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terça-feira, janeiro 19, 2010

A realidade pode ser dura

João Cruzué

Passando hoje pela Praça da Sé em direção ao almoço assisti uma cena hilária. O sucesso ao lado do fracasso; o novo vencendo o antigo. Istof oi o bastante para trazer-me à memória três fatos.

O primeiro aconteceu, mesmo, na hora do almoço. Um grupo de músicos peruanos (ou bolivianos) paramentado de índios (Sioux?) tocavm música andina na Praça. Hoje, todavia ninguém eles ficaram sem plateia e sem "din din". Ninguém parou para ouvir suas flautas.

Mas bem ao lado, a cinco metros de distância, outro grupo de artista de rua tocavam e cantavam música sertaneja. Foi um massacre. Umas 200 pessoas fizeram a roda para ouvir o grupo. E os bêbados atraídos pelo barulho ofereciam outro espetáculo à parte. Não foi o dia dos flautistas de música andina.

O segundo exemplo eu já venho observando com frequência. A caminho de casa passo à frente de duas Igrejas. Uma ao lado da Outra. Igreja Mundial do Bispo Valdemiro e Igreja Deus é Amor do Miss. David Miranda. Apesar da chuva que caía forte, uma estava tão lotada que sobrava gente na chuva do lado de fora. A outra não tinha 20 pessoas. A proporção sem exagerar é de 100 para um. Há uns dois meses vem acontecendo um "massacre".

Aí você pode começar a pensar: o povo tem gosto duvidoso. Curiosamente, tanto o grupo de música andina quanto a Igreja do missionário Miranda também já estiveram apinhados de ouvintes. Será que povo mudou de gostou ou o que era novo envelheceu-se?

Bem, agora vou apresentar o terceiro fator. No começo da era cristã Jesus atraía multidões e deixava os mestres fariseus e saduceus (apologetas) do Sinédrio e do Templo irritados. Para eles, curar no sábado era a mais pura heresia. Nesse caso específico o povo não estava enganado. Eles perceberam que a mensagem de Jesus tinha poder, graça e autoridade. Os cegos viam, os coxos andavam, os leprosos eram limpos e os mortos ressuscitavam.

O povo gosta de novidades. Isso nos traz ao cotidiano. Uma Igreja séria não pode mudar sua liturgia e mensagem a nova estação do ano. Mas se ficar presa ao passado vai morrer, pois a palavra Evangelho é paradoxal e significa Boas Novas!

O apóstolo Paulo já sabia disso há 2.000 anos. Ele não confiava na força da homilética, mas na presença de Deus para operar sinais e maravilhas. Entre o formalismo e o poder de Deus, até o mais simples dos homens sabe o que é melhor para atender às suas necessidades.

E por que é tão difícil enxergar a realidade? Porque os líderes da Igreja quando se tornam sábios e entendidos já não se deixam mais orientarem pela oração nem pelo Espírito Santo. Eles não têm mais tempo para ouvir a Deus.











segunda-feira, julho 14, 2008

Café requentado


Café Requentado

João Cruzué

A Bíblia ainda é o melhor livro para se ler, quer acredite ou não, ali está o be-á-bá que ensina o cristianismo para que a mulher e o homem aproximem-se de Deus. A diferença entre ela e um livro qualquer, é que a Bíblia é o único livro que não aumenta o vazio de ninguém. E a Revista Veja é ainda , em meu juízo, a melhor revista secular publicada no Brasil. Como crente ativo e leitor desconfiado vou redigir este texto para que fique bem claro uma coisa: apesar de usar óculos de míopia, não preciso deles para enxergar atrás do "morro". Sem paixão, portanto, quero tratar dos últimos acontecimentos envolvendo gays, evangélicos, Projeto de Lei 122, Pr. Silas Malafaia, André Petry e Beloto, neste artigo.

De repente a grande mídia brasileira descobriu que os crentes também vão a Brasília protestar. É bem verdade, que outros crentes também vão e protestam, de forma discreta, e exercem as mesmas pressões políticas sobre assuntos que a Igreja tem interesse em marcar posição. Além de religioso, todo crente é um cidadão, e como tal, não é superior nem inferior a qualquer outro. Apenas, "a-pe-pe-nas", acontece o seguinte: quando o crente vai a Brasília protestar é rotulado de "a direita religiosa" o "atraso da modernidade" os "fanáticos da Bíblia". "Homofóbicos" - segundo o jornalista da Veja, André Petry, e seguidores da Ku Klux Klan sengundo o "gran titã" Tony Beloto.

Isso é verdade? Coisa nenhuma! Quando o governo ensaiou a criação de um órgão fiscalizador da Imprensa, todos os jornalistas chiaram, protestaram, fizeram pressões políticas, e morreu a coisa. Quando aparece um projeto trazendo como título um nome esdrúxulo: Lei da "Homofobia" a mesma mídia acha que os evangélicos são todos fanáticos, radicais, e inimigos declarados de homossexuais. Quando o termo "discriminação" estiver devidamente claro, posto que sua interpretação é muito subjetiva, nós os crentes deixaremos de protestar. Não vejo lógica em um projeto que ao proteger uma minoria, passe exatamente a discriminar a outra.

E nesse entrevero, a imprensa que deveria ser grande se apequenou. É o caso do colunista da Revista Veja, o jornalista André Petry. Ele presta uma grande desinformação à sociedade brasileira ao rotular o povo crente de "homofóbico". Sou crente há mais de 30 anos e nunca odiei gays. Nunca ouvi um pastor que dissesse estimulasse o ódio a homossexuais. Leio bastante e gosto de bons jornais e de boas revistas. Posso afirmar sem medo de faltar com a verdade que Pastores assembleanos, batistas, metodistas, presbiterianos; quadrangulares, adventistas, universalistas; da Deus é Amor, Internacional da Graça, Comunidade da Graça, Bola de neve, Renascer em Cristo e outras tantas boas Igrejas - NUNCA - ensinaram, ensinam ou vão ensinar o ódio e a aversão contra homossexuais ou qualquer outro ser humano. Discordar é uma coisa e odiar e incitar o ódio é outra coisa muito diferente. Nosso padrão é Jesus Cristo, e amar as pessoas nossa obrigação. Publicar coisas difamatórias sem entender a essência das coisas é no mínimo preconceito.

Outro desmiolado na mesma Revista, comparou os líderes do protesto evangélico que foram a Brasília com a Ku Klux Klan. Como é fácil distorcer a verdade! O que tem a ver um protesto contra um projeto batizado de o elixir milagroso que acabará com toda a discriminação aos homossexuais? Os crentes crêem nos ensinos bíblicos. O Evangelho de Jesus Cristo, escrito por quatro autores, não traz uma linha sequer de ensinos para odiar, matar ou queimar pessoas sejam elas judeus, estrangeiros, crentes ou homossexuais. Na verdade, os evangélicos brasileiros não são adeptos da Ku Klux Klan. Mas cabe lembrar que um dos domínios desta facção racista e assassina de negros do Sul dos EUA tinha um nome muito interessante: "Gran Titan".

Todavia, devemos levar em conta que, passado o momento de protesto político, não devemos nos esquecer que nossa missão e compromisso é levar o evangelho do AMOR de Cristo aos desprezados, aos discriminados,aos sobrecarregados, aos presos, aos famintos, aos sedentos, aos nus, aos enlutados, alfabetizar os ignaros - enfim: trabalhar com juízo para a edificação de um Reino que não pode ser abalado por este mundo - o Reino de Deus.

O que está em pauta não são os homossexuais, mas suas almas, não as mães que abortam, mas suas almas, nossos inimigos não são os petrys, belotos, gays, vejas, globos e etc, mas sim as hostes espirituais da maldade que operam no plano espiritual. Não podemos perder o foco sob pena de aumentar o vazio do secularismo que tão de perto nos ameaça nem devemos hostilizar aqueles que precisam de Cristo e necessitam do seu amor. Consideram que a primeira impressão é a que fica, como ficará nossa imagem diante da nação se agirmos como fanáticos e desequilibrados? Quem vai depois querer escutar nossa pregação?


Não devemos beber o café requentado no fogo da vaidade de pastores que inconscientemente despertam em nós paixões estranhas em lugar do amor divino. Falar de amor é uma coisa, amar é outra. Ensinar paciência e compaixão é fácil, exercê-las é difícil. Deus é amor, e qualquer coisa diferente disso pode nos levar a atalhos perigosos, que à primeira vista parecem direitos, mas depois da primeira curva pode estar o precipício. O crente consciente que agrada a Deus não deve sair por aí escrevendo emails de desaforo para descrentes sob a emoção de uma meia-verdade. Podemos nos expressar e reclamar sim, mas não tangidos pela vaidade de ninguém.

Portanto, o momento é propício à reflexão. Temos um compromisso de amor para com todos os brasileiros, não importa a cor, raça, estatura, classe, opção sexual, criança, adolescente, jovem, adulto ou velho. Para exercitar este amor temos que beber da verdadeira fonte do amor para que não sejamos achados em falta com Deus. Não deixemos a fonte da Água da Vida para beber café requentado, e bem aventurados são os pacificadores, pois eles serão chamados de Filhos de Deus.


João Cruzué
cruzue@gmail.com


OPINIÃO CRISTÃ


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