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terça-feira, junho 11, 2019

Fernando Henrique Cardoso e o Valor das Igrejas Evangélicas




Evangelização ao ar-livre
JOÃO CRUZUÉ

Em recente entrevista dada ao jornalista Anchieta Filho da Rádio Jovem Pan, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso surpreendeu a todos com esta pergunta: "Porque existe um crescimento tão grande de certas denominações pentecostais? E responde: Porque elas formam uma rede de solidariedade, o país está precisando disso. 

E ele continuou: Essa é uma constatação preciosa, esse crescimento das igrejas evangélicas só acontece porque elas contribuem de forma importante para mudar e disciplinar a vida das pessoas, tornando-as melhor. Porque se expandiria tanto uma coisa que lhes faria mal? 

O comentário sobre o assunto está em Opinião  escrito por Reinaldo de Azevedo no portal da Jovem Pan.

Quero dar início ao meu comentário dizendo que o ex-presidente sempre bem recebido entre os pentecostais, e deles recebeu muitas orações, principalmente por ter sido o homem abençoado por Deus (embora ateu) para debelar a inflação que literalmente devorava o salário do pobre qual uma praga de gafanhotos. O Plano Real implantado em 1994, teve como seu  principal articulador político o Ministro da Economia, que mais tarde veio a ser candidato e Presidente do Brasil por duas vezes.

O Presidente Cardoso nesta entrevista tocou no ponto: As igrejas pentecostais formam uma rede de solidariedade. E testemunho que está solidariedade é harmoniosa em todo Estados da federação. E quando alguém vai e fala de Jesus e um ouvinte dá lugar àquela Palavra de Deus, há uma transformação de vida. O que era desprezível, começa a ter utilidade. A disciplina que o Presidente fala é a DOUTRINA. Palavra que é ensinada na maioria das Igrejas Pentecostais, o famoso Culto de Doutrina que bem conhecemos, por exemplo, da Igreja Assembleia de Deus. Ali é insculpido, gota a gota, a palavra que muda o caráter de uma vida, qual uma gota de água batendo sobre uma pedra. Devagar e serenamente a Palavra de Deus vai incrustando valor ao que nada valia para a sociedade.

Quando, por exemplo, um alcoólatra aceita Jesus, o SENHOR o liberta do vício. Quebra a força maligna do gosto da bebida em sua boca. E, agora, deixando de beber, leva o seu salário integralmente para a sua família. A obra é feita pelo Espírito Santo, através de esforço de um crente que vai até onde está o bêbado para lhe falar de Jesus. E o mesmo Espírito é o agente que liberta o ladrão do pecado de roubar. E ele deixa de roubar e passa a trabalhar para seu sustento e para o sustento dos seus. E estas mudanças são VALORES que são lapidados pela PALAVRA de DEUS apregoada dentro de uma comunidade pentecostal.

E o presidente se admira de ver como o número dos crentes crescem em todo Brasil. Em pesquisas minhas publicadas sobre população evangélica, trago a informação de que a média aritmética deste crescimento ANUAL  de 1960 a 2010 é uma taxa de 5,7%, sendo de 4,91% a média anual da última década. E ele se admira este crescimento porque é justificado pela introdução de um valor social na vida do cidadão.

FHC conclui o assunto, perguntando: Por que se expandiria tanto uma coisa que lhes faria mal? Ou traduzindo em miúdos: Por que se fala tanto mal das Igrejas Pentecostais e elas continuam com um crescimento firme e constante?  Como sociólogo ele bem sabe que ninguém vai atrás de uma coisa que lhe dê prejuízo, que lhe desanime ou deprecie.

E meu comentário sobre este ponto é o seguinte:  Há um rótulo de ladrão atirado sobre os Pastores Evangélicos. E muitos deles, reconheço, ainda não foram quebrados para reaprender a viver com simplicidade. Mas 99,99% desses pastores são homens honrados, determinados, solidários, bons ensinadores da palavra de Deus, e bons lapidadores de almas. Eles conseguem adicionar valor a quem não tinha nenhum. E nisto, o presidente está certo: ninguém continua indo a uma Igreja, se de lá não estiver vindo resultados, o que chamamos de BENÇÃOS. Eu sei que do dia da prestação de contas a JESUS, está escrito que muitos pastores também irão para o inferno por torpe ganância e exploração de ovelhas. O sucesso de um pastor nunca foi nem será  garantia de que Deus se agrada do caráter dele.

Em tempos em que o crack e a cocaína deterioram a sociedade brasileira, onde mais estes agrilhoados pelas drogas vão buscar socorro, senão de Deus através de um crente amoroso ou na porta da Casa de Deus. A política não tem respostas para isto. Os programas que são implantados não atendem nem 1% das reais necessidades. A resposta para um dependente de crack, de cocaína ou de qualquer outra miséria está na Palavra de Deus. Disse Jesus: Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo [maneira santa de viver] e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrarei alívio para vossas almas.

Sei que o ex-presidente estava falando de política, economia, eleição, mas seus olhos de oitenta e poucos anos ainda estão atentos. Um povo só vai para frente quando mantém altos valores dentro de suas famílias. E o melhor lugar para se aprender  a ter valor é dentro de uma Igreja. Não é a Igreja que muda a pessoa, mas a Palavra de Deus que ela apregoa, esta sim, tem a semente da transformação.

Diante desta palavra de encorajamento (indireto) de nosso ex-presidente, que não é outra coisa senão uma das formas de Deus falar conosco, e ele fala até  pela boca de um ateu (com todo respeito) o que devemos fazer, a não ser continuar nossa rede de solidariedade. Muitos a desconhecem, mas ela funciona muito bem desde Roraima até o Rio Grande do Sul. Ninguém pode estar vendo nem sabendo daquela alma perdida que você levou para Jesus. Até na Igreja, podem pensar que ela levantou a mão para Deus porque foi parar na Igreja sozinha.  Você e eu sabemos que isto não é verdade. Foi fruto de oração, interação, paciência e muito amor de Deus.

E por fim quero alertar para mais um fato. Esta rede de solidariedade já foi maior no passado. Hoje, muitos já se esqueceram do lugar de onde vieram, e já não têm mais o primeiro amor de ir até as periferias, favelas, hospitais e cidades pobres para para uma dívida de gratidão, ou seja: se alguém veio até você para falar do amor de Deus, agora, você também deve ir para fazer a mesma coisa. Se você hoje tem um curso superior, concluiu uma pós-graduação, um mestrado, ou até um doutorado, lembre-se de que a mão do SENHOR é que trouxe prosperidade a sua vida. E, sendo assim, ensine também os seus queridos. Diga-lhes de onde veio, porque veio e como veio. Mantenha  cheia de valores a sua família. A alegria do SENHOR é a nossa força. E quando estamos fazendo aquilo que o SENHOR determina, o ESPÍRITO SANTO se alegra, e sua alegria é estampado no sorriso de nosso rosto. E quando não estamos fazendo o que DEUS determina para que fizéssemos, se olharmos nosso rosto no espelho, vamos ver que ele perdeu o brilho do contentamento.

Deus abençoe o  nosso ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso.











quarta-feira, abril 15, 2015

O azeite, o vinho e o fermento


Barco
Barco 
João Cruzué

E um certo doutor da Lei levantou-se e disse: Mestre que farei para herdar a vida eterna? E Jesus devolveu a pergunta: O que está escrito na Lei? E então o doutor citou o grande mandamento: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo."

-- Faze isto e viverás! Disse Jesus.

-- E quem é o meu próximo? Insistiu o doutor.

E na sequência o Senhor Jesus Cristo expôs uma parábola, mais tarde intitulada  "A Parábola do Bom Samaritano". Hoje pela manhã quando ia para o trabalho, passei pela região do Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo. E neste trajeto veio a mim escrever alguma coisa sobre esses três elementos: O azeite, o vinho e o fermento.

Nós encontramos o azeite no Velho Testamento na botija da viúva endividada; no reservatório do candeeiro da Casa do Senhor. Na unção de Davi, ainda adolescente, no quinto verso do Salmo 23, e, entre tantos outros, na visão do profeta Zacarias. Azeite fala de sabedoria; azeita pode ser um rosto brilhando pelo perdão de Deus; azeite é uma bênção surpresa quando tudo o mais se acabou. Azeite é o gosto da vitória; azeite é a unção da promessa de Deus.

Na parábola do samaritano o vinho foi usado para limpar as feridas.

Azeite e vinho falam de solidariedade, de compaixão, de cuidados. Azeite e vinho são as atitudes do cristão verdadeiro que vai além das palavras; além da teologia. A sequência de uso é azeite e vinho. Primeiro a unção do Espírito em seguida a alegria do Espírito. O azeite amacia e refresca um coração ferido e o vinho lava as impurezas e a maldade do pecado. Para adquirir deste azeite e deste vinho é preciso ir à fonte da misericórdia e da compaixão. É preciso depender de Jesus.

Quem ama vai atrás, busca e procura até achar. Quem tem azeite e vinho anda na presença de Deus e navega como um barco cuja vela se faz cheia sob o vento da vontade do Espírito Santo. Isto não se aprende com a leitura de compêndios e comentários. Não vem junto com um canudo de teologia, mas em andar com o Senhor.

O fermento é a substância que incha, estufa, azeda, que enche de vento uma massa. O fermento para fazer efeito precisa ser misturado. Espiritualmente falando o fermento é o mundo sendo misturado no coração cristão. O fermento é a hipocrisia. É uma santidade de aparências. É uma cristã falsificada, mascarada.

O sacerdote e o levita viram o ferido, mas a sua religião estava acima de qualquer coisa. Sabiam o sagrado, mas não tinham mais o Espírito de Deus. Eram vazios de sentimentos, de compaixão. O sacerdote e o levita eram como barcos cujas velas já tinham apodrecido pela falta de uso.

Coisa interessante. Esta parábola é muito atual. Está surpreendentemente contextualizada em nosso tempo e país. Uma geração de sacerdotes e levitas têm trabalhado em nossas Igrejas. Eles estão muito ocupados com o que acontece no mundo. Estão encantados com o poder, com a política, com o dinheiro. O fermento já arruinou a vida espiritual deles. Não têm mais tempo para a compaixão. Não se preocupam mais com os feridos nem com os perdidos, pois já não há mais sinal de azeite e vinho em seus corações. O Espírito Santo já foi apagado de suas vidas, de tantas atitudes mesquinhas, avarentas, falsas aparências. O óleo da unção já não brilha mais em suas faces. É muito provável que também estejam perguntando: E quem é meu próximo? Por que já se esqueceram.

E, se eu não tomar cuidado, posso me tornar um hipócrita do mesmo jeito. Por isso o exercício da compaixão deve ser sempre lembrado, praticado. Não basta ter uma biblioteca cristã na cabeça, é preciso muito mais que isso para ser um bom samaritano: manter a alegria de servir, de visitar, de sorrir e chorar junto, de ajudar, de amar, de perdoar pela presença do Espírito Santo.


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quinta-feira, agosto 14, 2014

Solidariedade, Misericórdia e Compaixão


SOLIDARIEDADE
João Cruzué


Solidariedade é uma palavra que a nossa sociedade dira, hoje, ser uma atitude politicamente correta.  Em uma de suas definições, o Dicionário de  Português Online Michaelis traz:  Estado ou condição de duas ou mais pessoas que repartem entre si igualmente as responsabilidades de uma ação, empresa ou de um negócio, respondendo todas por uma e cada uma por todas. Para a palavra compaixão: Dor que nos causa o mal alheio; comiseração, dó, pena, piedade.  E por último, para misericórdia: Pena causada pela miséria alheia; comiseração. Bem, eu gostaria de fazer uma reflexão sobre estas três palavras.

Entendo como muito importante que nós cristãos devemos entender bem os significados de solidariedade,  compaixão e misericórdia. Pode ser que precisemos praticá-las dentro de nossa família, para que haja um efeito pedagógico. 

Se em uma casa, depois de terminar o almoço, as pessoas deixam a responsabilidade da lavar toda a louça para "alguém" da família, em uma casa em que não haja empregados, os conceitos cristãos não estão sendo bem flexionados.

Se eu deixar SEMPRE para "alguém" a responsabilidade de lavar o que eu sujo, deixo fora do lugar ou não arrumo, eu não estou sendo solidário, cujo princípio deveria ser como está no dicionário: Um por todos e todos por um. 

Se eu moro só com minha esposa. E ela costuma lavar minhas roupas sujas no fim de semana. E, de repente, se ela estiver doente e não puder lavar a roupa. Se eu lhe disser que ela pode lavar na próxima semana, eu não estou sendo solidário nem compassivo.

Por fim, se alguém da família me fez um mal terrível e aquilo está remoendo latejando bem fundo e disfarçado no meu coração, devo fazer como nosso Eterno Deus fez. Teve misericórdia de nós. Se abaixou até nós, enviando seu filho unigênito para nos trazer o perdão.

MISERICÓRDIA
Os dicionários seculares trazem certos significados que, às vezes, não registram claramente o sentido das palavras registradas na Bíblia Sagrada. 

Quando Jesus tomou a toalha para amarrar em sua cintura, como um avental, para depois lavar os pés dos discípulos, ele estava sendo didático e solidário. A responsabilidade de lavar os pés aos membros de uma família era da pessoa menos importante. 

Quando o samaritano socorreu o moço que descia de Jerusalém para Jericó, ele usou de compaixão. Coisa que os dois religiosos que passaram pelo mesmo lugar não fizeram

COMPAIXÃO
Se Jesus, que é o SENHOR, praticou a solidariedade, a compaixão e a misericórdia, tanto nas coisas pequenas quanto nas de grande importância, o cristão que não tem um coração solidário, compassivo e misericordioso é um quase-cristão, ou seja, seu testemunho ainda destoa dos ensinos cristãos.

Se você é um dos privilegiados pelo Eterno Deus por ter nascido em uma maravilhosa família cristã, pratique a solidariedade na pia, no tanque e no seu quarto. Não deixe toda a carga para uma só pessoa. Se nas pequenas coisas não soubermos exercitar as ações cristãs, que dirá das maiores!

Em Romanos 12:2, Paulo deixou escrito: E não vos conformeis com o mundo [comportamento] mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento [ação da palavra de Deus] para que experimenteis qual seja a boa,agradável e PERFEITA vontade de DEUS.







quinta-feira, junho 05, 2014

Sete pecados que só encontramos nos outros


By joao cruzue
Joãozinho e Doquinha
João Cruzué

Quero apresentar sete falhas que enxergamos nos irmãos, e que nós "não" temos de jeito nenhum. Eu tinha começado a escrever o post, depois desisti por falta de tempo. Mas aí, lembrei-me da forma bem humorada de alguns pastores assembleianos dizerem assim: "Aí fora tem dessas coisas, mas em nosso meio, não acontece de jeito nenhum! E assim animei-me a voltar a escrever.

Soberba. Este é um pecado que nunca temos. Só os outros. Somos humildes e mansos de carteirinha desde o berço. Quando nos olhamos no espelho vemos a humildade em pessoa. Imagina... nós nunca tratamos os outros com desprezo, sempre falamos com voz mansa, educada. Nossas coisas nunca são melhores que as do próximo, do outro colega do ministério... Quando recebemos críticas construtivas, nossos interlocutores estão sempre certos, e nós vamos para nossas casas dispostos a melhorar e agradar. Soberba? isso "nunca" passou pelo nosso coração, só existe por aí.

Egoísmo. Outro pecado que aparece muito no caráter dos outros. Nós não somos assim. As coisas que temos, dividimos;  nunca temos mais de cinco pares de sapatos em casa; nosso guarda roupas não têm coisas de 10, 20 anos atrás; quando vamos a Igreja de carro, nós nunca vamos sozinhos. Sempre levamos o irmão Joãozinho, a irmã Doquinha para que eles não precisem ir a pé. Quando vamos à Ceia, sempre lembramos da campanha do quilo. Quando tem uma pirâmide de louças na pia, e nós sujamos mais uma, costumamos lavar pelo menos umas duas, para contribuir com o serviço da mamãe... Quando chegamos em casa, nós nunca deixamos os sapatos no meio da sala, para que os outros apanhem para nós; quando recebemos nosso salário, e moramos com nossos pais, sempre entregamos uma parte dele para a mamãe. Roupas sujas? nós nunca deixamos que nossa irmã ou a mamãe as lave o ano inteiro para nós... Egoístas? de jeito nenhum. Aí fora tem muito disso, mas lá em casa, eu sou a pessoa mais "solidária" que existe!

Hipocrisia. Hipócritas? de jeito nenhum! Somos crentes por dentro e por fora. Na presença do pastor e longe dele. Tudo o que pregamos no púlpito, praticamos igualzinho em nossas casas. Se tirarem um retrato de nossa alma, vai ver que ela está mais branquinha que camiseta lavada com aquele famoso sabão em pó. Mas o resto... é tudo hipócrita! Nosso namoro? é 100% santo, não tem mentira, não tem fornicação, não tem engano. Nossa vida? é um livro aberto, do jeito que somos escondido de nosso lar, somos diante de todos. Mas os outros crentes de nossa igreja...hum... são todos uns falsos.

Profanação. Nós não somos profanos. De jeito nenhum. Quando voltamos do culto para casa, nós nunca "descemos" a lenha no que vimos e ouvimos por lá. Os cantores sempre cantaram bem, o coral sempre cantou hinos novos, o pastor não repetiu os temas. Diante de nossos filhos nós sempre exaltamos as virtudes de nossos irmãos de igreja, o que eles fazem não tem defeitos. Nossos filhos nunca se aborrecem com as lideranças de nossas igrejas, pois diante deles nunca martelamos suas apresentações na hora do culto. Os filhos dos outros estão aborrecidos e nem querem mais ir na Igreja, mas os nossos não.

Em nossa Igreja, nós nunca misturamos política com culto de Santa Ceia. Aí fora, em tempo de eleição, tem muitos crentes que ficam distribuindo "santinhos" de políticos na porta das Igrejas, mas nem nós não fazemos isso, pois respeitamos a lei eleitoral e não queremos escandalizar nossos visitantes.

Mentira. Nós nunca falamos mentira. Nem mentirinha nem mentirona. Diante do confronto, de assumir responsabilidades, quem faz a coisa errada é o outro. Nós, nunca! Em nosso coração nós detestamos a mentira, mas aí fora, misericórdia! é costume.

Falta de Solidariedade. Em um país que tem uma desigualdade social pior que a do Haiti, a carapuça da omissão e da indiferença nunca vestiu nossas cabeças. Não existe analfabeto em nossa Igreja. As famílias de pouca renda de nossa Igreja não têm ficado assim, por mais de uma geração. Nós nos preocupados em prover a eliminação dessas desigualdades. Temos ajudado aquelas crianças e adolescentes a procurar por uma boa educação para que a miséria não continue instalada por gerações e gerações nas mesmas famílias. Nossa Igreja não partidária do "É dando que se recebe" Nós entregando, e ela só recebendo! Ela não é apenas como uma sanguessuga que retira dos pobres, ao longo de décadas e nunca lhes retorna nada. Aí fora tem muitas "casas do tesouro" mas em nosso meio, nós abrimos congregações nas periferias para ajudar na distribuição de renda, usar de solidariedade com desassistidos, NUNCA, com o intuito de retirar de lá o fundo do bolso que ainda têm! Tem muitas igrejas que fazem isto, mas na nossa isso nunca acontece!

Mesquinhez. Nós somos generosos. Em nossa despensa nunca perde alimentos. Quando vamos ao Culto sempre levamos alguma coisa para ofertar ao Senhor. Nós não somos como muitos que tem por aí, que nunca aprenderam a comparecer diante do Senhor com as mãos vazias. Sempre levamos umas moedas extras no bolso para distribuir para quem precisa. Sabemos que muita gente perde bênção milionária por causa de uma simples moedinha, mas nós sempre usamos de liberalidade. Quando compramos coisas gostosas e levamos para casa, nós nunca escondemos para que fique tudo para a "gente". Quando damos alguma coisa, damos voluntariamente. Tem muita gente por aí que dá com uma mão esperando cobrar mais à frente com outra, mas nós não somos assim. Quando sabemos de alguma coisa boa, que trará felicidade e bênção para alguma pessoa próxima, nós sempre vamos lá e falamos. Quando sabemos que está faltando alguma coisa na casa de "A" ou de "B", nós nunca esperamos pela semana que vem ou no mês seguinte. Por aí eu sei que tem gente assim, mas não em nosso meio.


Que Deus nos guarde!




quinta-feira, março 06, 2014

Fernando Henrique Cardoso e a Solidariedade das Igrejas Pentecostais




Evangelização ao ar-livre
JOÃO CRUZUÉ


Em recente entrevista dada ao jornalista Anchieta Filho da Rádio Jovem Pan, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso surpreendeu a todos com esta pergunta: "Porque existe um crescimento tão grande de certas denominações pentecostais? E responde: Porque elas formam uma rede de solidariedade, o país está precisando disso. 

E ele continuou: Essa é uma constatação preciosa, esse crescimento das igrejas evangélicas só acontece porque elas contribuem de forma importante para mudar e disciplinar a vida das pessoas, tornando-as melhor. Porque se expandiria tanto uma coisa que lhes faria mal? 

O comentário sobre o assunto está em Opinião  escrito por Reinaldo de Azevedo no portal da Jovem Pan.

Quero dar início ao meu comentário dizendo que o ex-presidente sempre bem recebido entre os pentecostais, e deles recebeu muitas orações, principalmente por ter sido o homem abençoado por Deus (embora ateu) para debelar a inflação que literalmente devorava o salário do pobre qual uma praga de gafanhotos. O Plano Real implantado em 1994, teve como seu  principal articulador político o Ministro da Economia, que mais tarde veio a ser candidato e Presidente do Brasil por duas vezes.

O Presidente Cardoso nesta entrevista tocou no ponto: As igrejas pentecostais formam uma rede de solidariedade. E testemunho que está solidariedade é harmoniosa em todo Estados da federação. E quando alguém vai e fala de Jesus e um ouvinte dá lugar àquela Palavra de Deus, há uma transformação de vida. O que era desprezível, começa a ter utilidade. A disciplina que o Presidente fala é a DOUTRINA. Palavra que é ensinada na maioria das Igrejas Pentecostais, o famoso Culto de Doutrina que bem conhecemos, por exemplo, da Igreja Assembleia de Deus. Ali é insculpido, gota a gota, a palavra que muda o caráter de uma vida, qual uma gota de água batendo sobre uma pedra. Devagar e serenamente a Palavra de Deus vai incrustando valor ao que nada valia para a sociedade.

Quando, por exemplo, um alcoólatra aceita Jesus, o SENHOR o liberta do vício. Quebra a força maligna do gosto da bebida em sua boca. E, agora, deixando de beber, leva o seu salário integralmente para a sua família. A obra é feita pelo Espírito Santo, através de esforço de um crente que vai até onde está o bêbado para lhe falar de Jesus. E o mesmo Espírito é o agente que liberta o ladrão do pecado de roubar. E ele deixa de roubar e passa a trabalhar para seu sustento e para o sustento dos seus. E estas mudanças são VALORES que são lapidados pela PALAVRA de DEUS apregoada dentro de uma comunidade pentecostal.

E o presidente se admira de ver como o número dos crentes crescem em todo Brasil. Em pesquisas minhas publicadas sobre população evangélica, trago a informação de que a média aritmética deste crescimento ANUAL  de 1960 a 2010 é uma taxa de 5,7%, sendo de 4,91% a média anual da última década. E ele se admira este crescimento porque é justificado pela introdução de um valor social na vida do cidadão.

FHC conclui o assunto, perguntando: Por que se expandiria tanto uma coisa que lhes faria mal? Ou traduzindo em miúdos: Por que se fala tanto mal das Igrejas Pentecostais e elas continuam com um crescimento firme e constante?  Como sociólogo ele bem sabe que ninguém vai atrás de uma coisa que lhe dê prejuízo, que lhe desanime ou deprecie.

E meu comentário sobre este ponto é o seguinte:  Há um rótulo de ladrão atirado sobre os Pastores Evangélicos. E muitos deles, reconheço, ainda não foram quebrados para reaprender a viver com simplicidade. Mas 99,99% desses pastores são homens honrados, determinados, solidários, bons ensinadores da palavra de Deus, e bons lapidadores de almas. Eles conseguem adicionar valor a quem não tinha nenhum. E nisto, o presidente está certo: ninguém continua indo a uma Igreja, se de lá não estiver vindo resultados, o que chamamos de BENÇÃOS. Eu sei que do dia da prestação de contas a JESUS, está escrito que muitos pastores também irão para o inferno por torpe ganância e exploração de ovelhas. O sucesso de um pastor nunca foi nem será  garantia de que Deus se agrada do caráter dele.

Em tempos em que o crack e a cocaína deterioram a sociedade brasileira, onde mais estes agrilhoados pelas drogas vão buscar socorro, senão de Deus através de um crente amoroso ou na porta da Casa de Deus. A política não tem respostas para isto. Os programas que são implantados não atendem nem 1% das reais necessidades. A resposta para um dependente de crack, de cocaína ou de qualquer outra miséria está na Palavra de Deus. Disse Jesus: Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo [maneira santa de viver] e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrarei alívio para vossas almas.

Sei que o ex-presidente estava falando de política, economia, eleição, mas seus olhos de oitenta e poucos anos ainda estão atentos. Um povo só vai para frente quando mantém altos valores dentro de suas famílias. E o melhor lugar para se aprender  a ter valor é dentro de uma Igreja. Não é a Igreja que muda a pessoa, mas a Palavra de Deus que ela apregoa, esta sim, tem a semente da transformação.

Diante desta palavra de encorajamento (indireto) de nosso ex-presidente, que não é outra coisa senão uma das formas de Deus falar conosco, e ele fala até  pela boca de um ateu (com todo respeito) o que devemos fazer, a não ser continuar nossa rede de solidariedade. Muitos a desconhecem, mas ela funciona muito bem desde Roraima até o Rio Grande do Sul. Ninguém pode estar vendo nem sabendo daquela alma perdida que você levou para Jesus. Até na Igreja, podem pensar que ela levantou a mão para Deus porque foi parar na Igreja sozinha.  Você e eu sabemos que isto não é verdade. Foi fruto de oração, interação, paciência e muito amor de Deus.

E por fim quero alertar para mais um fato. Esta rede de solidariedade já foi maior no passado. Hoje, muitos já se esqueceram do lugar de onde vieram, e já não têm mais o primeiro amor de ir até as periferias, favelas, hospitais e cidades pobres para para uma dívida de gratidão, ou seja: se alguém veio até você para falar do amor de Deus, agora, você também deve ir para fazer a mesma coisa. Se você hoje tem um curso superior, concluiu uma pós-graduação, um mestrado, ou até um doutorado, lembre-se de que a mão do SENHOR é que trouxe prosperidade a sua vida. E, sendo assim, ensine também os seus queridos. Diga-lhes de onde veio, porque veio e como veio. Mantenha  cheia de valores a sua família. A alegria do SENHOR é a nossa força. E quando estamos fazendo aquilo que o SENHOR determina, o ESPÍRITO SANTO se alegra, e sua alegria é estampado no sorriso de nosso rosto. E quando não estamos fazendo o que DEUS determina para que fizéssemos, se olharmos nosso rosto no espelho, vamos ver que ele perdeu o brilho do contentamento.

Deus abençoe o  nosso ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso.










terça-feira, janeiro 25, 2011

O azeite, o vinho e o fermento


Barco
Barco
João Cruzué

E um certo doutor da Lei levantou-se e disse: Mestre que farei para herdar a vida eterna? E Jesus devolveu a pergunta: O que está escrito na Lei? E então o doutor citou o grande mandamento: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo."

-- Faze isto e viverás! Disse Jesus.

-- E quem é o meu próximo? Insistiu o doutor.

E na sequência o Senhor Jesus Cristo expôs uma parábola, mais tarde entitulada "A Parábola do Bom Samaritano". Hoje pela manhã quando ia para o trabalho, passei pela região do Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo. E neste trajeto veio a mim escrever alguma coisa sobre esses três elementos: O azeite, o vinho e o fermento.

Nós encontramos o azeite no Velho Testamento na botija da viúva endividada; no reservatório do candeeiro da Casa do Senhor. Na unção de Davi, ainda adolescente, no quinto verso do Salmo 23, e, entre tantos outros, na visão do profeta Zacarias. Azeite fala de sabedoria; azeita pode ser um rosto brilhando pelo perdão de Deus; azeite é uma bênção surpresa quando tudo o mais se acabou. Azeite é o gosto da vitória; azeite é a unção da promessa de Deus.

Na parábola do samaritano o vinho foi usado para limpar as feridas.

Azeite e vinho falam de solidariedade, de compaixão, de cuidados. Azeite e vinho são as atitudes do cristão verdadeiro que vai além das palavras; além da teologia. A sequência de uso é azeite e vinho. Primeiro a unção do Espírito em seguida a alegria do Espírito. O azeite amacia e refresca um coração ferido e o vinho lava as impurezas e a maldade do pecado. Para adquirir deste azeite e deste vinho é preciso ir à fonte da misericórdia e da compaixão. É preciso depender de Jesus.

Quem ama vai atrás, busca e procura até achar. Quem tem azeite e vinho anda na presença de Deus e navega como um barco cuja vela se faz cheia sob o vento da vontade do Espírito Santo. Isto não se aprende com a leitura de compêndios e comentários. Não vem junto com um canudo de teologia, mas em andar com o Senhor.

O fermento é a substância que incha, estufa, azeda, que enche de vento uma massa. O fermento para fazer efeito precisa ser misturado. Espiritualmente falando o fermento é o mundo sendo misturado no coração cristão. O fermento é a hipocrisia. É uma santidade de aparências. É uma cristã falsificada, mascarada.

O sacerdote e o levita viram o ferido, mas a sua religião estava acima de qualquer coisa. Sabiam o sagrado, mas não tinham mais o Espírito de Deus. Eram vazios de sentimentos, de compaixão. O sacerdote e o levita eram como barcos cujas velas já tinham apodrecido pela falta de uso.

Coisa interessante. Esta parábola é muito atual. Está surpreendentemente contextualizada em nosso tempo e país. Uma geração de sacerdotes e levitas têm ltrabalhado em nossas Igrejas. Eles estão muito ocupados com o que acontece no mundo. Estão encantados com o poder, com a política, com o dinheiro. O fermento já arruinou a vida espiritual deles. Nã têm mais tempo para a compaixão. Não se preocupam mais com os feridos nem com os perdidos, pois já não há mais sinal de azeite e vinho em seus corações. O Espírito Santo já foi apagado de suas vidas, de tantas atitudes mesquinhas, avarentas, falsas aparências. O óleo da unção já não brilha mais em suas faces. É muito provável que também estejam perguntando: E quem é meu próximo? Por que já se esqueceram.

E se eu não tomar cuidado, posso me tornar hipócrita do mesmo jeito. Por isso o exercício da compaixão deve ser sempre lembrado, praticado. Não basta ter uma biblioteca cristã na cabeça, é preciso muito mais que isso para ser um bom samaritano: manter a alegria de servir, de visitar, de sorrir e chorar junto, de ajudar, de amar, de perdoar pela presença do Espírito Santo.



SP 28.09.2010



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