domingo, novembro 20, 2016

Uma nova ordem mundial com a era Trump

Donald Trump

João Cruzué


A dimensão espiritual comanda o que se passa no mundo natural. Isso nunca foi novidade para os cristãos leitores da Bíblia Sagrada. A era Trump é um sinal de que mudanças estão a caminho. Minha intuição me diz que elas não serão boas.

Um bom exemplo do controle do mundo espiritual sobre o a ordem natural,  pode ser lido no Livro de Jó,  capítulo 1º, versos 11 ao 19. Outro exemplo disso está em Lucas 21:6. Por último, em Daniel 10:12-13 é o terceiro exemplo, entre centenas de outros. 

O mundo caminha em relativa paz quando, de repente, uma fonte  infernal pode  explodir, jorrando coisas bizarras e demoníacas nunca antes vistas. Não estou profetizando uma desgraça com a chegada de Donald Trump ao lugar mais alto do mundo, mas que um gatilho de uma arma desconhecida foi apertado no mundo físico - isso foi. 

Enquanto os analistas e especialistas se debruçam sobre o que vem por aí, um simples cristão, como eu, tem mais conhecimento que eles quando uso a Bíblia para nortear meus pensamentos. Consciente de minhas limitações, quero escrever neste post aquilo que minha intuição está ditando quanto aos acontecimentos que estão por vir nos próximo anos, por reflexo de decisões já tomadas na dimensão espiritual.

Posso dizer que nos últimos 70 anos (1946-2016) houve uma relativa paz mundial, comparando com os 30 anos do período anterior (1914-1944), quando o mundo inteiro esteve imerso em duas grandes e horrorosas guerras mundiais. Com o advento das armas de destruição em massa, por apenas duas vezes elas foram utilizadas. E eu me pergunto - o que pode acontecer nos próximos 30 anos com esta nova mudança da ordem mundial, já está sinalizada, considerando que há milhares de ogivas nucleares espalhadas pelo mundo afora? 

Com a saída da Inglaterra da Comunidade Europeia e a eleição de um presidente com ideias nacionalistas nos EUA, está em curso, sim, uma nova ordem mundial.

Sinceramente, eu sei que o controle absoluto do poder fica na mão de Deus, mas uma grande parte deste mundo está sujeita ao governo de satanás. A explosão das duas guerras mundiais na primeira metade do século passado tiveram como agentes espirituais poderosos anjos do inferno. A simples presença deles no meio dos homens, levam estes a loucura e atrocidades inexplicáveis.

Por que não? 

Quem diria que as maiores atrocidades praticadas naquelas duas guerras mundiais fossem protagonizadas pelo povo que trouxe a reforma religiosa para o mundo? Isto mostra, por si, que os homens por mais virtuosos e educados sejam, são impotentes para proteger a si mesmos quando são confrontados por um poder espiritual descomunal e maligno. A dimensão espiritual não pode ser vista, nem sentida, mas ela é real e comanda, via de regra,  o que se passa mundo físico.  Eu digo que, se não houvesse um controle acima dos controles, não haveria nada mais na terra, a não ser pó, semelhante ao que existe no planeta Marte.

No 1º capítulo de Jó, o diabo desafiou Deus sobre a fidelidade do velho patriarca. Deus aceitou o desafio. Assim, primeiro houve uma decisão no mundo espiritual, e somente depois é que Jó perdeu seus bens, filhos, saúde, amigos e honra. Satanás, ao obter a permissão de Deus, agiu sobre o mundo físico, agitando a mente de povos, manipulando os elementos da natureza e plantando pensamentos mentirosos na mente dos três melhores amigos de Jó. 

Note bem que Jó era um homem que se resguardava, espiritualmente falando.  Ele era sincero, reto, temente a Deus e se desviava do mal. Quando o tempo da sua provação chegou, somente o a graça de Deus manteve a sua vida. Todo o resto ele perdeu. Pelo tamanho da "boca" de Donald Trump, ele tem, pelo menos uma, das virtudes de Jó?

Em São Lucas 21:6, enquanto os discípulos admiravam a beleza da arquitetura do Templo de Jerusalém, Jesus já sabia que o povo judeu seria manipulado pelo diabo, que o filho de Deus seria morto a mando do sumo sacerdote e, como consequência, aquela geração ainda veria tanto o Templo, como a cidade de Jerusalém, queimados a fogo.

No capítulo 10 do Livro de Daniel, um anjo disse a Daniel que a oração deste era ouvida no céu. A resposta dela já tinha sido determinada, mas o príncipe da Pérsia (anjo maligno poderoso) impediu seu avanço durante três semanas.

Por que de tempos em tempos anjos malignos poderosos são soltos de suas cadeias para atormentar as nações da terra? Por exemplo, no capítulo 9 do Livro de Apocalipse está escrito que quatro anjos foram soltos para levar a destruição aos habitantes da terra. Tendo feito a minha análise, comparando com os julgamentos de Deus no tempo dos reis da nação israelita, a conclusão que cheguei é a seguinte: o pecado da humanidade vai se acumulando diante de Deus. O pecado é praticado pelos homens, mas seus efeitos perturbam a santidade de Deus. Em algum ponto, o prato da balanço onde está a misericórdia e a graça de Deus não são suficientes diante de tanta maldade. Aí, em algum momento, os homens são confrontados com a fúria destruidora de satanás. Ao provar do próprio veneno, os homens começam a se lembrar e a procurar pelo perdão e pela graça de Deus.

É a própria maldade humana que gira a chave da porta do inferno. E, ao meu sentir de cristão, a humanidade está praticando o pecado em uma medida jamais vista. A corrupção está alarmante. Milhões de pessoas passam fome todo dia (aqui mesmo no Brasil) enquanto as autoridades que deveriam distribuir e cobrar a justiça estão roubando o sustenta da viúva, do órfão e o pão dos velhinhos. Milhares de fugitivos estão morrendo afogados no Mar Mediterrâneo, fugindo das guerras civis causadas pela mão dos governos europeus e dos  EUA. Milhares de crianças  órfãs estão abandonadas pelas cidades destruídas da Líbia, Síria e Iraque. A conta vai chegar, ou melhor, a conta já está chegando.

Deus ama os homens mas abomina o pecado. Os homens, pela natureza de Adão,  preferem amar o pecado. Para que estes se voltem para Deus, é preciso que Deus os deixe por um pouco de tempo nas mãos do diabo. Se você não sabe o que o pecado ofende a santidade de Deus, leia a Bíblia. Na sua leitura pode ser conhecida a vontade de Deus. Pode ser compreendido aquilo que agrada e que aborrece a Deus. A falta de perdão aborrece a Deus. A corrupção aborrece a Deus. A pedofilia, a sodomia, a prostituição, os crimes de morte, roubo e venda de drogas aborrecem a Deus. A violência aborrece a Deus, a pederastia aborrece a Deus. A mentira aborrece a Deus. As falsas acusações aborrecem a Deus. Pagar e receber propina aborrecem a Deus. Deixar de emitir sentenças justas por suborno aborrece muito a Deus. Espoliar o sustento do pobre, da viúva e do órfão é maldito diante de Deus. Aquilo de ruim que você não quer para si, mas pratica contra o próximo também é pecado diante de Deus. Viver nababescamente, conhecendo a miséria do pobre é uma coisa fétida diante dos olhos de Deus. Levantar-se pela manhã com o propósito de assaltar e matar as pessoas na rua é dar lugar ao diabo e entristecer profundamente a Deus. Clamar o nome de Deus na Igreja e nas sombras da noite praticar o adultério e a fornicação é um grande pecado contra Deus. Por fim, sair apregoando o nome de Deus nos meios de comunicação, tendo por propósito descarado tungar os bolsos dos fiéis é IMPERDOÁVEL diante dos olhos de Deus.

Não estou afirmando que, sob a era TRUMP, o mundo vai explodir em ódio e matança, mas posso dizer com toda certeza que o governo dele representa um sinal de que a paz e a graça  de nosso Senhor Jesus Cristo não são um tapete para encobrir indefinidamente as maldades humanas. Basta que o SENHOR da graça, que também é o SENHOR da justiça diga uma palavra: BASTA! para que satanás obtenha licença para comandar seus anjos mais destruidores para assolar a terra, manipulando a mente e o coração dos homens.

Quem tem juízo não pare de orar. Guarde bem este dia, 20 de novembro de 2016. Pela fé eu posso ver o olhar de Deus sobre esta Terra. A palavra Dele está mostrando um caminho, mas esta ordem mundial está caminhando a passos largos para o sentido oposto. Uma enorme montanha de pecados está exalando um fétido odor diante das narinas de Deus. Também posso ver o diabo ansiosíssimo, aguardando uma breve oportunidade de Deus para destruir a humanidade. Basta apenas um governante fique apenas um segundo na presença do diabo, para que ele tome uma decisão mortífera.

Donald Trump tem um perfil vulnerável. É arrogante, confia no dinheiro e está sozinho. Ele vai ser cobrado e desafiado pelos seus eleitores a fazer o que prometeu em sua campanha: barrar a entrada e expulsar os imigrantes ilegais, transformar em pó o Estado Islâmico, romper acordos políticos e econômicos, e levar a águia americana ao topo da montanha. Sem a influência do diabo, essas promessas já são pura nitroglicerina, imagine só o  desastre que um homem arrogante pode causar se Deus o deixar a sós com a própria ignorância. 

Já vimos esta história antes. Um  povo de uma certa nação poderosa se sentiu acuado,por baixo, e achou que podia dar a volta por cima ao apoiar um salvador da pátria. Foi um desastre mundial. Eu gostaria muito de dizer que minha intuição está desequilibrada e que minha opinião não passa de um monte de asneiras, mas eu não posso. Não confio naquela frase "Treino é treino, jogo é jogo". Em política, se aquilo que é prometido não é realizado, a liderança joga toda sua credibilidade no lixo. Infelizmente, Trump será  refém de suas promessas.

É tempo de muita oração.













domingo, novembro 13, 2016

Porque a América escolheu Trump e rejeitou Hillary Clinton


Hillary Clinton e Donald Trump
João Cruzué
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Não foram apenas a grande imprensa e os institutos de pesquisa que erraram feio ao garantir a vitória de Hillary Clinton. Até o pessoal do próprio Trump cria nisso,  pois havia preparado muito material contestando o resultado da eleição, dizendo que fora uma fraude. De onde veio a "surpresa", é o assunto que gostaria de comentar.

Trump trouxe para o debate o que se faz nos bastidores da política. Ali é dito e dado todo tipo de golpe baixo e as máscaras não são usadas. Mas, ele levou para o debate e o foco da mídia um comportamento de um sujeito sem educação, ele abriu sua boca grande para falar grosserias, mas não se escondeu atrás de uma máscara.

O americano típico, o "joe", detesta falta de transparência. Nas coisas públicas o americano médio não gostam que lhe esconda a verdade. Sei disso, por fiz meu artigo de pós-graduação, recentemente, sobre um assunto ligado a este princípio e, entre Japão, Reino Unido, Finlândia  e EUA, só consegui resultados conversando com o pessoal dos Estados Unidos. Vou reproduzir um excerto, onde fica bem definido o conceito das palavras claro, diáfano e transparente
"[Gilberto Mendonça] Teles* (2010), registra com maior propriedade a ideia de transparência, desta forma: A água é clara, quando nenhuma substância a turva; é diáfana, quando permite a passagem dos raios de luz, mas só é transparente quando permite a visão completa dos objetos que nela estão contidos".
Assim como em Romanos 12:2 fala da boa, agradável e perfeita vontade de Deus, em assuntos de sinceridade, o claro e o diáfano não têm a necessária transparência, para se enxergar o que há  por trás da máscara.

Donald Trump foi acusado de todo tipo de coisa. De esperteza na declaração do Imposto de Renda, de infidelidade conjugal, assédio sexual, de ser mal-educado com as mulheres, grosseiro em suas conversas... enfim, ele fez de tudo para mostrar que não era um sujeito politicamente correto. A imprensa americana e mundial inteiras se posicionaram contra ele. No Brasil e no mundo a torcida era quase unanime em favor da senhora Clinton.

Acontece que a Hillary Clinton, durante os 8 anos que esteve à frente da Secretaria de Estado dos EUA, costumava esconder coisas oficiais, principalmente, parte de sua comunicação oficial por e-mail. A suspeita do que ela escondia coisas graves (e por ocultá-las) derrubou surpreendentemente uma vitória certa. Para o americano médio (branco, crente fundamentalista, evangélico do interior) quando um político esconde coisas oficiais, ele não é confiável. Então, entre um sujeito bocudo que fala o que pensa, mas usa máscaras e uma senhora que faz tudo para ser politicamente correta, mas que fica escondendo as coisas, este tipo de eleitor não gosta muito do primeiro candidato, mas detesta a atitude do segundo.

Depois que a grande imprensa e os institutos de pesquisa descobriram onde foi que haviam errado, disseram o seguinte: O eleitor padrão que votou em Trump é do tipo caipira do interior, branco, sem curso superior, religioso, pessoa que vai a igreja todo domingo. Dessa leitura, chegaram à conclusão de que se tratava de um crente evangélico do interior - 60% da população americana.

A imprensa diz que Trump estabeleceu uma comunicação muito clara com este americano típico. Ele prometeu, fazer a América grande de novo. Ele perguntava: Você tem, hoje, uma vida melhor que seu pai? A resposta era não. Então, eu vou dizer que se continuar como aí está, seu filho também vai ter um futuro pior que o seu. Esse discurso foi amarrado com trazer a produção das empresas americanas para dentro dos Estados Unidos, disse que iria romper acordos comerciais porque estão prejudicando os interesses americanos, prometeu barrar a imigração ilegal que está tirando a segurança e os empregos dos americanos, disse que iria construir um muro na divisa com o México e o custo dele iria cobrar do governo mexicano... tudo o que um americano, branco, queria ouvir.

Mas a imprensa secular não disse tudo; ela escondeu algumas coisas. A maioria silenciosa que votou em Trump, que esta imprensa e institutos disseram ser branca, caipira e fundamentalista, não votou porque Trump era o presidente dos sonhos dela. E o que foi que a imprensa não disse?

A tal maioria branca e sem cultura que a imprensa rotulou,  na verdade, são os cristãos fundamentalistas (creem que a Bíblia é a única regra de fé e prática) americanos, evangélicos que não aceitam a postura da senhora Clinton frente ao aborto e o casamento gay.

Então, entre um sujeito sem educação, mulherengo, malandro e uma senhora que esconde a verdade (escândalo dos e-mails), favorável a liberalização do aborto e a favor do casamento gay, entre o ruim e o pior, a maioria ficou com o ruim! Depois da senhora Clinton, quem mais perdeu credibilidade foi a imprensa e os institutos de pesquisa. Manipularam tanto, mas tanto, que até o próprio Trump terminou sua campanha pensando que havia perdido.

Moral da história: apesar de ser execrado pelo sistema corrupto mundial, o fundamentalismo cristão tem sido um freio moral  que, quando moderado, garante a melhoria da sociedade. Leia-se: valorização da mulher, combate à escravidão e ao trabalho escravo, política de direitos humanos, democracia, combate à ideologia comunista... entre outros. A senhora Clinton perdeu, porque não foi transparente, mesmo, ao meu ver, sendo melhor candidata que Donald Trump.


SP  13/11/16.


*TELES, Gilberto Mendonça. O claro-escuro na transparência literária. Paris: Revista Sigila nº 25, 2010.