sábado, março 01, 2008

No dia da angústia


"Se te mostrares frouxo
no dia da angústia,
a tua força será pequena".
Provérbios 24:10
João Cruzué

Existem dois tipos de angústias: uma é resultado de nosso egoísmo e a outra é permissão de Deus para o crescimento espiritual e testemunho de fé. Aprendi, por experiência própria, que há pessoas que conseguem esconder seus problemas, suas angústias. Elas conversam, sorriem, cuidam de suas vidas de uma maneira aparentemente tão normal, que é preciso muita perspicácia para ver que há grandes problemas acontecendo com elas. O que fazer no dia da angústia? Depende. Há três alternativas: uma leva direto ao pior, enquanto as outras duas resolvem o problema. Vamos então analisar três exemplos acontecidos com personagens bíblicos

O primeiro caso mostra o egoísmo de Ló e suas conseqüências. Ló era sobrinho de Abraão. Os dois ficaram ricos peregrinando pela Palestina e Egito, mas em dado momento os pastos não comportavam mais tanto gado e houve discussão entre os pstores de ambos. O Tio propôs a separação e ofereceu ao sobrinho a oportunidade de escolher primeiro. Pensando apenas em si, escolheu a campina do Jordão - onde estavam as melhores pastagens. O tio que ficasse com o resto. O tipo da escolha egoísta, que escolhe-se primeiro para orar depois, já diante da adversidade.

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O Tio Abraão ficou com os pastos dos morros. Aparentemente ruins. Poderia ter exercido o direito de escolher primeiro, mas já naquele momento da vida, costumava orar antes das decisões. E o mal não tardou em bater à porta do sobrinho. foi próprio Deus que disse: " Ocultarei a Abraão o que vou fazer?" Em consequência do aviso divino, Abraão foi orar e suplicar ao Todo Poderoso pela família do sobrinho.

Orou e intercedeu por seis vezes. Mas não resolveu inteiramente o problema do sobrinho.
Ló perdeu a campina do Jordão, perdeu gado, a casa e a esposa. Por fim levou as filhas a perder o conceito de família morando dentro de uma caverna. Salvou-se da destruição pelas orações do tio. Poderia ter sido diferente se tivesse orado para fazer a escolha certa em lugar de ter passado a perna no tio. Agiu por egoísmo e no dia da angústia sofreu as conseqüencias.

O filho pródigo era outro egoísta. O pai nem ainda tinha morrido quando ele cobrou sua parte na herança. Seu egoísmo cresceu alimentado pela insatisfação. Devia ser um tipo mal-humorado, crítico de tudo e de todos. Queria uma liberdade que não teria em casa. Estava cansado de trabalhar, queria gozar a vida no ócio.

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Quando reuniu a coragem necessária, pegou o dinheiro e foi embora. Longe de casa arranjou bastantes "amigos", que permaneceram com ele até o momento em que o $ acabou; ficou sozinho e o ócio acabou. A fome apertou e agora precisava trabalhar para comer. O trabalho que ele conseguiu era o aquele que ninguém teria coragem de fazer: pastorear porcos. E debaixo da maior angústia, caiu em si e decidiu de voltar para casa e pedir perdão ao pai. Voltou, humilhou-se, propôs trabalhar como empregado, em qualquer serviço. Foi surpreendido pelo perdão do pai que fez até uma festa em comemoração.

O terceiro personagem foi terrivelmente afligido e angustiado. Seu nome é Jó. Homem íntegro, reto, sincero, temente a Deus e que se desviava do mal. Apesar de todas qualidades e virtudes não ficou livre da adversidade.

Perseguido pela fúria do diabo, perdeu o gado e a família. Não bastando tudo isso, adoeceu com chagas da planta dos pés ao alto da cabeça . E o motivo de tudo isso foi a inveja do diabo pela fidelidade que Deus via em Jó.


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Em seguida, Jó perdeu os amigos. A comunidade zombava e desprezava dele. Em lugar de consolá-lo, seus três amigos mais íntimos o acusavam de colher o que tinha plantado. Franz Kafka deve ter lido o livro de Jó. Não bastasse a perda dos bens e da família, agora sofria um processo de lavagem cerebral dos próprios amigos. O diabo queria que Jó perdesse a razão e ficasse louco.

Não se pode dizer que Jó teve paciência no tempo de sua angústia, pois reclamou e não afogou seu coração em palavras não ditas. Ele era justo, o que possuia foi Deus quem dera. Quando Deus permitiu que perdesse tudo, Jó achava que não deveria "pisar" no prato que comera. Continuou firme e confiando na justiça do Senhor.

No tempo apropriado, Deus livrou Jó do cativeiro do diabo. Abençou-o quatro vezes mais em gado e deu-lhe dez filhos. Ele passou pelo vale da angústia, como muitos passam e ainda passam. Mas sua angústia não veio em razão de escolhas egoístas. No tempo da angústia ele não foi frouxo.

Se você estiver debaixo de angústias, ao ler esta mensagem vai ouvir a voz do Espírito, tome uma atitude correta. Analise o seu caso diante do prumo de Deus.

Não tenha um coração endurecido como o Ló, que não voltou atraz para corrigir uma atitude egoísta, preferindo habitar numa caverna. Se precisar voltar para a família que você abandonou, ou corrigir prejuízos que você causou - por motivos egoístas - volte e peça perdão. Mas se diante das circustâncias e do prumo de Deus sua angústia tem outra natureza, não abandone a fé. Jó ficou firme e as bênçãos maiores de sua vida vieram no final.

João Cruzué
texto revisado em 01/03/2008

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Poder maligno atrás das drogas

João Cruzué

Os dados para análise deste assunto podem ser observados em quase todos os países do mundo - para não dizer todos. O tráfico e o consumo de narcóticos também estão globalizados. As estatísticas afirmam que nos EUA , para cada 100 pessoas atrás das grades, entre 70 - 80, tinham relacionamento com drogas. Nas Regiões mais pobres da América do Sul, leia-se: Colômbia e Bolívia, o cultivo do epadu teve seu objeto alterado de bebidas caseiras para a produção da cocaína cujos efeitos na sociedade são devastadores. No Brasil o poder destrutivo das drogas atinge indistintamente todos os extratos da camada social. Globalizado o consumo, globalizou-se também uma guerra da sociedade contra ela mesma.

A serpente criou asas. O comércio da droga - o narcotráfico - agora financia armas para exércitos com ou sem ideologias políticas. Vende-se a droga, multiplica-se seu capital através do contrabando de mercadorias vendidas livremente pelas ruas. Depois lava-se o dinheiro sujo em atividades comerciais as mais variadas.

Na Colômbia as FARC estão trazendo uma comoção mundial sobre o modo animalesco com que trata milhares de reféns. Líderes de vários grupos guerilheiros na ânsia de chamar a atenção do mundo para uma causa que ninguém sabe qual é, amarram pessoas pelos pés em troncos de árvores em condições indescritíveis.

Enquanto isso no Brasil o $ do tráfico está armando milícias de traficantes com pistolas, fuzis, lança-foguetes, morteiros, granadas e munições de todos os calibres. Tanto o mercado de drogas quando o de armas está aquecido. Ainda não temos grupos guerrilheiros, mas com tanta corrupção nas esferas do poder e tanta facilidade para foras da lei conseguir armas, é só uma questão de tempo para vermos a união da ideologia política com o tráfico. Não estamos livres de ser como a Colômbia.

A sociedade está financiando sua autodestruição. O mercado é sempre comprador. A forte demanda por drogas, que existe entre as classes de maior poder aquisitivo, força os narcotraficantes a buscar mais e mais iniciativas para supri-la. A imagem que tenho disso é de um furacão aumentando de categoria no mar, destruindo as ilhas por onde passa. É um engenho onde tantas peças encaixadas cujo poder de destruição é tão assustador que não nos cabe outra explicação a não ser de cunho espiritual. É um plano maligno perfeito e outra imagem que tenho dele é a de uma bomba de fissão nuclear, onde o combustível é a sociedade e a droga, a espoleta. E esta espoleta já detonou a bomba.

Em João 10:10, Jesus declarou os propósitos do diabo contra a humanidade: roubar, matar e destruir. A seqüência destes três verbos mostra uma ordem crescente de fatos. A fúria do inimigo aumentou, porque seus dias de liberdade estão no fim. Jesus está às portas. E não há nenhuma resposta à altura das autoridades, que parecem anestesiadas aguardando o desfecho final.

Mas Jesus Cristo nos deu a resposta: O Evangelho.

O Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que tem sede de Deus. Não importa se for: traficante, guerrilheiro, assaltante, pessoa de grupos de extermínio - para quaquer pecador há provisão suficiente para receber perdão de Deus pelo sangue de Jesus Cristo, o justo, que foi morto na Cruz do Calvário e pagou o preço do resgate das vidas em poder do diabo. Quem crer em Jesus alcançará alívio e liberdade. João Cruzué.


ASSUNTOS OBJETO DO COMENTÁRIO

Episódio I
Folha Uol

"Vários militares e policiais reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estão sofrendo de demência pelas condições desumanas do cativeiro, declarou nesta sexta-feira o ex-congressista colombiano Orlando Beltrán, libertado pela guerrilha na quarta-feira (27) junto com outros três ex-parlamentares --Luis Eladio Pérez, Gloria Polanco de Lozada e Jorge Eduardo Gechem Turbay.

"Vi muitos casos de absoluta demência, há suboficiais que estão praticamente loucos, não conseguiram superar o horror que é ser seqüestrado", declarou Beltrán à rádio Caracol.

Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Os ex-reféns das Farc Luis Eladio Perez e Orlando Beltrán falam à imprensa durante coletiva em Caracas na quinta-feira (28)

O político, que havia
sido seqüestrado há seis anos, acrescentou que os reféns enfrentam doenças devastadoras como leishmaniose e malária, além de permanecer presos dia e noite.

"A malária provoca febres altíssimas e calafrios que os fazem delirar, e com a leishmaniose o tecido da pele vai se deteriorando, vai caindo, aparecem chagas enormes", disse Beltrán.

"Acrescenta-se a isto o fato de se estar amarrado a uma árvore de dia e uma cama de noite, é uma situação horrível, é para deixar qualquer um louco", afirmou.

O ex-legislador disse que "o único momento agradável" que viveu nos últimos seis anos foi quando os helicópteros enviados pelo governo venezuelano chegaram.

"De resto, é um eterno sofrimento", afirmou.

"Campo de concentração"

Na quinta-feira (28), o ex-senador Luis Eladio Pérez disse que "as condições de reclusão são as de um campo de concentração", em um emocionado relato de seu cativeiro na selva, um dia depois de ter sido entregue pelas Farc ao governo da Venezuela e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha .

Embora não tenha entrado em maiores detalhes, o ex-refém contou que, em uma de suas travessias durante o cativeiro, pernoitou em território equatoriano.

"Eu dormi no Equador. Com isso digo tudo. Usávamos botas equatorianas, desodorantes e remédios brasileiros, sabonetes venezuelanos", relatou Pérez.

Durante uma entrevista à rádio colombiana Caracol, Pérez disse que ele, assim como a política franco-colombiana Ingrid Betancourt, de quem se tornou confidente no cativeiro, foram maltratados por parte dos guerrilheiros.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u377514.shtml

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Episódio II
Jb Online

"Violência bate às portas de Beltrame


RIO - A violência carioca bateu às portas do staff do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame. Depois de tentar reagir a um assalto na Linha Amarela, o sargento Natan Evaristo da Silva, motorista da escolta do secretário, foi assassinado com mais de 30 tiros. Horas antes, ainda durante a madrugada, a cidade passaria por outros episódios sangrentos. Em Todos os Santos, na Zona Norte, seis traficantes foram mortos ao tentarem fugir da polícia. E, no Complexo da Maré, quatro corpos, supostamente de bandidos, foram encontrados no porta-malas de um carro.

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Natan foi morto por quatro bandidos encapuzados, armados com, pelo menos, três fuzis. A quadrilha dirigia um Vectra, roubado na véspera em Olaria. O dono do veículo conseguiu bloqueá-lo por um sistema de vigilância via satélite, deixando o bando a pé na altura da saída 4 da Linha Amarela, sentido Barra, a pouco menos de 100 metros de uma cabine da Polícia Militar. Os criminosos, então, pararam o carro de Natan, um Palio Weekend, que trafegava logo atrás.

Carro tinha 80 perfurações

A 44ª DP (Inhaúma), que investiga o caso, não sabe se o sargento reagiu à abordagem, ou se simplesmente teria demorado a sair do automóvel. De qualquer forma, sua resistência provocou a ira da quadrilha. O Palio, que passou por perícia horas depois, tinha cerca de 80 perfurações. Cerca de 20 tiros teriam atingido o militar.

Os disparos atraíram a atenção de policiais que estavam na cabine do Batalhão de Vias Especiais (BPVE). Enquanto a equipe corria até o local em que estava Natan, o bando parava a picape do prestador de serviço Antônio Monteiro de Lemos.

- Eles entraram dentro do meu carro e me mandaram dirigir para uma favela - revela. - Aleguei que todos eles não caberiam dentro da picape. Um deles, então, disse para os outros me matarem. Abri a porta e me joguei na pista. Tentei me arrastar para um canto, mas, quando perceberam que todos os bandidos me olhavam, a polícia também começou a atirar em minha direção".

Fonte:
http://jbonline.terra.com.br/sitehtml/papel/rio/papel/2008/03/01/rio20080301000.html


João Cruzué - Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com

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