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domingo, fevereiro 17, 2019

A voz do Deus e os buscadores de adoração


TUDO MEU
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Por João Cruzué

Nós, cristãos, temos especial interesse em ouvir a voz de Deus. Porém, o diabo também tem um especial interesse em falar. Por isso, nos dias iniciais do governo Bolsonaro, precisamos refletir um pouco para não ter problemas na escolha do caminho.

A Bíblia é generosa em mostrar exemplos dos dois lados. 

Abrão tomou o caminho certo. Pela fé, saiu de UR, passou por Padã-Arã, antes de ir para Canaã. De Canaã desceu para o Egito, e depois voltou para as campinas do Jordão. Acertou razoavelmente nas escolhas, mas errou  ao dar ouvidos à voz de Sara, para que tivesse um filho com Agar - a serva (Gn. 16:2). Isso trouxe dores de cabeça, daquele tempo até agora, na disputa territorial de Jerusalém.

Jacó esperou com paciência, ficando solteiro até 70 anos de idade. Enquanto isso, Esaú era fornicário e profano. Jacó continuava solteiro, esperando em Deus, mas quase perdeu a vida, quando pensou que a voz da sua mãe, Rebeca, era a voz de Deus. Bastou um minuto de engano para colher aflições para o resto da sua vida.

Nos dois casos, a pressa (ansiedade) falou mais alto que a voz de Deus.
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 um caso bíblico bem curioso no meio dos profetas do Antigo Testamento. Jonas era um homem que tinha plena consciência da voz de Deus. Tanto que conscientemente decidiu colocar sua opinião à frente do amor de Deus (Jn. 4:2).

Outro caso mais antigo teve início com nossos primeiros pais. A serpente enganou Eva, mas Adão desobedeceu à voz de Deus consciente e espontaneamente. O prejuízo foi incalculável.

E hoje, dia 17 de fevereiro de 2019, o que Deus está falando aos nossos ouvidos de cristãos brasileiros, principalmente agora, com a multiplicação de vozes falando pelas redes sociais. Certamente, há uma fartura de vozes. Posso comparar este assunto com uma operadora de TV por assinatura oferecendo 100 canais. A voz de Deus estaria presente ali, ao mesmo tempo que outras 99. A chance de ouvir a voz errada é de 99%.

O que podemos fazer para não ouvir a voz errada, diante de uma escolha importante? Antes de ler, saiba que este assunto está longe de ser esgota pelas minhas palavras.
  • O primeiro fato a ser considerado é que a responsabilidade por uma escolha errada é do seu autor.  Nesse ponto, a quantidade de profecias de casamento tem  uma frequência absurda tanto de príncipes como princesas que pareciam anjos de luz, mas, depois, não eram.
  • A voz de Deus não pode ser ouvida pela metade. Precisamos saber não apenas se é a vontade de Deus, como também se é o tempo certo para esperar ou começar a agir. Nesse ponto, erraram Abraão e Jacó e muitos outros
  •  porque deram ouvidos a pessoas ansiosas.
  • A ansiedade é a causa de desacertos da maioria dos cristãos. Sempre dou testemunho do período de 11 anos que passei desempregado. Na época, a voz de Deus dizia que Ele me abençoaria. Isso aconteceu ali pelo quarto ano. Doeu muito, porque a resposta das minhas orações, e das orações dos parentes e amigos, ainda demorou sete anos.
  • A fidelidade não é garantia absoluta (100%) de que não haverá erro na hora de decidir. Tanto Abraão quanto Jacó andavam com Deus, mas bastaram alguns minutos para optarem por uma escolha errada. 

O que fazer então? 

  • A fidelidade a Deus não é garantia absoluta de bênção, por que não existe fidelidade absoluta de nossa parte. Embora o pregador tenha escrito que "Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que sempre faça o bem e nunca peque" (Ec. 7:20), procurar ser fiel a Deus, eu digo, que vai contribuir para Deus ouvir a nossa voz. Saiba, contudo, que é somente pela graça de Deus que nós somos salvos do pecado e também das escolhas errada.
  • Não se assuste com minhas palavras: Se você é um cristão que conhece bem a Bíblia, se não tiver tempo para falar com Deus, não adianta procurar por profetas para ouvir a voz de Deus. É como trocar a marcha de um carro desligado: você não irá a lugar algum.

Em nossos dias, dias do Presidente Jair Bolsonaro, a maioria de nós está dedicando (perdendo) muito tempo para coisas pouco importantes. O smartphone se tornou o deus de nossa época.  Aquilo que ocupa a maior/melhor parte de nosso tempo, pode ser o deus que estamos adorando.  Como é que eu sei disso? 

Pelo simples fato de que o verdadeiro Deus está sendo posto de lado. A outra coisa que também deve ser considerada é o egoísmo. Ou melhor, o antropocentrismo. Acho que estamos diante de um tempo de buscadores de adoração, ou seja,  tudo só para mim!




SP, em 17.2.2019




terça-feira, janeiro 31, 2017

O significado de andar na presença de Deus


Por João Cruzué

Abiathar
Qual será o significado de andar na presença do Altíssimo? De Isaías a Malaquias, todo os profetas com livros na Bíblia andaram na presença de Jeová, ouviram a sua mensagem e falaram em nome dele.  Houve um tempo na vida de Abraão que Deus cobrou dele uma mudança de atitude: "Abrão, Eu sou o Senhor Deus Todo Poderoso, anda em minha presença e seja perfeito."  O grande propósito de Deus, para se cumprir em todo plenitude na vida do futuro patriarca, dependia de algo que estava faltando. 

O que nos falta, o que precisamos mudar, o que precisamos começar para que você e eu nos entreguemos por completo à vontade de Deus, para que ele cumpra o seu glorioso propósito em nossa vida? Abrão não perguntou para Deus o que faltava, pelo menos a Bíblia não registra, mas para quem está interessado em se aproximar do Senhor, isto nem é preciso, porque o Espírito Santo já vem martelando no assunto há algum tempo.

Abrão, de vez em quando, dizia umas mentiras por falta de confiança em Deus:

--Olha, Senhor, eu fiquei com medo de perder a vida, por isso, falei para o faraó que Sara era minha irmã... Ah! Senhor, eu concordei com Sara no assunto do herdeiro e achei razoável me deitar com a concubina egípcia...

Depois de ter saído do Egito, de ter se separado do sobrinho e ficado como a parte ruim dos pastos, de ter carregado Ismael no colo, Abrão percebeu que não confiava inteiramente nas promessas do Senhor. Daí, por diante, ele andou 100% na presença do Senhor. Quando o velho patriarca levantou o cutelo para sacrificar Isaque no Monte Moriá, Deus interveio, porque viu que Abraão chegou ao ponto que precisava chegar.

David começou a se aproximar de Deus ainda adolescente. Depois de receber a unção de Rei ainda deve ter demorado uns 12 a 15 anos para chegar mais perto da presença do Senhor. E esse ponto para mim, foi quando os amalequitas deram sobre a cidade de Ziclague e levaram cativas a família de Davi e as famílias de todos os seus companheiros. Naquela situação, onde todo mundo se desesperou ao ponto querer tirar a vida de Davi, este não vacilou: mandou o sacerdote Abiatar trazer o éfode para buscar a presença de Deus. Não muito tempo depois, Davi era Rei sobre Judá. 

Moisés era um judeu que cresceu no berço do faraó do Egito. Sabia que Deus o escolhera para libertar Israel da servidão, mas ainda não estava preparado para andar na presença de Deus. Aos 40 anos de idade, confiava na sua força, e não sabia o que era buscar a Deus primeiro, para depois ir adiante. Ficou 40 anos esquecido no deserto. Sua visão de libertador de Israel esvaiu-se.  Mas, o propósito de Deus permanecia de pé.

A menos que sejamos muito teimosos e nos recusemos a chegar mais perto do Senhor, o propósito dele permanece de pé. Não a nossa vontade, não aquilo que achamos que é de Deus, mas aquilo que Deus preparou para nós.

Por fim, vemos o profeta Elias em dia de glória fazendo descer fogo do céu diante de uma multidão de falsos profetas. Elias clamou e o fogo desceu. O holocausto foi consumido e todo Israel viu que só Jeová é Deus. Mas, e daí? Que mudança houve depois do seu grande feito? Nada! Agora corria risco de vida, com os soldados da rainha Jezabel na sua cola. Deprimido, sozinho, ele fugiu e se escondeu em uma caverna. Deus mandou ele sair, e lhe disse que ainda havia três propósitos para cumprir na vida do profeta.

Andar na presença de Deus: o que é isso?

Vamos começar analisando o que não é. Eu posso ir 365 dias do ano na Igreja, mas isto não significa que estou andando na presença do Senhor. Eu posso levar 300 pastores no Monte Sinai, ficar uma semana em jejum, e não estar na presença de Deus. Práticas religiosas é uma coisa, andar na presença de Deus é muito diferente. Saulo de Tarso tinha certeza que andava na presença do Altíssimo. Era um fariseu "pós-doutorado" em Teologia, mas estava do lado contrário: combatia e mandava matar os verdadeiros servos do Senhor Jesus. Foi a maravilhosa graça de Deus que o fez chegar ao ponto. Em uma semana, ele já estava no lugar que Deus queria que ele estivesse.

Em que lugar você está? Você sente a falta de alguma coisa onde você serve ao Senhor? Você está na companhia de homens e mulher que busca a presença do Senhor com sinceridade ou pelo que você já descobriu há muita liturgia religiosa e pouco Espírito Santo? Você está fazendo algo na Casa do Senhor que lhe deixa muito feliz, ou possui uma tristeza  oculta? Você está sozinho na caverna de Elias ou na corte esplendorosa do faraó? Você anda na companhia de líderes religiosos que têm o temor de Deus, ou já está cansado de saber que eles são hipócritas?

Deus é fiel. Deus é o autor da graça. Não se conforme com o mundo. A cultura mundana, hoje pode estar dentro da sua Igreja e Jesus batendo do lado de fora. O que você e eu vamos fazer? Vamos abrir nossos ouvidos para ouvir o Senhor falar: Anda na minha presença, e sê perfeito. E depois de ouvir tomar as atitudes devidas e mudar o que precisa ser mudado para agradar ao Senhor.



SP-15.1.2015





sábado, maio 23, 2015

A escada de Jacó

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.Jacob's Ladder


Autoria: João Cruzué

O testemunho de vida de Jacó é fascinante. Em nosso tempo ele é mais conhecido como um malandro trapaceiro, corrente de pensamento da qual não faço parte. Jacó é um personagem bíblico obediente, paciente e valorizava o sagrado. Falhou ao aceitar a proposta da mãe, para enganar o pai. Quase perdeu a vida nesse negócio. Teve que ir embora de casa, ficou longe durante 20 anos. Tomou juízo, cresceu na comunhão com Deus e não saiu mais da presença Dele, mesmo depois de ter passado por muitas aflições. Trabalhador incansável e abençoado. Voltou para casa próspero (tinha saído sem nada) e fez as pazes com Esaú. Um grande exemplo para nossos dias.

Quando a tentação vem, nosso adversário não escolhe qualquer área de nossa vida para seu ataque. Com a experiência de milhares de anos em derrubar homens e mulheres, ele arma seu laço fulminante, não sobre às fraquezas , mas onde está a nossa maior força.

Jacó casou-se velho, por volta dos 76 anos. Podemos dizer com isso possuía dois atributos de caráter: Era paciente e obediente. Esaú era o oposto, vivia em combinato com duas mulheres heteias.

Por que 76 anos? Quando Jacó foi levado à presença de Faraó, tinha 130 anos. José estava com quase 39 anos de idade. Sete anos de vacas gordas e dois de vacas magras. Isto significa que Jacó tinha cerca de 91 anos quando José nascera. E considerando que José nascera ao final dos 14 anos de serviço gratuitos prestados ao sogro Labão, podemos afirmar que Jacó se manteve solteiro até 76 anos, aguardando a a vontade dos pais.

Jacó continuava solteiro, pacientemente, esperando no Senhor. E eis que em apenas um dia ele quase pôs tudo a perder. Aconselhado pela mãe, usurpou a bênção da primogenitura de Esaú. Mentiu por três vezes e enganou o velho Isaque. Isso era plano de Deus? Não! Seria muita tolice imaginar que, no ato da bênção de primogenitura, a vontade de Deus precisasse de um empurrãozinho. Certamente, quando Isaque fosse pronunciar a bênção, o Espírito de Deus não iria se enganar, uma vez que Esaú estava caído da graça.

Jacó perdeu a paciência, mentiu e enganou. Com isso permitiu que uma porta se abrisse ao inimigo. Se não tivesse recuperado sua comunhão com Deus, Jacó não ira suportar a opressão do inimigo pelos próximos vinte anos, até o reencontro com Esaú. O que estava em jogo não era apenas a família de Jacó, mas os 12 pilares da nação de Israel. O diabo deveria saber disso.

Outros personagens Bíblicos também caíram quando tentados no ponto de suas maiores forças. Onde Abraão caiu? Ele foi tentado em sua fé. Quando Deus lhe prometeu um herdeiro, não acreditou. Deu mais ouvidos à voz de Sara do que a JEOVÁ. Ismael foi o fruto da sua incredulidade.

Moisés foi criado em toda ciência do Egito, jovem poderoso em palavras e obras. Admite-se que Moisés era entendido na arte da guerra. Se a estratégia de guerra era o seu forte, foi nela que foi derrubado. Pensou em conquistar a libertação de seus irmãos hebreus pela força das armas, mas sua estratégia falhou. Deus tinha outros planos. A libertação não seria pela força das armas, mas por prodígios, quebras de sofismas, e pragas devastadoras e milagres.

O apóstolo Pedro tinha a coragem como seu ponto mais forte. Confiava tanto em si mesmo a ponto de afirmar que estava pronto para seguir Jesus à prisão e até à morte. Jurou que nunca o negaria. Pedro não resistiu nem mesmo à pergunta de uma simples criada.

A força de Saulo de Tarso estava na teologia. Passou anos e anos estudando com os melhores mestres. Entre eles, Gamaliel, o mais sábio dos rabinos de sua época. Paulo falhou. O teólogo instruído em todo o conhecimento para ensinar a Lei e discernir a voz de Deus, falhou. Havia lógica na sua teologia, mas estava distanciada dos propósitos de Deus. A letra mata, o Espírito vivifica. Paulo usou a lei para matar Estevão e outros cristãos.

E o que dizer do Rei Davi e de seu filho, o Rei Salomão? Davi aparece na Bíblia como um moço trabalhador, inimigo do ócio. Mas bastou um dia de ócio, para que o diabo o derrubasse por terra e perturbasse a sua família pelo resto da vida. E de que serviu toda a sabedoria do Rei Salomão? Mesmo com tanto conhecimento, não soube governar a si próprio e tornou-se um idolatra ao agradar mulheres e concubinas.

Um paradoxo perturbador. Por que podemos ser derrubados pela tentação do diabo no atributo mais forte de nosso caráter? Posso responder a isso usando a palavra de Deus: É para que nenhuma carne possa se gloriar diante de Deus; e porque o diabo tem uma vasta experiência em derrubar os homens acumulada em milhares de anos.

Se conseguimos ficar de pé, é pela graça. Pela graça de Deus. Paulo sabia disso quando escreveu: " E [o Senhor] disse-me:" A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. "De boa vontade, pois, me gloriarei em minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, por amor de Cristo. Porque, quando eu sou fraco, então, sou forte" 2 Coríntios 12:9 -10. Ô glória!

E lá estava Jacó a caminho de Padã-Arã. Sozinho. Longe de casa. Dormindo no relento. Idade: 75 anos. Com a roupa do corpo e uma pedra por travesseiro. Jacó estava em crise. Sua consciência estava conturbada pelos acontecimentos recentes: mentira ao pai e furtara a bênção da primogenitura do irmão. Jacó se sentia sozinho e sozinho.

O que pode significar a visão daquela escada? A Bíblia não faz nenhuma menção aos sentimentos de Jacó diante da escada. Ele estava angustiado. No confronto com a solidão ele começou a orar. Para mim a visão da escada significava uma oportunidade. Oportunidade de recuperar e crescer na comunhão com Deus. A mão do Senhor estendida a um Jacó caído, deitado na poeira do chão. Ele que esperara pacientemente pela bênção de Deus por 76 anos, sem nenhum vacilo. O sonho o fez despertar. E despertado ele orou: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia.

Jacó tomou a pedra que lhe serviu de travesseiro e a colocou sobre uma coluna de pedras. Derramou azeite sobre ela; e chamou aquele lugar Betel - a Casa de Deus. E ali fez um voto: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem, e me der pão para comer, vestes para vestir e preparar o caminho de volta para a casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus. De toda riqueza que me deres, certamente te darei o dízimo.

Jacó nunca mais tocou no assunto da escada, mas daquele dia em diante a presença do Senhor nunca mais o abandonou nem ele tornou a mentir para ninguém.

Esta mensagem é para você que está sozinho. Sozinho porque pecou. Falhou com Deus. Falhou com a família. Nesta crise de solidão você já se cansou de ir à frente de púlpitos para receber oração. Uma oração que mudasse, que apagasse o passado, as marcas vivas no seu coração. Ou quem sabe, faz anos que você passa bem longe de uma Igreja porque se decepcionou com homens. e mulheres. Sua crise de solidão, de vazio, pode ser diagnosticada como um sentimento de abandono. Mas Deus não o(a) abandonou. Seus sentimentos, sim, podem estar sendo manipulados, fermentados pelo adversário.

Aproveite também a mesma oportunidade de Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão. Se você nunca falhou com Deus, não se desespere e fique atento. Você quer um conselho? Você quer ouvir uma palavra de Deus? Então escute isso: Os anjos subindo na escada que leva da terra ao céu estão ali para levar suas orações até o trono da graça de Deus. E os que estão descendo vêm com as respostas, com as vitórias que Cristo conquistou e serão entregues nas mãos daqueles que oram. A escada que vai da terra ao céu é Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida.

Faça um concerto com Deus agora, confesse ao Senhor Jesus, nosso advogado, onde foi que você falhou. Não fique em casa depois disso. Se você já é um crente em Jesus, volte a frequentar os cultos da sua Igreja. Se ainda não aceitou Jesus, vá ainda esta semana a uma Igreja Evangélica e aceite Jesus como aquele que vai governar a sua vida. O Senhor da sua Vida. Assuma um compromisso de fidelidade com o Senhor.

Eu posso dizer para "você": ainda que não tenha nada, nem uma pedra para travesseiro, eu sei que o Senhor é fiel e aos poucos vai colocar "você" por cima. Em uma altura que você nunca sonhou. Ande na presença do Senhor e Ele vai cuidar de você, da mesma maneira que cuidou de Jacó.











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quarta-feira, setembro 26, 2012

Quando Deus altera a inércia


Rocha

Joao Cruzué

O quanto você é fiel ao Senhor? Esta é uma pergunta que pode passar pela sua mente sem trazer nenhuma pertubação. Até o dia que você começa a descobrir que as coisas não continuam do mesmo jeito, com o mesmo sossego que antes. Neste final de novembro, quando as grandes universidades recebem milhares de candidatos para o vestibular, é um tempo muito apropriado para uma boa reflexão. Foi Carlos Drummond de Andrade mesmo quem fez esta pergunta de certo modo surpreendente: E se o Céu for uma realidade e a vida um Vestibular? Deixando de lado a pergunta do poeta, vamos fechar a proposta deste texto: Você está preparado para se graduar na Universidade de Deus? Que o mesmo Espírito que fala comigo também possa falar também ao seu coração.

A vida cristã nunca é monótona para quem anda na presença de Deus. Se você tem alguma sinceridade interior saiba que Ele não desiste daqueles que têm uma chamada com propósitos. A Bíblia não conta se Jacó chorou quando foi embora de casa para uma terra desconhecida. Minha experiência dá-me certeza de que ele estava muito atribulado. Por isso Deus lhe apareceu em sonho no caminho de Padã-Arã. Com uma idade em torno de 70 anos, pela primeira vez Jacó tinha saído debaixo das "saias" da mãe, do controle de Rebeca. Sua vida iria mudar para sempre. Em casa ele vivia uma vida segura, mas medíocre e dependente; a julgar pela sua oração no ermo. Nem um crente em Jeová ele era.

Se Deus tem também um propósito em sua vida - e isso Ele tem - seus dias de "moleza" quem sabe se acabaram; sem meios termos, Ele vai lhe ensinar com quantos paus se faz um barco para cruzar qualquer oceano. Para isso,vai levar "você" até o ponto de confissão de um compromisso. Isaias confessou: "Senhor eis me aqui, envia-me a mim! Jonas disse: "Levantai-me e jogai-me ao mar!" E Pedro se rendeu: Senhor tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo".

E aí está você - como Jacó - com um coração turbado diante de tantas coisas novas e difíceis de administrar. Aquela sua vida calma, serena,tranqüila ,foi-se. O presente lhe traz angústia; o futuro, insegurança. É Deus quem certamente está lhe dando um novo rumo. Ou você pensa que o propósito dEle para você seja que viva eternamente uma vida cristã medíocre na penumbra? Em meio a tantas pessoas sem propósitos e sem compromissos, as suas tribulações enviadas por Deus são um bom sinal: de que o Senhor tem coisas novas, firmes e gloriosas que não sabe. Mas depois que a noite no deserto passar e uma nova manhã surgir, você também terá muito prazer em dizer: Ó Deus maravilhoso! Como foi bom me ter adotado com filho e se preocupado em me afligir para guiar-me pelo caminho da sua graça!

O que você vai fazer amanhã, depois de amanhã, no mês seguinte, no próximo ano ninguém sabe. Mas uma coisa posso dizer:e nquanto não firmar um concerto, um compromisso de fidelidade com Deus, você continuará sentindo-se sozinho, ou sozinha, perdido/a em meio às incertezas se é Deus ou se não o é. O que o Senhor espera da sua boca é o mesmo compromisso proposto por Jacó: "SENHOR, se a sua presença for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e em paz me tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus, e esta pedra que tenho posto por coluna, será a Casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo."

Por que Deus insistia com Jacó? Porque os olhos do Senhor não procuram primeiramente pelos nossos defeitos. Deus olhou e amou Jacó pelo pouco que possuia de bom: o valor que dava ao sagrado.  Jacó valorizava o que vinha de Deus, a começar pelo desejo a bênção da primogenitura. Comprou-a por um prato de lentilhas.

Alguma vez você ao menos já pensou o que Deus pode fazer àquele que apresentar, não uma pedra, mas a própria vida e desejar a presença Dele? Olhe em volta. Olhe para este mundo. Para todos os lados você pode contemplar a miséria humana em seus maisdiversos graus de opressão maligna. Pobres morrendo de fome e ricos perdendo a vida na cocaína, no crack... O mundo procura por diversão, por qualquer coisa que não seja Deus, para se divertir e enganar a tristeza. Ela finge que vai embora, para voltar em mais tarde com mais força. O mundo jaz no maligno se morre de tristeza e tédio, porque o que ama o mundo despreza o Caminho e a solução dos próprios problemas. Não há ninguém ali que busque a Deus.

Mas se Deus criou você para um propósito especial, não adianta se esconder ou se omitir ou fugir diante da presença Dele. Em algum tempo o Senhor torna instável o sustento, o chão foge dos pés, você não consegue mais manter o controle da situação por que Ele está alterando a inércia da sua vida. Durante este tempo indesejável, o Senhor vai tratar diretamente com você. Vai mostrar e você vai querer ouvir quais são os planos Dele para sua vida. E quando você se achar dentro da vontade de Deus não vai querer mais sair.



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sexta-feira, julho 01, 2011

Jacó e a visão da escada celeste


Jacob's Ladder
João Cruzué

O testemunho de vida de Jacó é fascinante. Em nosso tempo ele é mais conhecido como um malandro trapaceiro, corrente de pensamento da qual não faço parte. Jacó é um personagem bíblico obediente, paciente e valorizava o sagrado. Falhou ao aceitar a proposta da mãe, para enganar o pai. Quase perdeu a vida ness negócio. Teve que ir embora de casa, ficou longe durante 20 anos. Tomou juízo, cresceu na comunhão com Deus e não saíu mais da presença Dele, mesmo depois de ter passado por muitas aflições. Trabalhador incansável e abençoado. Voltou para casa próspero (tinha saído sem nada) e fez as pazes com Esaú. Um grande exemplo para nossos dias.

Quando a tentação vem, nosso adversário não escolhe qualquer área de nossa vida para seu ataque. Com a experiência de milhare
fraquezass de anos em derrubar homens e mulheres, ele arma seu laço fulminante, não sobre às , mas onde está nossa maior força.

Jacó casou-se velho; por volta dos 76 anos. Podemos dizer com isso possuia dois atributos de caráter: Era paciente e obediente. Esaú era o oposto, vivia em combinato com duas mulheres heteias.

Por que 76 anos?
Quando Jacó foi levado à presença de Faraó, tinha 130 anos. José estava com quase 39 anos de idade. Sete anos de vacas gordas e dois de vacas magras. Isto significa que Jacó tinha cerca de 91 anos quando José nascera. E considerando que José nascera ao final dos 14 anos de serviço gratuitos prestados ao sogro Labão, podemos afirmar que Jacó se manteve solteiro até 76 anos, aguardando a a vontade dos pais.

Jacó continuava solteiro, pacientemente, esperando no Senhor. E eis que em apenas um dia ele quase pôs tudo a perder. Aconselhado pela mãe, usurpou a bênção da primogenitura de Esaú. Mentiu por três vezes e enganou o velho Isaque. Isso era plano de Deus? Não! Seria muita tolice imaginar que, no ato da bênção de primogenitura, a vontade de Deus precisasse de um empurrãozinho. Certamente, quando Isaque fosse pronunciar a bênção, o Espírito de Deus não iria se enganar, uma vez que Esaú estava caído da graça.

Jacó perdeu a paciência, mentiu e enganou. Com isso permitiu que uma porta se abrisse ao inimigo. Se não tivesse recuperado sua comunhão com Deus, Jacó não ira suportar a opressão do inimigo pelos próximos vinte anos, até o reencontro com Esaú. O que estava em jogo não era apenas a família de Jacó, mas os 12 pilares da nação de Israel. O diabo deveria saber disso.

Outros personagens Bíblicos também caíram quando tentados no ponto de suas maiores forças. Onde Abraão caiu? Ele foi tentado em sua fé. Quando Deus lhe prometeu um herdeiro, não acreditou. Deu mais ouvidos à voz de Sara do que a JEOVÁ. Ismael foi o fruto da sua incredulidade.

Moisés foi criado em toda ciência do Egito, jovem poderoso em palavras e obras. Admite-se que Moisés era entendido na arte da guerra. Se a estratégia de guerra era o seu forte, foi nela que foi derrubado. Pensou em conquistar a libertação de seus irmãos hebreus pela força das armas, mas sua estratégia falhou. Deus tinha outros planos. A libertação não seria pela força das armas, mas por prodígios, quebras de sofismas, e pragas devastadoras e milagres.

O apóstolo Pedro tinha a coragem como seu ponto mais forte. Confiava tanto em si mesmo a ponto de afirmar que estava pronto para seguir Jesus à prisão e até à morte. Jurou que nunca o negaria. Pedro não resistiu nem mesmo à pergunta de uma simples criada.

A força de Saulo de
Tarso estava na teologia. Passou anos e anos estudando com os melhores mestres. Entre eles, Gamaliel, o mais sábio dos rabinos de sua época. Paulo falhou. O teólogo instruído em todo o conhecimento para ensinar a Lei e discernir a voz de Deus, falhou. Havia lógica na sua teologia, mas estava distanciada dos propósitos de Deus. A letra mata, o Espírito vivifica. Paulo usou a lei para matar Estevão e outros cristãos.

E o que dizer do Rei Davi e de seu filho, o Rei Salomão? Davi aparece na Bíblia como um moço trabalhador, inimigo do ócio. Mas bastou um dia de ócio, para que o diabo o derrubasse por terra e perturbasse a sua família pelo resto da vida. E de que serviu toda a sabedoria do Rei Salomão? Mesmo com tanto conhecimento, não soube governar a si próprio e tornou-se um idolatra ao agradar mulheres e concubinas.

Que paradoxo mais perturbador. Por que podemos ser derrubados pela tentação do diabo no atributo mais forte de nosso caráter? Posso responder a isso usando a palavra de Deus: É para que nenhuma carne possa se gloriar diante de Deus; e porque o diabo tem uma vasta experiência em derrubar os homens acumulada em milhares de anos.

Se conseguimos ficar de pé, é pela graça. Pela graça de Deus. Paulo sabia disso quando escreveu: " E [o Senhor] disse-me:" A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. "De boa vontade, pois, me gloriarei em minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, por amor de Cristo. Porque, quando eu sou fraco, então, sou forte" 2 Coríntios 12:9 -10. Ô glória!

E lá estava Jacó a caminho de Padã-Arã. Sozinho. Longe de casa. Dormindo no relento. Idade: 75 anos. Com a roupa do corpo e uma pedra por travesseiro. Jacó estava em crise. Sua consciência estava conturbada pelos acontecimentos recentes: mentira ao pai e furtara a bênção da primogenitura do irmão. Jacó se sentia sozinho e sozinho.

O que pode significar a visão daquela escada? A Bíblia não faz nenhuma menção aos sentimentos de Jacó diante da escada. Ele estava angustiado. No confronto com a solidão ele começou a orar. Para mim a visão da escada significava uma oportunidade. Oportunidade de recuperar e crescer na comunhão com Deus. A mão do Senhor estendida a um Jacó caído, deitado na poeira do chão. Ele que esperara pacientemente pela bênção de Deus por 76 anos, sem nenhum vacilo. O sonho o fez despertar. E despertado ele orou: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia.

Jacó tomou a pedra que lhe serviu de travesseiro, e a colocou sobre uma coluna de pedras. Derramou azeite sobre ela; e chamou aquele lugar Betel - a Casa de Deus. E ali fez um voto: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem, e me der pão para comer, vestes para vestir e preparar o caminho de volta para a casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus. De toda riqueza que me deres, certamente te darei o dízimo.

Jacó nunca mais tocou no assunto da escada, mas daquele dia em diante a presença do Senhor nunca mais o abandonou nem ele tornou a mentir para ninguém.

Esta mensagem é para você que está sozinho. Sozinho porque pecou. Falhou com Deus. Falhou com a família. Nesta crise de solidão você já se cansou de ir à frente de púlpitos para receber oração. Uma oração que mudasse, que apagasse o passado, as marcas vivas no seu coração. Ou quem sabe, faz anos que você passa bem longe de uma Igreja porque se decepcionou com homens. e mulheres. Sua crise de solidão, de vazio, pode ser diagnosticada como um sentimento de abandono. Mas Deus não o(a) abandonou. Seus sentimentos, sim, podem estar sendo manipulados, fermentados pelo adversário.

Aproveite também a mesma oportunidade de Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão. Se você nunca falhou com Deus, não se desespere e fique atento. Você quer um conselho? Você quer ouvir uma palavra de Deus? Então escute isso: Os anjos subindo na escada que leva da terra ao céu estão ali para levar suas orações até o trono da graça de Deus. E os que estão descendo vêm com as respostas, com as vitórias que Cristo conquistou e serão entregues nas mãos daqueles que oram. A escada que vai da terra ao céu é Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida.

Faça um concerto com Deus agora, confesse ao Senhor Jesus, nosso advogado, onde foi que você falhou. Não fique em casa depois disso. Se você já é um crente em Jesus, volte a frequentar os cultos da sua Igreja. Se ainda não aceitou Jesus, vá ainda esta semana a uma Igreja Evangélica e aceite Jesus como aquele que vai governar a sua vida. O Senhor da sua Vida. Assuma um compromisso de fidelidade com o Senhor.

E eu posso dizer para "você": ainda que não tenha nada, nem uma pedra para travesseiro, eu sei que o Senhor é fiel e aos poucos vai colocar "você" por cima. Em uma altura que você nunca sonhou. Ande na presença do Senhor e Ele vai cuidar de você, da mesma maneira que cuidou de Jacó.



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terça-feira, agosto 17, 2010

A escolha de Rebeca

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O tempo de Deus.

Isaac and Rebecca
Isaque e Rebeca

João Cruzué

Outro dia à tarde, no intervalo do trabalho no Hospital, saí para caminhar um pouco e estive pensando sobre as experiências de Jacó, suas escolhas, tribulações e seu atrevimento em lutar contra o anjo de Deus em favor de sua família. Devo escrever sobre isto nos próximos dias, porque em meio aos meus pensamentos, antes de escrever sobre Jacó, achei conveniente analisar um pouco a vida desta mulher corajosa e de escolhas surpreendentes. E foi assim, que ao chegar em casa à noite, deixei de ver o "Jornal Nacional" para me dedicar à a este texto: A escolha de Rebeca.

Rebeca era esposa de Isaque; a mãe de Esaú e de Jacó. Uma mulher acostumada a tomar grandes decisões desde jovem. Ela não hesitava e sempre acertava em suas decisões. Em determinado momento, porém, quando aconselhou o filho mais novo a enganar e usurpar as bênçãos da primogenitura do irmão, seu conselho trouxe a cizânia, o ódio e ameaças de morte. A Rebeca decidida, que sempre acertava, agora estava em apuros ao ver sua casa açoitada pela "tempestade" por causa de uma bênção de primogenitura. Com um coração atribulado, apressado, ficou sem paz de espírito passando adiante de Deus. Ela e Deus estavam de acordo sobre Jacó, mas quanto ao conselho dado e a forma de obter a bênção pela fraude nada tinha de orientação de Deus.

Rebeca revela-nos seu caráter em sua primeira aparição na Bíblia. Ao tempo que Eliezer viajou para Harã, onde morava a parentela de seu senhor, ele foi preocupado. Em meio à dúvidas e incertezas, orou. Como poderia ter êxito na viagem em busca de uma esposa para o filho de seu senhor Abraão? E nem bem terminara a oração, quando uma jovem formosa subia da fonte trazendo um cântaro cheio. Mau humorada? Não! Atendeu um pedido impertinente. Preguiçosa? Não! Surpreendentemente, ofereceu-se para dar de beber também aos camelos. Medrosa? Não! Aceitou sair da segurança do lar paterno para viajar com um desconhecido rumo a uma terra distante. Indecisa? Não! Viajou para se casar com um moço que nunca antes vira. Rebeca era muito especial: ela era a resposta de Deus às orações de Abraão - o homem mais abençoado da terra.

Se Rebeca era resposta de oração, seu noivo precisava saber disso. E diz a Bíblia que Isaque saíra à tarde para orar no campo quando avistou a caravana que trazia sua noiva. Eles casaram-se. E esperaram 20 longos anos para terem os primeiros filhos. Um tempo longo demais. Isaque orou, e orou, e orou. Orou até que Deus respondesse e Rebeca ficasse grávida. Grávida, sim! De gêmeos. E eles se mexiam e lutavam dentro dela. Preocupada, ela orou: "Senhor o que significa isso?" E Ele lhe respondeu algo que nunca mais se esqueceu: "Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão nas tuas entranhas: um povo será mais forte do que o outro e o maior servirá ao MENOR. Jacó e Esaú.

Esaú cresceu e não tinha temor de Deus. E eis as provas: ele conhecia muito bem a história do casamento dos pais, no entanto, para desgosto deles, amasiou-se com duas mulheres ao mesmo tempo. E elas foram causa de amargura de espírito para Isaque e Rebeca. Esaú dava tão pouco valor ás coisas de Deus que certa vez aceitou negociar os direitos de sua primogenitura, as bênçãos de Deus, em troca de um prato de lentilha por causa de algumas horas de fome. Na sua hierarquia de valores Deus estava mesmo em último lugar.

Jacó, o irmão mais caçula, era diferente. Foi ele que propôs o negócio do prato de lentilhas em troca dos direitos da primogenitura: ele tinha interesse nas coisas de Deus. Acreditava nelas. Jacó esperou cerca de 70 anos para se casar. Não se prostituiu nem se amasiou. Jacó não vacilava. Até o dia em que fora avisado que a bênção da primogenitura iria mesmo para o irmão Esaú. O Esaú profano, incrédulo e mulherengo. Diante da injustiça ficou com um coração perturbado. Ao conselho da mãe, esqueceu-se, de que Deus estava no controle e agiu precipitadamente. Disfarçou-se e mentiu pelo menos três vezes

Por que Rebeca instruiu o filho mais novo a se disfarçar, enganar e usurpar a primogenitura de Esaú? A Bíblia diz que Isaque perdera a capacidade de enxergar. E sua cegueira não era apenas física - ele sabia das atitudes ímpias de Esaú mas fingia que não estava vendo nada. Não há uma linha sequer na Bíblia que registre qualquer repreensão de Isaque contra Esaú. Isaque amava Esaú pelas afinidades com a caça. Esaú era o filhinho do papai. Já Rebeca amava Jacó. Guardava em seu coração a profecia que Deus lhe dissera quando estava grávida: "Que o maior servirá o MENOR".

Era um lar dividido. Os pais e os filhos pensavam e julgavam coisas de maneiras diferentes. Rebeca fez o que fez porque temeu que Isaque orasse e abençoasse um filho que não merecia. O medo durante uma decisão difícil, significa que esta decisão tem tudo para dar errado. O que aconteceria se Jacó, num momento de franqueza falasse a verdade no ato da oração da bênção da primogenitura? Para esta pergunta não tenho resposta, mas Rebeca chamou para si a responsabilidade da maldição caso o logro fosse descoberto. Deus estava vendo tudo, e a conta foi paga por quem executou o logrou: Jacó.

Foi uma escolha muito difícil: levar o filho mais novo ao caminho do engano. Agir contra a decisão do esposo e causar prejuízo e revolta ao filho mais velho. Pela primeira vez o lar de Rebeca passava por um grande reboliço. Foi tal as conseqüências do roubo da primogenitura que um espírito de vingança e morte pairou sobre a sua casa. O lar de Rebeca agora estava à deriva,desconcertado.

Rebeca, sabia que Jacó seria maior que Esaú. Mas, imaginou que a sorte de Jacó estaria nas palavras de Isaque e não nas mãos do Abençoador. Como Deus estava no controle, sua misericórdia não permitiu que Esaú matasse o irmão. Se Rebeca julgou que o fim justificava os meios, estava errada. O pecado nunca servirá de atalho para uma bênção, e "Há caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele há morte".

A escolha de Rebeca nos traz uma lição: diante de uma circunstância que envolva uma escolha difícil é preciso ter o coração em paz para decidir. É assim que está escrito em Colossenses 3:15: "Que a paz de Deus domine em vossos corações!" Naquela ocasião Rebeca estava com medo. Tinha medo da primogenitura ir para uma pessoa injusta.

Quando Rebeca deixou a casa dos pais para viajar em companhia de um estranho a fim de se casar com um noivo que nunca vira, decidiu com um coração equilibrado e em paz. Mas, quando os dias da bênção da primogenitura de Esaú chegaram, Rebeca andava atribulada e aflita. E errou.

Que Deus nos guarde de tomar decisões com um coração atribulado. Uma injustiça não justifica uma vigança, pois Deus não perde o controle da história. É melhor não pular o muro da paciência para conquistar uma bênção; você pode passar por cima da vontade de Deus e quando se der conta ,vai ver que abriu uma brecha para as investidas do diabo. Cuidado!


João Cruzué


cruzue@gmail.com





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sábado, outubro 10, 2009

Uma escada para Jacó


Jacob's Ladder
João Cruzué

O testemunho de vida de Jacó é mesmo fascinante. Em nosso tempo ele é (indiretamente) mais conhecido como um malandro trapaceiro. Corrente de pensamento da qual não faço parte. Jacó é um personagem bíblico firme, obediente, que falhou e teve uma grande queda. Depois se levantou, tomou juízo e cresceu na comunhão com Deus. Um grande exemplo para adolescentes, jovens e cristãos adultos de nossos dias.

Quando a tentação vem, nosso adversário não escolhe qualquer área de nossa vida para seu ataque. Com a experiência de milhares de anos em derrubar homens e mulheres, ele arma o seu laço fulminante não exatamente sobre às fraquezas do caráter de cada um, mas onde está nossa maior força.

Jacó casou-se velho. Por volta dos 76 anos. Podemos dizer, com isso, que a maior virtude de seu caráter era a paciência. Eis os fatos. Quando foi levado à presença de Faraó tinha 130 anos. Seu filho José estava com quase 39 anos de idade reencontrou o pai. Isto significa que Jacó tinha cerca de 91 anos quando José nascera. E, considerando que José nascera ao final dos 14 anos de serviço gratuitos prestados ao sogro Labão, podemos afirmar que Jacó se manteve puro até 76 anos, aguardando a direção de Deus. Isto significa que a paciência era a maior virtude de Jacó. Esaú, o irmão gêmeo, era bem diferente. Aos 40 anos já estava amasiado com duas mulheres heteias.

Jacó continuava solteiro, pacientemente, esperando no Senhor. E eis que em apenas um dia ele quase pôs tudo a perder. Aconselhado pela mãe, usurpou a bênção da primogenitura de Esaú. Mentiu por três vezes e enganou o velho Isaque. Isso era plano de Deus? Não! Seria muita tolice imaginar que, no ato da bênção de primogenitura, a vontade de Deus precisasse de um empurrãozinho. Certamente, quando Isaque fosse pronunciar a bênção, o Espírito de Deus não iria se enganar, uma vez que Esaú estava caído da graça.

Jacó perdeu a paciência, mentiu e enganou. Com isso permitiu que uma porta se abrisse ao inimigo. Se não tivesse recuperado sua comunhão com Deus, Jacó não ira suportar a opressão do inimigo pelos próximos vinte anos, até o reencontro com Esaú. O que estava em jogo não era apenas a família de Jacó, mas os 12 pilares da nação de Israel. O diabo deveria saber disso.

Outros personagens Bíblicos também caíram quando tentados no ponto de suas maiores forças. Onde Abraão caiu? Ele foi tentado em sua fé. Quando Deus lhe prometeu um herdeiro, não acreditou. Deu mais ouvidos à voz de Sara do que a JEOVÁ. Ismael foi o fruto da sua incredulidade.

Moisés foi criado em toda ciência do Egito, jovem poderoso em palavras e obras. Admite-se que Moisés era entendido na arte da guerra. Se a estratégia de guerra era o seu forte, foi nela que foi derrubado. Pensou em conquistar a libertação de seus irmãos hebreus pela força das armas, mas sua estratégia falhou. Deus tinha outros planos. A libertação não seria pela força das armas, mas por prodígios, quebras de sofismas, e pragas devastadoras e milagres.

O apóstolo Pedro tinha a coragem como seu ponto mais forte. Confiava tanto em si mesmo a ponto de afirmar que estava pronto para seguir Jesus à prisão e até à morte. Jurou que nunca o negaria. Pedro não resistiu nem mesmo à pergunta de uma simples criada.

A força de Saulo de
Tarso estava na teologia. Passou anos e anos estudando com os melhores mestres. Entre eles, Gamaliel, o mais sábio dos rabinos de sua época. Paulo falhou. O teólogo instruído em todo o conhecimento para ensinar a Lei e discernir a voz de Deus, falhou. Havia lógica na sua teologia, mas estava distanciada dos propósitos de Deus. A letra mata, o Espírito vivifica. Paulo usou a lei para matar Estevão e outros cristãos.

E o que dizer do Rei Davi e de seu filho, o Rei Salomão? Davi aparece na Bíblia como um moço trabalhador, inimigo do ócio. Mas bastou um dia de ócio, para que o diabo o derrubasse por terra e perturbasse a sua família pelo resto da vida. E de que serviu toda a sabedoria do Rei Salomão? Mesmo com tanto conhecimento, não soube governar a si próprio e tornou-se um idolatra ao agradar mulheres e concubinas.

Que paradoxo mais perturbador. Por que podemos ser derrubados pela tentação do diabo no atributo mais forte de nosso caráter? Posso responder a isso usando a palavra de Deus: É para que nenhuma carne possa se gloriar diante de Deus; e porque o diabo tem uma vasta experiência em derrubar os homens acumulada em milhares de anos.

Se conseguimos ficar de pé, é pela graça. Pela graça de Deus. Paulo sabia disso quando escreveu: " E [o Senhor] disse-me:" A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. "De boa vontade, pois, me gloriarei em minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, por amor de Cristo. Porque, quando eu sou fraco, então, sou forte" 2 Coríntios 12:9 -10. Ô glória!

E lá estava Jacó a caminho de Padã-Arã. Sozinho. Longe de casa. Dormindo no relento. Idade: 75 anos. Com a roupa do corpo e uma pedra por travesseiro. Jacó estava em crise. Sua consciência estava conturbada pelos acontecimentos recentes: mentira ao pai e furtara a bênção da primogenitura do irmão. Jacó se sentia sozinho e sozinho.

O que pode significar a visão daquela escada? A Bíblia não faz nenhuma menção aos sentimentos de Jacó diante da escada. Ele estava angustiado. No confronto com a solidão ele começou a orar. Para mim a visão da escada significava uma oportunidade. Oportunidade de recuperar e crescer na comunhão com Deus. A mão do Senhor estendida a um Jacó caído, deitado na poeira do chão. Ele que esperara pacientemente pela bênção de Deus por 76 anos, sem nenhum vacilo. O sonho o fez despertar. E despertado ele orou: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia.

Jacó tomou a pedra que lhe serviu de travesseiro, e a colocou sobre uma coluna de pedras. Derramou azeite sobre ela; e chamou aquele lugar Betel - a Casa de Deus. E ali fez um voto: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem, e me der pão para comer, vestes para vestir e preparar o caminho de volta para a casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus. De toda riqueza que me deres, certamente te darei o dízimo.

Jacó nunca mais tocou no assunto da escada, mas daquele dia em diante a presença do Senhor nunca mais o abandonou nem ele tornou a mentir para ninguém.

Esta mensagem é para você que está sozinho. Sozinho porque pecou. Falhou com Deus. Falhou com a família. Nesta crise de solidão você já se cansou de ir à frente de púlpitos para receber oração. Uma oração que mudasse, que apagasse o passado, as marcas vivas no seu coração. Ou quem sabe, faz anos que você passa bem longe de uma Igreja porque se decepcionou com homens. e mulheres. Sua crise de solidão, de vazio, pode ser diagnosticada como um sentimento de abandono. Mas Deus não o(a) abandonou. Seus sentimentos, sim, podem estar sendo manipulados, fermentados pelo adversário.

Aproveite também a mesma oportunidade de Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão. Se você nunca falhou com Deus, não se desespere e fique atento. Você quer um conselho? Você quer ouvir uma palavra de Deus? Então escute isso: Os anjos subindo na escada que leva da terra ao céu estão ali para levar suas orações até o trono da graça de Deus. E os que estão descendo vêm com as respostas, com as vitórias que Cristo conquistou e serão entregues nas mãos daqueles que oram. A escada que vai da terra ao céu é Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida.

Faça um concerto com Deus agora, confesse ao Senhor Jesus, nosso advogado, onde foi que você falhou. Não fique em casa depois disso. Se você já é um crente em Jesus, volte a frequentar os cultos da sua Igreja. Se ainda não aceitou Jesus, vá ainda esta semana a uma Igreja Evangélica e aceite Jesus como aquele que vai governar a sua vida. O Senhor da sua Vida. Assuma um compromisso de fidelidade com o Senhor.

E eu posso dizer para "você": ainda que não tenha nada, nem uma pedra para travesseiro, eu sei que o Senhor é fiel e aos poucos vai colocar "você" por cima. Em uma altura que você nunca sonhou. Ande na presença do Senhor e Ele vai cuidar de você, da mesma maneira que cuidou de Jacó.


Blog Olhar Cristão


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quarta-feira, maio 27, 2009

O plano de Deus na vida de Jacó

Rocha
Pedra de Jacó

Joao Cruzué

O quanto você é fiel ao Senhor? Esta é uma pergunta que pode passar pela sua mente sem trazer nenhuma pertubação. Até o dia que você começa a descobrir que as coisas não continuam do mesmo jeito, com o mesmo sossego que antes. Neste final de novembro, quando as grandes universidades recebem milhares de candidatos para o vestibular, é um tempo muito apropriado para uma boa reflexão. Foi Carlos Drummond de Andrade mesmo quem fez esta pergunta de certo modo surpreendente: E se o Céu for uma realidade e a vida um Vestibular? Deixando de lado a pergunta do poeta, vamos fechar a proposta deste texto: Você está preparado para se graduar na Universidade de Deus? Que o mesmo Espírito que fala comigo também possa falar também ao seu coração.

A vida cristã nunca é monótona para quem anda na presença de Deus. Se você tem alguma sinceridade interior saiba que Ele não desiste daqueles que têm uma chamada com propósitos. A Bíblia não conta se Jacó chorou quando foi embora de casa para uma terra desconhecida. Minha experiência dá-me certeza de que ele estava muito atribulado. Por isso Deus lhe apareceu em sonho no caminho de Padã-Arã. Com uma idade em torno de 70 anos, pela primeira vez Jacó tinha saído debaixo das "saias" da mamãe, do controle de Rebeca. Sua vida iria mudar para sempre. Em casa ele vivia uma vida segura, mas medíocre e dependente; a julgar pela sua oração no ermo, nem crente em Jeová ele era.

Se Deus tem também um propósito em sua vida - e isso Ele tem - seus dias de "moleza", quem sabe, estão  se acabando. Sem meios termos, Ele vai lhe ensinar com quantos paus se faz um barco para cruzar qualquer oceano. Para isso, vai levar você até ao ponto de confissão de um compromisso. Isaías confessou: "Senhor eis me aqui, envia-me a mim! Jonas disse: "Levantai-me e jogai-me ao mar!" E Pedro se rendeu: Senhor tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo".

E aí está você, como Jacó - com um coração perturbado diante de tantas coisas novas e difíceis de controlar. Aquela sua vida calma, serena,tranqüila ,foi-se. O presente lhe traz angústia; o futuro, insegurança. É Deus quem certamente está lhe dando um novo rumo. Ou você pensa que o propósito dEle para você seja que viva eternamente uma vida cristã medíocre na penumbra? Em meio a tantas pessoas sem propósitos e sem compromissos, as suas tribulações enviadas por Deus são um bom sinal: de que o Senhor tem coisas novas, firmes e gloriosas que não sabe. Mas depois que a noite no deserto passar e uma nova manhã surgir, você também terá muito prazer em dizer: Ó Deus maravilhoso! Como foi bom me ter adotado com filho e se preocupado em me afligir para guiar-me pelo caminho da sua graça!

O que vai fazer amanhã, depois de amanhã, no mês seguinte, no próximo ano ninguém sabe. Mas uma coisa posso dizer: enquanto não firmar um concerto, um compromisso de fidelidade com Deus, você continuará sentindo-se sozinho, sozinha, perdido, perdida, em meio às incertezas se é Deus ou se não o é. O que o Senhor espera da sua boca é o mesmo compromisso que esperou ouvir Jacó: "SENHOR, se a sua presença for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e em paz me tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus, e esta pedra que tenho posto por coluna, será a Casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo."

Por que Deus insistia tanto com Jacó?

Porque os olhos do Senhor não procuram, primeiramente, pelos nossos defeitos. Deus olhou e amou Jacó pelo pouco que possuía de bom, pelo valor que dava ao sagrado.  Jacó valorizava o que vinha de Deus, a começar pelo desejo da bênção da primogenitura. Comprou-a por um prato de lentilhas, não foi uma aquisição honesta, mas quem a vendeu (Esaú) foi muito mais desonesto.

Alguma vez você ao menos já pensou o que Deus pode fazer àquele que apresentar, não uma pedra, mas a própria vida e desejar a presença Dele? Olhe em volta. Olhe para este mundo. Para todos os lados você pode contemplar a miséria humana em seus maisdiversos graus de opressão maligna. Pobres morrendo de fome e ricos perdendo a vida na cocaína, no crack... O mundo procura por diversão, por qualquer coisa que não seja Deus, para se divertir e enganar a tristeza. Ela finge que vai embora, para voltar em mais tarde com mais força. O mundo jaz no maligno se morre de tristeza e tédio, porque o que ama o mundo despreza o Caminho e a solução dos próprios problemas. Não há ninguém ali que busque a Deus.

Mas se Deus criou você para um propósito especial, não adianta se esconder ou se omitir ou fugir diante da presença Dele. Em algum tempo o Senhor torna instável o sustento, o chão foge dos pés, você não consegue mais manter o controle da situação por que Ele está alterando a inércia da sua vida. Durante este tempo indesejável, o Senhor vai tratar diretamente com você. Vai mostrar e você vai querer ouvir quais são os planos Dele para sua vida. E quando você se achar dentro da vontade de Deus não vai querer mais sair.

Jacó trocou aquela vida de conforto por um vida cheia de experiências com Deus e deu seu nome a nação de ISRAEL. Vai,não tenha medo, e assuma o que Deus tem para sua vida.



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