duerme. A la iglesia le toca dormir. Y recuerden, también, que el mundo usa siempre lentes de aumento para mirar a las faltas del cristiano.

Si un hombre que no hace ninguna profesión de fe, tropieza, ¡oh! no es nada, ni te das cuenta de ello; pero si un ministro lo hace, si un profesante de la fe lo hace, de inmediato sale a relucir el lente de aumento. No es nada en cualquier otra persona, pero es un gran pecado en nosotros. Hay dos códigos de moralidad en el mundo, y está muy bien que así sea. Si profesamos ser hijos de Dios, y tener la gracia de Dios en nuestros corazones, no es incorrecto que el mundo espere más de nosotros que de los demás, de la misma manera que el jardinero espera que sus plantas crezcan mas rápidamente en un invernadero bien equipado, que a la intemperie y expuestas a las heladas. Si nosotros tenemos más privilegios, y más cultura, y hacemos una profesión mayor de fe, debemos vivir de conformidad a eso, y el mundo está en lo correcto al esperar que lo hagamos así.

Debo ofrecerles una reflexión más antes de terminar. Recuerden que, si ustedes no dan un buen testimonio a favor de su religión, un mal testimonio va a borrar una buena parte del buen testimonio. Puede ser que todos los santos de una iglesia sean fieles a Cristo, excepto uno, y el mundo no dará honor a esa iglesia por esa razón; pero dejen que uno solo de los que profesan la fe se desvíe y peque, y ustedes oirán acerca de eso durante mucho tiempo.

Lo mismo ocurre en la naturaleza. Consideren los días en el año. El sol se levanta y brilla sobre nosotros, y ni lo notamos; todas las cosas continúan como siempre lo han sido: las estrellas sonríen dulcemente por la noche, y el día y la noche se suceden quietamente: pero viene un día, un día de rayos y truenos, un día de terremoto y de tormenta, y ese día es colocado en los registros de nuestra historia, que tal y tal día notable, ocurrió esto a tal y tal hora. ¿Por qué no registrar también el día bueno? Pero así es. El mundo notará sólo lo malo.

Ustedes pueden recorrer un país, y pueden observar cien ríos hermosos, como arroyos de plata con esmeraldas entrelazadas, fluyendo en medio de los pastizales. ¿Quién oye el ruido de sus aguas, que fluyen suavemente hacia el mar? Pero por allí está una roca gigantesca y el agua se precipita con violencia desde esa altura; puedes escuchar el ruido a un kilómetro de distancia. Nunca oímos nada acerca del río San Lorenzo, en toda su longitud y anchura; solamente oímos acerca de las Cataratas del Niágara. Y así el cristiano puede fluir en un cauce consistente de vida, sin ser visto, sin que se sepa de él; pero si tiene una caída, con seguridad sabrán de él. Por tanto, estén preparados; su Señor viene. Estén atentos: el enemigo está a la mano en todo momento. ¡Oh, que el Espíritu Santo los santifique plenamente, para que abundéis para toda buena obra, para la gloria de Dios!

Y en cuanto a ustedes que no temen a Dios, recuerden, si los cristianos pecan, eso no servirá de excusa para ustedes. Supongan que un hombre con el que tienen tratos les dice: "Yo te engañé, pero yo nunca te dije que yo era honesto." Ustedes le dirían que es un confirmado tramposo. O si un hombre fuera llevado ante un magistrado, y dijera: "No tiene que mandarme a prisión, yo nunca afirmé que no era un ladrón; nunca dije que no me iba a meter en las habitaciones de la gente y que no iba a robar su comida." El magistrado diría: "Tú hablas con honestidad, pero por tu propia confesión tú eres un gran tramposo, y yo te voy a condenar a cadena perpetua, sin la opción de salir nunca."

No te servirá de nada en el día final, afirmar que nunca hiciste una profesión de querer ir al cielo o de escapar del infierno, o de dejar el pecado y de confiar en Cristo. Si nunca hiciste la profesión de servir a Dios, puedes estar seguro que Él no tendrá que ver contigo. No has hecho ninguna profesión, por lo tanto no se requiere de ningún juicio para ti. ¡Apártate! No hiciste ninguna profesión de amarme, y ahora no tendrás ninguna posesión de mi gloria. Apartate de mí, maldito, al fuego eterno. Que el Señor nos libre de eso, por Jesucristo nuestro Señor.

Sermón predicado la mañana del Domingo 6 de Junio, 1858
En Music Hall, Royal Surrey Gardens, Londres
por Charles Haddon Spurgeon

Observação: o conteúdo do sermão "Os espias" não foi traduzido propositalmente para que os leitores do Olhar Cristão acostumem-se com o idioma espanhol.


Converse conosco, sua opinião é importante
e muito bem-vinda para nosso crescimento.

cruzue@gmail.com
http://www.olharcristao.com.br

.

.